O suporte à saúde emocional para
colaboradores tornou-se um dos grandes desafios para gestores e lideranças em
empresas, principalmente durante a pandemia
Em um momento em que somos confrontados com o isolamento e emoções
nunca antes vivenciadas, cuidar da saúde mental não deve se restringir apenas a
situações pontuais ou limite, como por exemplo, quando estamos diante de
quadros clínicos como a própria ansiedade ou depressão. Esse deve ser um hábito
presente no dia a dia, como comer, dormir, tomar banho, se hidratar e se
exercitar.
De acordo com um levantamento da McKinsey de 2020, os desafios de saúde mental
foram intensificados pelo impacto da crise COVID-19, que pode resultar em um
aumento potencial de 50% na prevalência de problemas de saúde comportamental.
Nesse contexto, qual o papel das empresas, em especial das lideranças? "Um
líder pode influenciar todo um ambiente organizacional e, consequentemente, a
saúde dos colaboradores envolvidos e é capaz incentivar a sempre darem o melhor
de si, estimulando-os para que se sintam auto realizados e apoiados. Afinal de
contas, é dever dos gestores trabalhar e assegurar, continuamente, o bem estar
de seus liderados", comenta Michael Kapps, CEO da Vitalk, startup
especialista em gestão emocional de empresas.
Além disso, destaca Kapps, a resiliência é uma característica essencial para
empresas, e deve ser incentivada nos indivíduos e nas equipes. Para que isso
ocorra, as lideranças precisam estar atentas às necessidades dos colaboradores,
além de cultivar tolerância, acolhimento e escuta ativa.
A Vitalk preparou um e-book para ajudar os gestores a evitarem o esgotamento
emocional e aplicarem boas práticas com seus times. Confira as principais
abaixo. O material completo está disponível neste link,
com dicas práticas e uma ferramenta para medir o nível de estresse individual.
1. Estabeleça limites claros para os horários de início e encerramento das
atividades de trabalho;
2. Contemple também o tempo necessário para fazer refeições, fazer intervalos e
pequenos descansos: evite "empilhar" reuniões e oriente a todos que
façam o mesmo;
3. Seja compreensivo(a) com os imprevistos causados pela convivência das vidas
doméstica e de trabalho. Embora os funcionários não precisem mais se deslocar,
pode ser que atrasos ocorram por outros motivos;
4. Faça check-ins regulares com as equipes e crie oportunidades para que todos
compartilhem suas experiências e dificuldades;
5. Lembre os colaboradores e as colaboradoras das capacidades que eles já
possuem;
6. Esteja aberto para dar suporte a situações novas trazidas pelos(as)
funcionários(as), mesmo que a empresa já disponha de diversos tipos de
recursos. Cada caso é único e talvez seja necessário analisar situações
individuais cuidadosamente;
7. Crie espaços diversos para que as pessoas se expressem. Conversas em grupo,
individuais, pesquisas, formulários anônimos, etc. Permita que cada pessoa
compartilhe suas aflições ou sugestões da maneira mais confortável para ela;
8. Considere oferecer recursos e treinamentos para incentivar a construção da
resiliência individual e coletiva. Por exemplo, atendimento psicológico, cursos
de mindfulness, inteligência emocional, comunicação efetiva, etc;
9. Certifique-se de que a cultura da empresa favorece a resiliência. Ou seja, que
haja tolerância para o erro, acolhimento, suporte para quem tiver dificuldades,
confiança entre as equipes;
10. Encontre maneiras e metodologias que favoreçam a autonomia dos indivíduos -
recompense quando algo for bem feito.
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