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domingo, 20 de setembro de 2020

Câncer de intestino: entenda a doença e saiba como se prevenir

Setembro é o mês da prevenção do câncer de intestino. A doença que foi responsável pela precoce morte do ator Chadwick Boseman, famoso pelo seu papel no filme Pantera Negra, que mobilizou fãs no mundo inteiro, requer atenção e cuidados, pois a patologia é mais frequente do que a maioria das pessoas imagina e porque costuma se desenvolver de forma silenciosa. Além disto, a detecção e diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura.

O câncer de intestino abrange os tumores que se localizam no intestino grosso - chamado tecnicamente de cólon - no reto e no ânus. Por isso também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

Segundo dados do INCA, esse tipo de câncer é o segundo mais frequente entre homens e mulheres, e é consequência de ‘interações’ entre fatores genéticos e ambientais. Sua prevenção está principalmente na mudança de hábitos, alimentação saudável, e também na realização de exames preventivos periódicos.


Manifestação e sintomas

Uma grande porcentagem desse câncer se inicia como um pólipo benigno dentro do intestino. Quando o diagnóstico destes pólipos é realizado precocemente, pode-se impedir a evolução para um quadro mais preocupante. O problema é que, geralmente, essa lesão se desenvolve de forma assintomática sendo apenas descoberto, muitas vezes, quando já se transformou em um tumor maligno de tamanho considerável.

Os sintomas mais comuns do câncer colorretal são sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e alteração na forma das fezes. Tais sintomas podem estar ou não presentes, dependendo da localização do tumor no intestino, e é muito importante dizer que esses sintomas também são comuns em outras patologias gastrointestinais e por isso devem ser sempre avaliadas por um médico especialista.


Causas e fatores de risco

A idade avançada aumenta os riscos de câncer de intestino, por isso a partir dos 40 anos já é preciso redobrar a atenção. Sobrepeso, alimentação não saudável (pobre em frutas, vegetais e fibras e com excesso de carne vermelha e alimentos ultraprocessados), tabagismo e consumo de álcool também contribuem para o aumento do risco desta patologia.

A incidência de câncer de intestino também aumenta caso haja familiares próximos que tenham tido a doença e caso o próprio paciente tenha o diagnóstico de alguma doença inflamatória intestinal como a Retocolite ulcerativa crônica e a doença de Crohn.


Diagnóstico e tratamento

Qualquer alteração do hábito intestinal abrupta e persistente a partir dos 40 anos, além do aparecimento de algum dos sintomas comuns do câncer colorretal, deve ser considerado como alerta. Por isso, é importante procurar um médico especialista que saiba distinguir os sintomas de outras doenças parecidas, como hemorróidas, e ofereça a investigação adequada.

O diagnóstico é feito através do exame que se chama colonoscopia na qual é realizada a retirada de um pequeno fragmento (biópsia) do pólipo/lesão suspeito.

Quando diagnosticado é, na maioria dos casos, uma doença tratável e frequentemente curável. O tratamento inicial é a cirurgia. A cirurgia pode ser feita de forma convencional (aberta), laparoscópica e também robótica. Nela é retirado o segmento do intestino afetado além de gânglios linfáticos próximos. A quimioterapia e a radioterapia também podem ser utilizadas para tratamento e também na prevenção de recidiva do tumor.


Prevenção

Para evitar o câncer de intestino, além de procurar um especialista ao notar qualquer sintoma suspeito, é muito importante se manter no peso corporal adequado, praticar atividades físicas, evitar o consumo de bebida alcoólica, não fumar e não se expor ao tabagismo. Também é fundamental a realização periódica de exames de check-up preventivos, no caso, a colonoscopia. Ela deve ser realizada a partir dos 50 anos mesmo em pessoas assintomáticas e a partir dos 40 anos caso haja algum fator de risco presente.

Uma alimentação saudável e balanceada é um importantíssimo aliado na prevenção do câncer colorretal.

Carnes em excesso devem ser evitadas, principalmente as mais gordurosas e embutidos como presunto e salame. Até mesmo aqueles que são vendidos como opções "saudáveis", como peito de peru, são ricos em substâncias conservantes como nitrito e nitrato, altamente cancerígenas.

Corantes também devem ser dispensados do cardápio sempre que possível. E não pense que apenas estão presentes em doces ultra coloridos como balas e pirulitos. Grande parte dos produtos ultraprocessados os contém, inclusive os populares tabletes e sachês de temperos prontos.

Portanto, dê preferência para comer em casa sempre que puder, com pratos saborizados com ervas e temperos naturais (a lista é infinita: cebola, alho, orégano, manjericão, páprica, cúrcuma…) e ricos em grãos, frutas e legumes.

Na dúvida, aposte mais nas feiras e menos nos supermercados. Dessa maneira, não só o risco de câncer de intestino é drasticamente reduzido, como de muitas outras enfermidades.

 

 

 

Dr. Samuel Okazaki - Clínico e Cirurgião do Aparelho digestivo

 

Setembro Amarelo: Depressão X Alimentação


Dieta rica em carboidratos refinados, fast food e refrigerantes aumenta em até 41% o risco


Mulheres cuja dieta inclui mais alimentos inflamatórios, como bebidas açucaradas, refrigerantes, grãos refinados, carne vermelha e margarina, além de pobres em alimentos anti-inflamatórios, como vinho, café, azeite de oliva e verduras e vegetais verdes e amarelos têm um risco maior de sofrer com depressão. É o que afirma um estudo realizado por pesquisadores da Harvard School of Public Health (EUA). 

Os cientistas descobriram que as mulheres que bebiam regularmente refrigerantes, comiam carne vermelha ou grãos refinados – além de consumirem raramente  vinho, café, azeite e legumes – eram de 29% a 41% mais propensas de ser deprimidas do que aquelas que fizeram uma dieta menos inflamatória. Pesquisas anteriores sugeriram uma ligação entre a inflamação e a depressão, mas a associação entre o padrão alimentar inflamatório e depressão era desconhecida. Estudos têm relacionado inflamação excessiva a doenças cardíacas, AVC, diabetes, câncer e outras condições. 

O consumo exagerado de gorduras trans está diretamente relacionado a um maior risco de depressão, “Isso acontece porque o excesso de gorduras trans e saturadas em nosso organismo aumentam a produção de citocinas, moléculas pró-inflamatórias que causam o mau funcionamento dos neurônios”, afirma a Dra. Luanna Caramalac. 

Já os refrigerantes são ricos em substâncias que podem interferir nas atividades do nosso organismo de forma negativa. “As pessoas que tomam refrigerante com frequência acabam favorecendo o aparecimento de doenças como depressão,” alerta a nutricionista 

Outro fator para se preocupar é a insatisfação com o corpo que pode levar tanto à depressão em relação aos transtornos alimentares. “Ou seja, ter  uma alimentação desregrada, compulsiva e rica em gorduras ou insuficientes em nutrientes, irá favorecer esse quadro depressivo podendo desencadear uma anorexia ou bulimia, principalmente em jovens e adolescentes”, informa Caramalac. 

Por fim, a ingestão frequente de fast food pode afetar negativamente a saúde mental de um indivíduo. Sendo assim, ter padrão alimentar baseado em carnes processadas e aditivos alimentares (corantes, conservantes etc.) dobra o risco de depressão na meia idade. “É importante ressaltar que as gorduras presentes nesses alimentos em excesso cultivam outros hábitos que favorecem a depressão, como sedentarismo, tabagismo e baixo consumo de frutas e legumes”, finaliza a nutricionista Luanna Caramalac.

 

 

Dra. Luanna Caramalac Munaro - CRN-3 49383 - Nutricionista pela UNIDERP, pós-graduada em nutrição clínica funcional, pela VP – Centro de Nutrição Funcional, pós-graduanda em adequação nutricional e manutenção da homeostase, pós-graduanda em nutrição comportamental pela IPGS, formação em modulação intestinal. Atua na área integrativa com foco em prevenção e tratamentos de doenças crônicas degenerativas e emagrecimento saudável.

 

Saiba o que é mito ou verdade nas disfunções do sono em pessoas 50+

Especialista explica sobre mudanças nessa fase da vida


Conforme a idade vai chegando, dependendo do histórico e dos hábitos praticados, alguns aspectos da vida podem apresentar mudanças em pessoas acima de 50 anos. Estar com o sono em dia é um dos sinais de boa saúde, mas vários fatores influenciam para que isso ocorra. “Aquela ideia de que todo idoso dorme mal ou todo idoso dorme pouco é um mito, é preciso desmistificar isso. Mas, sim, acontecem alterações do sono relacionadas à idade que precisamos conhecer”, explica o geriatra Felipe Bozi, médico da startup Nilo Saúde, uma clínica multidisciplinar digital. 

O especialista diz que acontece uma redução no tempo da fase de sono mais profundo, ou seja, o indivíduo mais velho tem um sono mais superficial, podendo acordar com mais facilidade e com pequenos estímulos de barulho e iluminação. Mudanças fisiológicas do organismo e algumas doenças também influenciam na qualidade do sono, causando a temida insônia. “As alterações de sono em pessoas acima de 50 e 60 anos são extremamente comuns. Acima dos 60 anos, entre 30 e 40% das pessoas vão ter algum episódio de insônia, que está diretamente ligada a uma piora da qualidade de vida”.

Antes de um diagnóstico, é necessário fazer uma avaliação do paciente, observando hábitos diurnos, noturnos e a rotina antes de dormir, já que essas condições impactam diretamente na qualidade do descanso. Se a pessoa toma alguma medicação isso também deve ser considerado, pois alguns remédios tendem a piorar o sono, assim com o uso de álcool e tabaco. Algumas doenças como apneia obstrutiva do sono, síndrome das pernas inquietas, depressão, demência e outros problemas de memória, também podem levar à insônia, piorando a qualidade do sono, causando sonolência diurna e até limitações nas atividades do dia a dia por cansaço. A avaliação médica é importante para um diagnóstico adequado e tratamento oportuno.

Para ter um sono de qualidade, é necessário manter algumas medidas de higiene do sono, que conseguem resolver a maior parte dos problemas de insônia primária. O geriatra da Nilo Saúde cita alguns exemplos: ir para a cama apenas quando estiver com sono, não tomar café ou outras bebidas estimulantes pelo menos 6 horas antes de dormir, não fazer atividades físicas nas 3 horas anteriores de ir para a cama - mas fazer atividade física durante o dia porque ajuda no padrão de sono, evitar tirar cochilos ao longo do dia e evitar fazer atividades na cama, como leituras, ver TV e usar o celular. “Mas a principal medida é manter uma rotina de acordar e de dormir, que se mantenha também ao longo do fim de semana”, comenta.

Se o paciente tem insônia secundária, em consequência das doenças citadas anteriormente, é preciso realizar um tratamento adequado antes, em sintonia com o reforço e estímulo das medidas de higiene do sono. Em alguns casos o médico deve encaminhar para uma terapia cognitivo comportamental direcionada para a melhora do sono, e, em último caso, prescrever o uso de medicações. “Existem diversas medicações que ajudam o paciente que tem insônia, os mais conhecidos são os benzodiazepínicos, a melatonina e as drogas z, dentre elas o zolpidem. Essas medicações, no entanto, precisam ser usadas na menor dose e pelo menor tempo possível para que a pessoa consiga ajustar a sua rotina”, completa Bozi. O médico adverte ainda que esses remédios têm efeitos colaterais a longo prazo, podem afetar a memória e aumentar o risco de queda, por isso não é recomendado o uso crônico. “Caso a pessoa já faça o uso crônico, é importante rever a indicação de manter essas medicações e fazer uma tentativa de retirá-las”, finaliza.

 




Felipe Bozi - médico formado pela Escola Superior de Ciências da Saúde em Brasília (ESCS) e especializado em Clínica Médica e Geriatria pelo Hospital das Clínicas da USP. Seu interesse pela geriatria começou ao perceber que o paciente idoso precisa de um olhar diferenciado que respeite sua biografia e suas expectativas, pois só assim é possível fazer um cuidado adequado de sua saúde. Após terminar a residência de Geriatria, trabalhou por um ano como preceptor dos residentes no HCFMUSP, contribuindo para a formação dos novos médicos residentes em Geriatria. Depois, passou a integrar o time da Nilo Saúde, uma clínica multidisciplinar digital especializada na saúde integrada do público 50+.

 

Nilo Saúde

https://www.nilosaude.com.br/

https://www.linkedin.com/company/nilo-saude/

 

Setembro Amarelo

 


Como reprogramar a mente e mudar suas percepções sobre a vida

Tudo o que você faz e que tem vontade de fazer são mecanismos de uma programação aprendida e registrada no cérebro, ao longo da vida. Mas, por conta da nossa capacidade de reaprender o tempo todo, o cérebro é constantemente reprogramado. No entanto, essa reprogramação depende única e exclusivamente do próprio indivíduo. Isso porque o cérebro responde às experiências externas com base no que já está registrado nele.

“Por exemplo, quando uma pessoa te olha de um jeito demorado e isso te gera desconforto, é possível que, em algum momento da sua vida, ele registrou que esse olhar tem um significado de crítica. Mas, se você adotar um modo mais abrangente de encarar as situações e perceber que aquele olhar pode ser um sinal de interesse ou curiosidade, automaticamente, seu cérebro será reprogramado a desenvolver outros modelos de interpretação”, analisa Marcia Dolores Resende, psicóloga, conselheira em Desenvolvimento Humano e Estudos da Família no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), especialista em Estudos da Medicina Comportamental e pós-graduada em Criatividade e Inovação pela FAAP.  

Segundo Marcia, quando você abre seu leque de percepções sobre a vida, o cérebro acompanha esse processo, e aquela experiência que antes tinha um significado traumático ou desagradável, passa a ter novas interpretações. “A mente tem a facilidade de concretizar o que você quiser. Basta estar aberto ao novo e às mudanças. Não é um exercício que você irá dominar da noite para o dia. Mas, com a prática constante, ele se torna natural e espontâneo”, afirma Marcia Dolores.  

Para auxiliar, a psicóloga cita 3 dicas que irão facilitar a utilização promissora da mente:

 

Construa imagens que te aproximem dos seus objetivos

Como seria levantar da cama e já imaginar o seu dia? Basta construir imagens que representem o seu estado interno ideal, aquilo que você deseja vivenciar e realizar. Ao fazer isso todos os dias, essa habilidade já entra no modo automático, fazendo sua mente acordar com foco no que é realmente importante para você.

 

Transforme o passado em novos aprendizados

Saber construir uma nova realidade requer o desprendimento em relação ao que já passou, principalmente às experiências ruins. Resgate do seu passado somente o que poderá servir como um aprendizado útil e benéfico para o seu presente. Além de te libertar, este exercício irá proporcionar amadurecimento e decisões mais produtivas.


Não dê espaço para frustrações
Uma competência fascinante do cérebr

o é a capacidade de regeneração. Se seu dia não saiu como planejado, não pense em frustração. Já imagine o dia seguinte. Imediatamente, sua mente muda o foco e dá o espaço que você precisa para avaliar as situações em novas perspectivas. Muito mais interessante do que se autopunir por ter feito algo diferente do que se esperava.

 

Estudo avalia relação dos profissionais da Saúde com o luto na pandemia

Pesquisa, que busca voluntários, é realizada na UFSCar em parceria com universidade holandesa

 

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende avaliar as experiências dos profissionais da Saúde que prestaram assistência de fim de vida a pacientes que faleceram recentemente e como eles têm sido afetados pela atual crise da Covid-19. A pesquisa é coordenada, na UFSCar, por Esther Ferreira, docente do Departamento de Medicina (DMed), e integra o projeto iLIVE (www.iliveproject.eu), sob o comando da professora Agnes van der Heide, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Erasmus de Rotterdam, na Holanda.


Ferreira afirma que a pandemia do novo Coronavírus pode afetar seriamente a relação com a morte de pacientes, familiares e profissionais da Saúde, tanto nos casos da própria Covid-19 quanto de outras causas. "O impacto não diz respeito apenas ao domínio físico, mas também aos domínios psicológico, social e espiritual", destaca a professora. 


Também de acordo com a pesquisadora, a morte deve ser compreendida como um fenômeno natural, tal como ela é, mas que pode desencadear processos de luto especialmente em amigos e familiares os quais, em algumas situações, precisarão de ajuda especializada. Para Ferreira, o atual contexto pandêmico tende a dificultar as experiências desses processos.


No caso específico dos profissionais da Saúde, que convivem com óbitos em seus cenários de trabalho, a dificuldade de lidar com o luto pode acarretar muitos problemas, inclusive "relacionados à saúde mental, como a depressão", como exemplifica a docente. A expectativa do estudo é levantar pontos críticos nessa relação dos profissionais com o processo de fim de vida e discuti-los, propondo ideias para minimizar danos em situações semelhantes no futuro.


"Estamos avaliando não apenas como o profissional da Saúde se auto percebe, mas também se o ambiente em que ele está inserido tem alguma relação com o processo de luto, o que possibilitará a proposição de melhorias", afirma. Além disso, por meio da parceria com o projeto holandês, os dados coletados no Brasil serão juntados com os de outros países, ampliando as análises dos resultados. 



Voluntários


Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados profissionais da Medicina, Enfermagem e Fisioterapia, de qualquer região do País, que vivenciaram situações de morte de pacientes a partir de março de 2020. Os voluntários responderão a um questionário online (https://bit.ly/3g2Mp72), disponível até o dia 10 de outubro. Projeto aprovado pela Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 31896820.1.0000.5504).

 

Respira, inspira e não pira: a respiração para aliviar a ansiedade

Professor de yoga cadastrado no GetNinjas explica como o ato de respirar e a saúde mental caminham lado a lado


Na quarentena, a ansiedade é uma companhia "non grata". Apesar de ser um sentimento comum, quando em excesso, a angústia afeta funções físicas do corpo, como a respiração. Segundo Victor Mazzoli, professor de yoga cadastrado no GetNinjas, a respiração fica desregulada, pois assim como as atividades da mente influenciam no ato de respirar, este influencia o estado mental; como em uma via de mão dupla.


Para lidar com isso, é possível praticar exercícios de respiração que ajudam a controlar a ansiedade. "Existe uma relação entre os ritmos respiratórios e os estados mentais. Tais mudanças no ritmo da respiração correspondem não só a mudanças no ritmo do coração, mas a mudanças no potencial elétrico na superfície do cérebro também", comenta Victor. No universo dos exercícios respiratórios há técnicas conhecidas como Kryias (de purificação) e técnicas de Pranayama (de controle de respiração). Ambas as técnicas podem ativar o sistema parassimpático e levar a um estado mais sedativo, promovendo um relaxamento.


Além da sensação de relaxamento, a prática de técnicas de Pranayama também podem complementar o tratamento de doenças respiratórias e melhora a capacidade pulmonar de ex-fumantes. Porém, no caso de condições pré-existentes como diabetes, hipertensão e problemas posturais, podem existir algumas limitações. Além disso, outro ponto de atenção é o de se exercitar sem a orientação de um professor. Ao ser realizado de forma incorreta, a prática pode causar danos para o corpo e para a mente. "Problemas podem surgir quando alteramos a respiração e não damos atenção a uma reação corporal negativa", alerta o professor.


Na prática 


Como o Pranayama é um dos membros do Yoga, é possível praticar os dois juntos ou até mesmo antes ou depois do exercício das posturas. Para praticar, é necessário manter a coluna ereta e encontrar uma posição confortável em que o corpo não perturbe a respiração. A postura do lótus com uma base triangular é o ideal, mas os iniciantes podem começar sentando-se em um banco afastado do espaldar, para poder manter o alinhamento da coluna. Apesar de poder ser feito em qualquer momento do dia, o ideal é que o praticante reserve duas horas antes do amanhecer, já que nesse horário a atmosfera está pura e calma.

 



GetNinjas

www.getninjas.com.br


sábado, 19 de setembro de 2020

Campanha destaca serviço gratuito de imunização para pacientes especiais

 


Com diferentes ações, a iniciativa "CRIE + Proteção" valoriza a vacinação de pessoas mais suscetíveis a infecções, como aquelas que enfrentam o câncer ou vivem com HIV


Alguns pacientes são mais vulneráveis a infecções e, por isso, têm necessidades específicas de vacinação. Essas pessoas podem ser atendidas gratuitamente em unidades de saúde do SUS: os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), uma rede que já existe há 27 anos¹. Apesar desse histórico, o serviço ainda é pouco conhecido no Brasil, inclusive entre os médicos². Com o apoio de toda a sociedade, contudo, é possível mudar o cenário de desconhecimento e formar uma verdadeira rede de proteção em torno daqueles que correm maior risco de adoecer. Esse é o objetivo da campanha CRIE + Proteção, uma iniciativa da Pfizer, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Várias condições clínicas e procedimentos podem tornar um organismo mais suscetível a infecções, como enfrentar um câncer, passar por um transplante, viver com HIV ou com diabetes. "O envelhecimento da população está associado a um incremento no número de quadros crônicos. Graças aos avanços da medicina, os pacientes oncológicos, por exemplo, vivem cada vez mais, mesmo nos estágios avançados da doença, assim como os indivíduos que vivem com HIV. Além disso, infecções podem ser causa de descompensação de doenças como cardiopatias, diabetes, entre outras. Essas doenças de base aumentam o risco de contrair infecções graves e, portanto, a vacinação desses grupos precisa estar no centro das atenções", afirma o presidente da SBIm, Juarez Cunha.

Para estimular o conhecimento sobre a importância e a segurança da vacinação dos chamados paciente especiais a campanha CRIE + Proteção reúne ações presenciais e digitais. A primeira delas é uma websérie especial apresentada pelo médico Dráuzio Varella, que tem uma forte ligação com a temática. Cancerologista, dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer de São Paulo por 20 anos e foi um dos pioneiros em iniciativas de enfrentamento da aids no Brasil, ainda na década de 1980. Nos três vídeos da série, o médico visita unidades do CRIE para apresentar o serviço à sociedade e discutir as opções oferecidas aos pacientes imunocomprometidos.

Em cada um dos episódios, Dráuzio Varella conversa com profissionais das unidades de referência e acompanha pacientes que visitam esses locais pela primeira vez: Jussara Del Moral, diagnosticada com câncer de mama em 2007, Pedro Frazão, que passou por um transplante renal em 2018, e Lucas Raniel, que vive com HIV desde 2013. Exibidos a partir do mês de setembro, os vídeos ficarão disponíveis no canal do médico Dráuzio Varella no Youtube e, também, no portal da SBIm: http://www.familia.sbim.org.br/pacientes-especiais. Na plataforma, o internauta também pode se informar sobre as condições crônicas de saúde contempladas com a vacinação gratuita, conhecer as indicações e contraindicações para cada caso, bem como acessar a lista completa de endereços das unidades dos CRIE em todo o Brasil.


Criando proteção

A campanha CRIE + Proteção também conta com o apoio de influenciadores digitais de diferentes segmentos na divulgação da causa. "Esperamos que a campanha possa melhorar o conhecimento sobre as unidades do CRIE e estimular a adesão dos imunocomprometidos e pessoas com doenças crônicas à vacinação, valorizando um atendimento importante que é prestado gratuitamente pelo SUS", afirma a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

Uma das novidades mais recentes no âmbito do CRIE foi a ampliação das possibilidades de prevenção contra as doenças pneumocócicas, a partir da incorporação de uma vacina que protege contra os 13 tipos mais prevalentes da bactéria pneumococo em todo o mundo. Pessoas com condições clínicas que comprometem o sistema imunológico apresentam um risco aumentado para pneumonia e doenças pneumocócicas invasivas, em relação aos indivíduos saudáveis. Entre aquelas que vivem com HIV, por exemplo, o risco de contrair pneumonia é de 50 a 100 vezes maior na comparação com pessoas sem essa condição³.

Pacientes oncológicos representam outro grupo suscetível à pneumonia e outras infecções, uma vez que o sistema imune pode ser enfraquecido pelo próprio câncer e pelos tratamentos que afetam as células de defesa. Também devem receber atenção especial indivíduos que utilizam imunossupressores, como as medicações usadas para evitar a rejeição em transplantados ou mesmo os pacientes submetidos a transplante de medula, o que pode prejudicar as memórias imunológicas adquiridas ao longo da vida.

"A vacinação contra o pneumococo está muito bem estabelecida nos calendários vacinais do Brasil e do mundo, de modo que a incorporação da 13-valente aos CRIE representa um grande avanço em termos de acesso. É fundamental que todos estejam atentos às atualizações nas recomendações de imunização, respeitando as particularidades de cada paciente e de sua condição clínica", avalia Márjori.

 


Referências:

1. NOBREGA, Laura Andrade Lagôa; NOVAES, Hillegonda Maria Dutilh; SARTORI, Ana Marli Christovam. Avaliação da implantação dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Revista de Saúde Pública, 2016. Acesso em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872016050006183.pdf
2. INSTITUTO IPSOS. Pesquisa: Estudo da Jornada do Paciente CRIE, 2018.
3. PELTON SI e al. Rates of pneumonia among children and adults with chronic medical conditions in Germany. BMC Infect Dis. 2015;15(1):470.


Tatuador cria projeto gratuito com o intuito de ressignificar cicatrizes de automutilação

Pietro Marinho procura, além de ajudar pessoas a superarem seus traumas, inspirar outros artistas


Pensando em como ajudar o próximo, o tatuador Pietro Marinho, também conhecido como Mahadevil, preparou um projeto chamado Cicatrizes, que tem como principal objetivo dar um novo significado as marcas de quem já sofreu automutilação.

A ação em prol do Setembro Amarelo não tem fins lucrativos e busca por meio de rituais com medicinas indígenas e acessando a espiritualidade de cada um, transformar a dor dessa lembrança em arte, superação e força.

Durante esse mês, Pietro vai atender três vezes por semana em seu ateliê, localizado na cidade de São Paulo e como o artista procura estabelecer uma conexão espiritual com cada pessoa atendida, ele reserva um dia inteiro para cada sessão.

Felícia Bruno foi a primeira pessoa a ser tatuada por Pietro nesse mês especial e resolveu compartilhar seu depoimento, que segundo ele, foi um tapa na cara e o fez parar para refletir sobre muitos pontos.

"Às vezes nos vemos presos numa situação que parece sem saída, o fim da linha. Mas há sempre saída. Somos, de fato, uma metamorfose ambulante. Não há obstáculos que não possamos atravessar. Ou dor que não possamos superar. Não somos os mesmos de ontem, assim como não seremos os mesmos amanhã. A vida se renova constantemente e há sempre oportunidade de recomeçar. E recomece quantas vezes for necessário. O processo importa, os detalhes importam. A dor nos faz lembrar que estamos vivos, que somos feitos de carne e somos parte de algo incrivelmente lindo e maior que nós. Há beleza no caminho e significado na dor. Honre seu percurso e a sua dor. Faça ela de impulso pra sua transformação, e confia que o vento leva e o tempo cura."

Os planos eram apenas para setembro, mas a procura pelo artista foi tão grande, que ele pretende estender o projeto por tempo indeterminado, pois acredita que a visibilidade para assuntos como este precisa ser cada vez maior.

Além disso, Mahadevil quer conscientizar outros artistas e pessoas mostrando que é possível ajudar o próximo sem esperar nada em troca e, ele acredita que a sociedade está vivendo um tempo de amor e que atitudes como essa serão mais comuns.


Como fazer parte do projeto

Para participar, o tatuador pede que as pessoas mandem uma mensagem pelo e-mail cicatrizes@mahadevil.com.br, contando suas histórias, em quais estados elas residem e anexando uma foto. Os relatos enviados de outras cidades fora de São Paulo são encaminhados a tatuadores de diferentes lugares do país, que se candidatam a participar do projeto pelo e-mail selecaotatuadores@mahadevil.com.br.

De acordo com o ilustrador, nem sempre é possível que todas as pessoas sejam atendidas, já que a quantidade de mensagens recebidas é muito grande. No entanto, Mahadevil pede para que os que não foram atendidos não desistam e possam ser inspirados por esse trabalho.

"Cada movimento que a gente dá, a gente respinga para outras pessoas também. Então, que bom que isso está chegando em lugares, né? Vamos dar visibilidade para essa causa. O objetivo é inspirar as pessoas a trabalharem também esse outro lado", afirmou.


DIA MUNDIAL DO DOADOR DE MEDULA ÓSSEA (19/09)

Cadastro de novos doadores sofre queda de 30% e prejudica a espera de pacientes em busca de transplantes

 

A espera por um doador compatível de medula óssea pode levar meses, o que acaba por agravar a saúde do paciente. Embora o Brasil tenha o terceiro maior banco de doadores do mundo, com 4,7 milhões de cadastros, houve redução de 30% do número de novos doadores desde o início da pandemia. Essa queda prejudica quem enfrenta doenças graves, como linfomas e leucemias, e depende de um transplante.

“Precisamos de rapidez para encontrar doadores compatíveis. Quanto mais o tempo passa, a saúde do paciente se agrava e suas chances de recuperação começam a diminuir”, afirma o Dr. Rodrigo Santucci, diretor de relações institucionais do Hemocentro São Lucas, que atende o Grupo Leforte de hospitais e clínicas especializadas.

No sábado, dia 19, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. O transplante consiste na substituição da medula óssea doente por células normais de um doador compatível, para que a medula do paciente se recupere e volte a desempenhar as suas funções adequadamente.

O procedimento é indicado para casos de doenças do sangue, como leucemia aguda, leucemia mieloide crônica, linfomas, anemias graves, hemoglobinoplatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo, osteopetrose, talassemia major e outras.


Cadastro atualizado


“Parece uma coisa simples, mas uma grande preocupação que temos é com o cadastro de doadores. É muito importante que ele esteja sempre atualizado. Não são raros os casos em que surge um paciente compatível, mas os dados do doador são antigos e não conseguimos mais encontrá-lo”, conta o Dr. Santucci.
O processo para se tornar um doador é simples. Veja as etapas:

  • Coleta - Procure um hemocentro especializado e agende uma coleta de sangue para análise (são necessários apenas 5 a 10 ml).
  • Análise – O material passa por análise e, em seguida, é feito um cadastro no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).
  • Cadastro – Mantenha os seus dados atualizados para facilitar o contato em caso de pacientes compatíveis. É possível alterar informações no site do REDOME.
  • Doação - Quando houve um paciente compatível, o doador é chamado para o procedimento de coleta. Existem diferentes técnicas, sendo todas muito seguras e rápidas.


Compatibilidade parcial


Atualmente, o aperfeiçoamento de uma técnica tem beneficiado muitos pacientes com dificuldade para encontrar doadores totalmente compatíveis. O procedimento permite utilizar células tronco de pessoas parcialmente compatíveis, combinada com o uso de medicações, para o sucesso do transplante.

A compatibilidade entre doador e paciente é definida pelo HLA (antígeno leucocitário humano), uma proteína presente na superfície dos leucócitos (glóbulos brancos do sangue). Os tipos de HLA variam de acordo com o material genético herdado pelos pais, sendo metade da mãe e a outra metade do pai. Quando não há doadores compatíveis na família, busca-se um doador no REDOME.


Contudo, o pai ou a mãe tem necessariamente 50% de compatibilidade com o paciente. “A grande vantagem desse método é que podemos ganhar tempo, sem depender de outros doadores”, explica o Dr. Santucci. Apesar disso, explica o especialista, é preferível um doador 100% compatível, aparentado ou não.


Doação de sangue


Além da queda no cadastro de novos doadores de medula óssea, os bancos de sangue também tiveram uma redução das doações. A queda foi de 25%, desde o início da pandemia.


Uma bolsa de sangue pode salvar a vida de até quatro pessoas. A doação de sangue é um procedimento totalmente seguro, pois o
organismo repõe muito rapidamente a quantidade doada. São usados apenas materiais descartáveis para a doação. Além disso, a bolsa de sangue é testada para HIV, hepatites B e C, chagas, sífilis e outras doenças.

Para doar, faça o agendamento pelos telefones (11) 3660-6000 ou (11) 3660-6044. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 8h às 17h. Endereço: Rua Barão de Iguape 212 – 2º andar.

 

 

Grupo Leforte


Dia da Dermatite Atópica: doença afeta crianças na idade escolar e pode comprometer aprendizagem

  Estudos revelam risco maior para déficit de atenção, depressão e hiperatividade, além de impacto na qualidade de vida de familiares

 

O dia 23 de setembro é lembrado como Dia da Conscientização da Dermatite Atópica, doença causada por um desbalanço na resposta imunológica e que afeta de 10% a 20% das crianças em idade escolar, podendo contribuir no comprometimento da aprendizagem, dificuldades sociais, familiares e ainda levar a mudanças de humor e personalidade[i],[ii].

A doença apresenta graus que variam entre leve, moderado e grave. Os casos moderados e graves são os que causam maior impacto físico e emocional para os pacientes, independentemente de sua idade. Tal impacto está relacionado as lesões vísives na pele, como também ao prurido e suas consequências, como distúrbios do sono[iii],[iv],[v],[vi].

Uma pesquisa realizada com pacientes de 5 a 16 anos, de um serviço de Dermatologia da região sul do Brasil, avaliou crianças e adolescentes, sendo que 30% deles possuíam dermatite atópica como diagnóstico nas consultas dermatológicas. Aqueles que possuíam alguma doença crônica, como é o caso dos diagnosticados com a DA, tiveram 2,5 vezes mais a qualidade de vida impactada, sendo a esfera dos sentimentos e das relações pessoais a mais afetada[vii].

“A coceira é o principal sintoma da dermatite atópica. Ela muda a aparência da pele, gerando possíveis transtornos de autoestima, bullying e redução da socialização. Além disso, é extremamente desconfortável, sendo capaz de afetar o sono também dos familiares responsáveis pelas noites da criança”, explica Mayra Ianhez, médica dermatologista e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG). Estudos revelam que distúrbios do sono associados atingem até 60% das crianças com dermatite atópica, chegando a 83% durante as crises da doença[viii].

Pais e cuidadores dessas crianças diagnosticadas com DA também são impactados. A falta de sono que atinge os pais pode até ser comparada com a de familiares de crianças autistas ou que têm convulsões[ix]. Segundo a dermatologista, os pais da criança com dermatite atópica têm sentimentos de exaustão, frustração, desamparo e culpa. Há maior probabilidade de instabilidade no casamento e também no relacionamento com outros entes familiares. “Há um ciclo de consequências para os pais também, pois se ausentam mais do trabalho, têm menos atividades sociais, se estressam mais com o cuidado com a criança e têm mais desafios relacionados à disciplina”, destaca.

Perder a qualidade de sono já é algo esperado para pais de crianças pequenas, mas isso é amplificado quando as mesmas apresentam dermatite atópicaix. O cuidado durante a noite com o filho pode ser bem complexo, ainda que consigam fazê-lo pegar novamente no sono após a crise de pruridoix. Cerca de 41% dos pais disseram continuar acordados mesmo após a criança voltar a dormir, resultando em perda de sono de 1 a 3 horas por noiteix.

A doença e o tratamento

A dermatite atópica é uma doença crônica e com predisposição genética, causada por uma resposta exagerada do sistema imunológico, chamada de Inflamação Tipo 2iii,iv,v. Na prática, o paciente predisposto geneticamente e com fatores ambientais que propiciam a piora da doença - tais como ressecamento da pele e o contato com substâncias irritantes ou alergênicas - ativa uma reação inflamatória [x]

Mais de 50% das crianças afetadas podem ficar livres da doença ao longo do tempo, entretanto, a outra metade pode evoluir com a doença na idade adulta, especialmente para os casos mais graves e se for acompanhada de outras doenças, como a asma e a rinite alérgicax. Para os casos crônicos e recorrentes, esquemas terapêuticos apropriados para a gravidade de cada paciente devem ser seguidos[xi].

O cuidado mais básico e indicado para todos os casos, de leves a graves, é a hidratação da pele. Essa medida simples promove a umidificação da sua camada mais externa estabilizando-a como barreira protetorax. Além das medidas de cuidados básicos, o médico pode ainda receitar tratamentos tópicos ou sistêmicos, incluindo corticoides, fototerapia, imunossupressores e medicamento biológico, conforme a gravidade da doença.

 

 


Sanofi 


[i] Associação de Apoio à Dermatite Atópica. Cartilha À Flor da Pele. Disponível em: https://www.aada.org.br/pdf/aada-flor-da-pele.pdf. Acesso em Agosto, 2020.

[ii] Loney T, Standage M, Lewis S. Psychosocial Effects of Dermatological-related Social Anxiety in a Sample of Acne Patients. J Health Psychol. 2008;13:47-54.

[iii] Eichenfield et al. Guidelines of Care for Atopic Dermatitis. J Am Acad Dermatol. 2014;70(2):338-51.

[iv] European Dermatology Forum. Guideline to treatment. Available at: http://www.euroderm.org/edf/index.php/edf-guidelines/category/5-guidelines-miscellaneous?download=36:guideline-treatment-of-atopic-eczema-atopic-dermatitis. Accessed December 2016.

[v] Gelmetti and Wolleberg. Atopic dermatitis- all you can do from the outside. Br J Dermatol. 2014;170 Suppl 1:19-24.

[vi] National Institutes of Health (NIH). Handout on Health: Atopic Dermatitis (A type of eczema) 2013. Available at: http://www.niams.nih.gov/Health_Info/Atopic_Dermatitis/default.asp. Accessed October 2016.

[vii] Weber MB, Lorenzini D, Reinehr CP, Lovato B. Assessment of the quality of life of pediatric patients at a center of excellence in dermatology in southern Brazil. An Bras Dermatol. 2012;87(5):697-702.

[viii] Na CH, Chung J, Simpson EL. Quality of Life and Disease Impact of Atopic Dermatitis and Psoriasis on Children and Their Families. Children (Basel). 2019;6(12):133.

[ix] Yang EJ, Beck KM, Sekhon S, Bhutani T, Koo J. The impact of pediatric atopic dermatitis on families: A review. Pediatr Dermatol. 2019;36(1):66-71.

[x] Torres T, Ferreira EO, Gonçalo M, Mendes-Bastos P, Selores M, Filipe P. Update on Atopic Dermatitis. Acta Med Port. 2019;32(9):606-613.

[xi] Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-atopica/59/. Acesso em Março, 2020.


Vitamina D diminui os riscos de contágio pelo coronavírus

Além da exposição ao sol, a vitamina D pode ser absorvida pela ingestão diária de alimentos ideais para esta finalidade ou por suplementação 


O isolamento social, imposto como medida de prevenção da covid-19, resultou na baixa exposição ao sol, ocasionando em muitas pessoas a deficiência de Vitamina D, fundamental para o fortalecimento do sistema imunológico. De acordo com artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a vitamina D diminui o risco de infecções respiratórias e melhora a eficiência de trocas gasosas no pulmão, além de ser essencial para o fortalecimento ósseo, saúde do coração e controle da diabetes. 

Segundo o nutricionista da Clínica-escola da Universidade UNG, Cauê Araújo, sabe-se que diariamente precisamos de minimamente 400 UI (unidades internacionais) de vitamina D, entretanto novos estudos científicos mostram que essa necessidade diária pode estar abaixo do que realmente necessitamos. "Além da exposição ao sol, a vitamina D pode ser absorvida pela ingestão diária de alimentos ideais para esta finalidade ou suplementação", explica. 


Confira a lista com 10 alimentos indicados pelo nutricionista, que são fontes de vitamina D. 


Salmão  

O salmão é o campeão quando se trata de fonte alimentar de vitamina D. Dentre as fontes proteicas, em 100g de salmão selvagem temos aproximadamente cerca de 600 ~ 1000UI e esta grande variação é devido a procedência do produto.  


Óleo de fígado de bacalhau 

O óleo de fígado de bacalhau ou "óleo de peixe" pode ser utilizado em sua forma de óleo (pouco utilizada) é consumido em pequenas capsulas de 5ml, as quais tem uma altíssima concentração, sendo de 400~1000UI em 5ml.  


Sardinha 

A sardinha enlatada possui a quantidades com melhor custo/benefício. Aproximadamente 300UI em 100 gramas de alimento consumido.  


Cavala 

A cavala em conserva vem como uma forte fonte alimentar da vitamina D, sendo que cerca de 100 gramas contêm aproximadamente 250UI da vitamina.  


Atum 

O atum tem uma quantidade generosa de vitamina D em sua composição, com aproximadamente 230UI em aproximadamente 90 gramas. 


Arenque 

O arenque que tem sua variabilidade de consumo tanto cru, enlatado, defumado ou em conserva e é uma ótima opção quando se trata de vitamina D, fornecendo aproximadamente 180 ~ 250UI em cerca de 100 gramas do alimento.  


Gema de Ovo 

Sabe-se que o ovo tem inúmeras propriedades e sua gema é grande fonte de diversos nutrientes, contendo cerca de 20UI por unidade de gema consumidas.  


Cogumelos frescos  

Os cogumelos são uma grande fonte alimentar de proteínas e diversos nutrientes. Muitas vezes são poucos consumidos pelo seu difícil acesso, entretanto contém uma quantidade de 100UI por 100g. 

Cogumelos secos (desidratados) 

Já os cogumelos desidratados, devido a sua desidratação possuem alta concentração de nutrientes com aumento de vitamina D em sua composição, sendo de até 1600UI em 100g.  


Leite de vaca e Iogurtes 

Os lácteos são fontes alimentares de cálcio que também é um mineral importantíssimo quando se trata de vitamina D. Cada litro de leite possui cerca de 40UI, já de iogurtes a cada 100ml, aproximadamente 90UI.  


Pediatra fala sobre retorno das aulas e a pandemia

Saúde mental e socialização são pontos fundamentais para o desenvolvimento infantil, segundo a médica


A pandemia de Covid-19 mudou a rotina de todo o mundo. Para os adultos, a sobrecarga com o home office e as tarefas domésticas e a ameaça do desemprego se tornaram pesos a serem levados no dia a dia. Para as crianças, a ausências das aulas, o tédio por não poder sair e a falta de compreensão do que está acontecendo também causam impactos importantes.

"A escola é o primeiro campo de batalha na vida de uma criança. Lugar que vai muito além de aprendizado de conteúdo. Ali são desenvolvidas habilidades emocionais, contribuindo para o desenvolvimento cerebral", conta a pediatra Dr.ª Flávia Oliveira, da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde é o bem-estar físico, mental e social do indivíduo e não apenas a ausência de doenças. Dessa forma, os números do estrago da pandemia são ainda maiores do que os mostrados diariamente pela mídia: aumento de transtornos mentais, feminicídio, violência domiciliar etc. "São seis meses de privação do convívio com amigos, professores e até familiares. Muitos dizem que é um ano perdido, mas a perda de conteúdo é até secundário porque o papel e a importância da escola vão além disso", diz a médica.

Dr.ª Flávia ressalta ainda o estresse tóxico causado do número elevado de horas frente às telas que pode gerar alterações permanentes na arquitetura cerebral das crianças. "A formação cerebral termina por volta dos 20 anos de idade, sendo muito vulnerável às experiências adversas", explica.

A retomada das aulas no exterior dá um norte de como podemos agir no Brasil, com exemplos do que deu certo ou não. A pediatra destaca que os pais precisam de opção, uma vez que as necessidades são muito particulares. "O retorno deve ser voluntário para aquelas famílias que necessitam da escola para manutenção de sua estrutura ou mesmo para aquelas que julgam essa ser a melhor opção para seus filhos", conclui.

 



Dra. Flavia Oliveira Pediatra e Neonatologista

Clínica MEDPRIMUS

http://www.medprimus.com.br

 

Exame preventivo aos 45 pode diminuir mortalidade por câncer colorretal


Campanha Setembro Verde conscientiza população sobre detecção precoce da doença


O câncer colorretal é um dos tumores malignos mais recorrentes no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele é o segundo mais comum em mulheres e o terceiro em homens. Além disso, a estimativa de novos casos para este ano ultrapassa a faixa dos 40 mil. Para conscientizar a população sobre os riscos dessa doença, a comunidade oncológica realiza, desde 2016, a campanha Setembro Verde, que este ano traz uma boa notícia, o exame preventivo agora deve ser realizado mais cedo.

Até pouco tempo atrás, o recomendado era que a colonoscopia, procedimento responsável por identificar possíveis alterações no intestino grosso e reto, começasse a ser feita somente após os 50 anos. No entanto, essa diretriz foi repensada e acabou sendo modificada pela Sociedade Americana do Câncer em 2018. Agora, grande parte dos médicos já orienta seus pacientes a realizar o exame preventivo a partir dos 45 anos.

“Os estudos mais recentes mostraram que ao diminuir a faixa etária para a realização da colonoscopia, você consegue aumentar expressivamente o número de diagnósticos precoces. Isso acaba resultando em uma diminuição da taxa de mortalidade pela doença, já que as chances de cura no estágio inicial são de 90%”, destaca Ricardo Cembranelli, oncologista do Grupo Onco-Procto do Hospital Felício Rocho.

Ricardo também lembra que esse não é um exame que precisa ser feito constantemente. Caso a primeira colonoscopia não apresente nenhuma alteração, ela pode ser repetida com um espaço de até cinco anos. Já as pessoas que possuem histórico familiar ou que tenham constatado a formação de algum tipo de pólipo, devem buscar a orientação de um especialista para analisar a situação e indicar a periodicidade do exame.


Alimentação

Outra forma de prevenir o câncer colorretal é a adoção de hábitos saudáveis, como não fumar, praticar atividades físicas e se alimentar bem. Segundo pesquisa realizada por cientistas do Centro Médico Tel-Aviv, em Israel, a dieta mais adequada para quem quer diminuir as chances de desenvolver esse tipo de tumor é a mediterrânea. Baseado no consumo de alimentos frescos e naturais, esse cardápio é bastante rico em frutas, verduras, sementes, oleaginosas, grãos, peixes e aves.

“A dieta mediterrânea pode ser uma boa opção justamente porque conta com um baixo consumo de alimentos que podem causar inflamação no trato gastrointestinal o que, a longo prazo, corre o risco de ser cancerígeno. Por isso, orientamos as pessoas a não ingerirem mais do que 500g carne vermelha por semana; a evitar ao máximo todos os tipos de bebidas açucaradas, além de não comer alimentos processados, entre eles salsicha, mortadela, presunto, bacon, blanquet de peru e salame”, explica Ricardo.


Sintomas e tratamentos

Assim como vários outros tipos de tumores, o câncer colorretal também pode ser silencioso. Mas em alguns casos o paciente apresenta sintomas, como sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes ou massa abdominal. Como esses sinais também podem indicar outros problemas de saúde, é importante que a pessoa procure um médico para realizar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.

Ricardo conta que hoje existem várias formas de tratar o câncer colorretal. Se a doença estiver em estágio inicial, geralmente é realizada apenas uma cirurgia de remoção do tumor. Já nos casos mais avançados pode ser indicada também sessões de radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia. No entanto, O médico destaca que o melhor remédio de todos ainda é a prevenção “Não existe segredo para se ter uma boa saúde, tudo passa por manter hábitos saudáveis e consultar regularmente o seu médico”, conclui.

 



Grupo Onco-Procto do Hospital Felício Rocho

 

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