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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Decoração que faz a festa


A aproximação do Natal mobiliza as famílias na organização e decoração da casa para celebrar a data. Além das tradicionais árvores natalinas, guirlandas e arranjos com velas para alegrar a mesa da ceia estão entre os enfeites preferidos


O Natal é uma das festas mais esperadas do ano porque é o momento para celebrar a família e trocar presentes. Para deixar essa combinação perfeita, o ideal é caprichar na decoração da casa, da árvore de Natal e da guirlanda aos arranjos da mesa da ceia, criando o clima de celebração que a data merece.

E que tal um “faça você mesmo” seus próprios arranjos? Para quem quer se inspirar e ainda gastar pouco, o CEAFLOR, o novo mercado de flores da região de Holambra, reúne em um só espaço um mix completo de flores, plantas e acessórios de decoração para a festa natalina negociados diretamente com os produtores e fabricantes.
      
A diversidade de opções oferecidas pelas 350 empresas instaladas neste grande entreposto garante o atendimento de todas as demandas para o período. Além da árvore – que pode ser natural, como as tuias holandesas – e das tradicionais flores vermelhas, lideradas pela poinsetia –, outros símbolos de Natal podem ser encontrados para decorar o espaço: aposte em guirlandas, pisca-pisca, presépio, boneco de neve, Papai Noel, pinhos, velas e galhos de árvore. “A grande vantagem do Ceaflor é que tudo está reunido no mesmo lugar, estimulando a criatividade dos visitantes para fazer o enfeite do Natal para sua família. E o que é melhor: o cliente negocia diretamente com quem produz, sem intermediação”, comenta Antônio Carlos Rodrigues, presidente do Ceaflor


A tradição das guirlandas

Para algumas pessoas, o enfeite que não pode faltar no Natal é a guirlanda, principalmente em função do seu significado. As guirlandas são círculos de galhos secos, entrelaçados de folhagens, flores e bolas coloridas, usadas para decorar as portas das casas no período do Natal, pois existe a crença que elas representam paz, prosperidade e recomeço.

 
A tradição de se usar as guirlandas surgiu em Roma, pois os romanos acreditavam que presentear com um ramo de planta traz saúde, motivo pelo qual passaram a enrolar os ramos em coroas, para desejar que todas as pessoas de uma mesma família tivessem saúde.

O design floral, Michael Benevenute, dá dicas para fazer guirlandas diferentes, utilizando um mix de materiais secos e frescos. A partir de um círculo de espuma floral ou de galhos entrelaçados, é possível criar guirlandas originais e criativas, com o seu jeito de Natal.  E mais: no dia de Natal a guirlanda pode virar um arranjo de centro, para decorar a mesa da ceia.



Saúde auditiva no verão: infecções são comuns e podem ser evitadas


Otorrinolaringologista dá dicas sobre os cuidados com o problema,
 frequente nesta época do ano


Verão é sinônimo de praia e piscina. Mas, mesmo com toda a diversão, é preciso tomar cuidado com uma parte do corpo muitas vezes esquecida: os ouvidos. Isso acontece por causa do calor e da umidade em excesso, bem comuns nessa época do ano, que são prato cheio para o surgimento de inflamações e infecções na parte externa do ouvido – são as chamadas otites.

Também conhecida como otite do nadador ou de verão, o problema é um processo inflamatório, que acontece por contaminação de bactérias ou fungos. “Quando alguém mergulha, qualquer ferimento na pele, além da umidade local retida no canal auditivo, pode servir abertura para micro-organismos. Essas lesões geralmente podem ser agravadas quando os pacientes introduzem grampos, tampas de canetas, unhas ou outros objetos cortantes no canal auditivo”, explica a otorrinolaringologista Milena Costa.

O quadro é marcado por coceira, secreção e dor no ouvido, podendo evoluir para inchaço, vermelhidão e dor intensa. Além disso, é comum que a audição no lado acometido seja reduzida pelo acúmulo de secreção, descamação da pele inflamada ou edema.

“É importante que nessas situações o paciente procure um otorrinolaringologista para o tratamento adequado e não opte por soluções caseiras como pingar leite materno, azeite ou água oxigenada no canal auditivo. A ideia de que essas substâncias ajudam a aliviar a dor é um mito e isso ainda piora a infecção”, alerta a dra Milena.

Como evitar o problema
O contato constante com a água também facilita a remoção da cera que protege o ouvido, levando à entrada de fungos e bactérias. Segundo a médica, uma dica para os atletas de esportes aquáticos ou frequentadores de praias e piscinas, é a utilização de tampões para proteger os ouvidos.

Confira outras dicas para passar longe da otite externa:

  • Enxugue os ouvidos sempre com uma toalha limpa e com a ponta da mesma;
  • Evite ficar em contato com a água por grandes períodos, principalmente se ela conter impurezas ou cloro em excesso;
  • Não utilize a unha, cotonete e outros objetos para limpar ou coçar o ouvido;
  • Caso perceba algum acúmulo de água tampando o ouvido, incline a cabeça para o lado obstruído e sacuda-a sutilmente. Se a água não sair, procure um otorrinolaringologista o mais breve possível;
  • Use tampões quando for nadar ou praticar outros esportes aquáticos;


Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.

Dezembro Laranja destaca sinais do câncer de pele


Hospital Amaral Carvalho apoia campanha nacional promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e ressalta medidas preventivas da doença

  
   No Brasil, país tropical com temperaturas que variam de 18 a 28 graus, em média, o tipo de câncer mais comum é o de pele, cujo principal fator de risco é a exposição excessiva ao sol. Para alertar sobre os sinais da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove a campanha Dezembro Dourado.  

   Referência em oncologia, o Hospital Amaral Carvalho (HAC), mantém um programa contínuo de prevenção do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. A equipe apoia a campanha e ressalta a importância de medidas preventivas e do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura.  

   Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que, anualmente, são diagnosticados 180 mil casos novos. Os vilões são os raios ultravioleta emitidos pelo sol, que prejudicam a pele e podem causar o câncer. Pessoas de pele clara ou que trabalham ou permanecem por longos períodos expostas ao sol, integram o grupo de risco.

   De acordo com a dermatologista do HAC, Ana Gabriela Salvio, hábitos simples, como o uso diário de protetor solar e óculos de sol, fazem a diferença e ajudam a prevenir a doença. “A pele é o maior órgão do nosso corpo e, desde a infância, acumula toda a radiação que recebemos. Em longo prazo, os danos podem ser irreversíveis, por isso, o cuidado deve ser diário”, afirma.

   A médica explica que é importante ficar atento e procurar um médico ao notar qualquer lesão suspeita ou alteração na pele, especialmente ao surgimento de pintas pretas, assimétricas e com bordas irregulares, que apresentam mais de uma coloração e com diâmetro superior a um centímetro. “Esse tipo de lesão pode ser um sinal de alerta para o melanoma”, destaca.


Fique atento às recomendações


- Use protetor solar todos os dias, mesmo quando nublado, e reaplique a cada duas horas ou sempre que houver transpiração ou contato com água;

- Evite a exposição ao sol sem proteção, especialmente nos horários mais intensos, das 10h às 16h;

- Use chapéu, óculos escuros, camisas de manga longa, filtro solar, guarda-sol ou barracas sempre que estiver ao ar livre, e procure sempre por uma sombra;

- Os danos dos raios ultravioletas são acumulativos, por isso, proteja bebês e crianças da exposição solar. Bebês acima de seis meses já devem usar protetor solar infantil com Fator de Proteção Solar (FPS) para raios UVB de, no mínimo, 30 e com proteção UVA, no mínimo 10. Nesses casos, é recomendado aplicar protetor solar de amplo aspecto, hipoalergênico, que não irrita a pele e é fácil de passar;

- Fique atento ao comprar protetores solares, pois, nem todos os produtos protegem contra os raios UVA e UVB. Procure por produtos que declaram sua ampla proteção na embalagem. Os mais eficientes possuem as siglas PPD e FPS. Além disso, é importante optar por produtos de marcas confiáveis ou conforme indicação médica, para garantir que tenham os elementos que permitam uma proteção eficaz e completa.


Orientação o ano todo

   O Amaral Carvalho mantém o Programa de Prevenção do Melanoma desde 2007, com atendimento contínuo durante o ano, em esquema de atendimento itinerante nas unidades básicas de saúde de Jaú e em um posto fixo no próprio hospital. Pessoas com lesões suspeitas de melanoma recebem orientações da equipe especializada. “Esse serviço aumentou os índices de cura, pois facilitou o diagnóstico precoce das lesões malignas de pele e o tratamento no centro de referência. Desde o início das atividades, observamos o aumento do diagnóstico de casos iniciais e a diminuição dos casos avançados de melanoma”, explica a dermatologista.

   A equipe desenvolve também projetos na cidade, como atividades lúdicas e educativas para alunos do ensino fundamental, triagem de pacientes em asilos, palestras e orientações a estudantes e profissionais, como cabeleireiros e barbeiros, para detecção precoce da doença.




Serviço

Programa de Prevenção do Melanoma – HAC
Rua Rui Barbosa, 374 – Jaú/SP
Telefone: (14) 3602-1241
Atendimento de segunda a sexta-feira, 10h30 às 16h30, e sábado, das 8h às 12h.



Candidíase no verão: como prevenir e tratar?


Especialistas estimam que a doença pode afetar cerca de 75% das mulheres

Com a proximidade do verão, todo mundo pensa em sol, praia, piscina, cachoeira. Mas, é preciso ter cuidado porque com a alta da temperatura, o uso de roupas úmidas por longo tempo, pode acarretar o surgimento de doenças ginecológicas. Usar biquíni molhado, short apertado, roupas de tecidos sintéticos provoca um desequilíbrio na flora vaginal aumentando a chance do desenvolvimento da Candida Albicans, o agente que normalmente causa candidíase. Estimativas apontam que a doença afeta cerca de 75% das mulheres, sendo que 5% terão mais de uma vez por ano.
Coceira intensa, vermelhidão na região genital, corrimento esbranquiçado e ardor ao urinar são alguns dos sintomas da candidíase, infecção que normalmente afeta o sexo feminino. O fungo que causa a doença está presente no corpo humano desde o nascimento, no entanto, quando há queda de imunidade, mudança do pH, aumento da agressão externa, pode ocorrer a proliferação dos fungos. “A candidíase é uma das maiores causas de corrimentos vaginais. Pelo menos uma vez na vida, a mulher vai ter essa doença”, comenta a médica ginecologista, Dra. Luciana Barros.
A ginecologista esclarece que a candidíase não é uma doença sexualmente transmissível. Ela pode ocorrer, inclusive, em mulheres e homens que nunca tiveram relações sexuais. Pelo fato da candidíase ter relação com a baixa imunidade, o calor e a umidade é comum ela reincidir. “A paciente deve tomar um antifúngico e aplicar cremes vaginais que amenizam a coceira e a vermelhidão”, diz. Ainda segundo a Dra. Luciana, usar sabonetes neutros, evitar o uso de absorventes diários, usar calcinhas de algodão são algumas dicas para a boa saúde os órgãos genitais.

Amamentação traz benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe


Leite materno deve ser oferecido até os 2 anos de idade ou mais



Além de ser o principal, e único necessário, alimento de um recém-nascido, o leite materno traz uma série de benefícios tanto para a criança quanto para a mãe, sendo indicado até os 2 anos de idade ou mais. Ele colabora na prevenção de doenças e ajuda no desenvolvimento do pequeno. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de seis milhões de vidas são salvas a cada ano por conta do aumento das taxas de amamentação exclusiva.

De acordo com a médica pediatra, Ana Fonseca, o ideal é que a amamentação seja iniciada ainda dentro da sala de parto, desde que a criança tenha nascido bem.

Para o bebê, a amamentação traz um maior contato com a mãe, melhora a imunidade, é de fácil digestão, ajuda a  desenvolver a inteligência, reduz o risco de doenças alérgicas, diminui as chances de desenvolver doenças como a de Crohn e linfoma, estimula o desenvolvimento correto da arcada dentária e previne doenças contagiosas, como a diarreia. “A mamãe também acaba ganhando com tudo isso. O sangramento pós-parto diminui e a perda de peso é acelerada”, comenta ressaltando, ainda, a redução da incidência de câncer de mama, ovário e endométrio e doenças cardiovasculares, como infarto.

Ana chama a atenção para algumas práticas, até então tidas como comuns, mas que acabavam tomando o lugar da amamentação e colaboram com quadros de diarreia. “Há fortes indícios de que o leite materno protege contra a diarreia. Contudo essa proteção pode diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou chás, prática considerada inofensiva até pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de diarreia nos primeiros seis meses de vida”, comenta a pediatra destacando que o leite materno também auxilia no combate à desidratação.

Ela enfatiza também as melhoras de infecções respiratórias. “Temos diferentes estudos que mostram a proteção do leite materno contra doenças respiratórias, como bronquite, fora as otites.”

As chances de obesidade também são mínimas quando a criança é amamentada, assim como há evidências na contribuição para o desenvolvimento cognitivo. “A maioria dos estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto, principalmente as com baixo peso de nascimento.”

Fora o maior vínculo com o filho, entre todos os benefícios que a amamentação também traz para a mãe, Ana pontua a proteção contra o câncer de mama. “Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência de câncer de mama. Pesquisas mostram que o risco de contrair a doença diminua 4,3% a cada 12 meses de duração de amamentação.”

A médica adianta que, nos primeiros meses, o bebê ainda não tem uma capacidade gástrica grande, o que ocasiona mamadas de pouco volume e, consequentemente, curtos intervalos, mas, com o tempo, ele acaba conseguindo mamar maior quantidade e ficar satisfeito por mais tempo, sendo capaz de fazer, inclusive, pausas noturnas maiores. “A melhor posição para amamentar é aquela em que a mãe e o bebê se sintam confortáveis. Deve prazerosa para a mãe e para o bebê, que deve estar virado para a mãe, bem junto de seu corpo, apoiado e com os braços livres. A cabeça do bebê tem de ficar de frente para o peito e o nariz na frente do mamilo. Só coloque o bebê para sugar quando ele abrir bem a boca. Quando o bebê pega bem o peito, o queixo encosta na mama, os lábios ficam virados para fora, o nariz fica livre e aparece mais aréola (parte escura em volta do mamilo) na parte de cima da boca do que na de baixo. Deixe-o mamar até que fique satisfeito. Espere que ele esvazie bem a mama e então ofereça a outra, se ele quiser. Na próxima mamada, inicie por aquela mama que ainda não havia sido esvaziada por completo.”



O infarto é mais letal no trabalhador jovem


Empresa tem papel fundamental da prevenção da doença que mais mata no Brasil 


            Principal causa de morte no Brasil, as doenças cardiovasculares afetam com mais frequência pessoas acima de 40 anos. Esse é o caso dos infartos, que podem ser mais letais nos mais jovens. Segundo o Ministério da Saúde, dos 56.399 brasileiros que morreram por causa de infarto agudo do miocárdio em 2017 (últimos dados disponíveis), 95,6% tinham mais de 40 anos, mas entre aqueles com menos de 40 anos, a faixa entre 30 e 39 anos concentrou a maior parte dos casos, 1.831.

            A explicação está no fato que apesar de terem normalmente mais força física que os mais velhos para suportar o infarto, os mais jovens não têm uma proteção chamada "circulação colateral", ou seja, pequenos vasos sanguíneos que surgem no coração para compensar a falta de irrigação causada por uma artéria entupida. Os mais jovens não têm esse tipo de proteção, portanto, o infarto tende a ser mais letal nessa faixa etária.

             De acordo com o médico e gestor em saúde Ricardo Pacheco, 93% dos casos de morte súbita (que ocorre nas primeiras 24 horas após um sintoma) são resultados de doenças isquêmicas agudas, e que podem ser detectadas por exames preventivos e solicitados pelo médico do trabalho.  “A prevenção começa no ambiente laboral. Muitas vezes o trabalhador não procura um médico no sistema público ou privado, fazendo da medicina ocupacional o único meio de prevenção. Nesse atendimento o médico pode levantar importantes fatores de risco para infartos, como pai ou mãe desse trabalhador que já tenha sofrido infarto. Neste caso pode ser recomendado que esse paciente comece um acompanhamento com um cardiologista a partir dos 30 anos", recomenda.

            O médico, que também é diretor da MGP Saúde e presidente da Associação Brasileira de Empresa de Saúde e Segurança no Trabalho (ABRESST), lamenta que a prevenção no Brasil seja muito incipiente, mesmo no ambiente de trabalho. “A prevenção é muito baixa aqui, cerca de 2% a 4%. Enquanto isso, esse índice chega a mais de 50% em alguns países desenvolvidos. As empresas têm grande responsabilidade na prevenção dos infartos entre seus trabalhadores, promovendo campanhas que combatam a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, o estresse, o diabetes e distúrbios do sangue, fatores esses determinantes na ocorrência da doença. Nas consultas de rotina, as doenças genéticas, como a cardiomiopatia hipertrófica, também devem ser levadas em conta”, esclarece Pacheco.

O infarto é uma das doenças relacionadas ao trabalho

            É o que diz o Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que trata das doenças relacionadas ao trabalho.

            A entidade lembra que apesar da crescente valorização dos fatores pessoais, como sedentarismo, tabagismo e dieta, na determinação das doenças cardiovasculares, pouca atenção tem sido dada aos fatores de risco presentes na atividade ocupacional atual ou anterior dos pacientes. O aumento dramático da ocorrência de transtornos agudos e crônicos do sistema cardiocirculatório na população faz com que as relações das doenças com o trabalho mereçam maior atenção.

            “A literatura médica e a mídia têm dado destaque às relações entre a ocorrência de infarto agudo do miocárdio, doença coronariana crônica e hipertensão arterial, com situações de estresse e a condição de desemprego, entre outras”, afirma Ricardo Pacheco, médico e gestor em saúde.


Números da doença

            Nos Estados Unidos, estima-se que de 1 a 3% das mortes por doença cardiovascular estejam relacionadas ao trabalho. Tem sido registrada a associação entre baixos níveis socioeconômicos e educacionais e o aumento da incidência de doenças isquêmicas coronarianas atribuídas aos fatores psicossociais de estresse e aos fatores de risco pessoal, mas também a uma maior exposição a agentes químicos, como solventes e fumos metálicos.

            No Brasil, as doenças cardiovasculares representam a primeira causa de óbito, correspondendo a cerca de um terço de todas as mortes. A participação das doenças cardiovasculares na mortalidade do País vem crescendo desde meados do século XX. Em 1950, apenas 14,2% das mortes ocorridas nas capitais dos estados brasileiros eram atribuídas a moléstias circulatórias. 
Passaram a 21,5% em 1960, 24,8% em 1970 e 30,8% em 1980. Em 1990, as doenças cardiovasculares contribuíram com cerca de 32% de todos os óbitos nas capitais dos estados brasileiros.

            Além de contribuírem de modo destacado para a mortalidade, as moléstias do aparelho circulatório são causas frequentes de morbidade, implicando 10,74 milhões de dias de internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e representando a principal causa de gastos em assistência médica, 16,2% do total.

            Entre as causas de aposentadoria por invalidez, os estudos disponíveis mostram que a hipertensão arterial está em primeiro lugar, com 20,4% das aposentadorias, seguida dos transtornos mentais (15%), das doenças osteoarticulares (12%) e de outras doenças do aparelho cardiocirculatório, com 10,7%. Assim, as doenças cardiovasculares ocupam o primeiro e o quarto lugar de todas as causas de aposentadoria por invalidez e, juntas, representam quase um terço de todas as doenças que provocam incapacidade laborativa total e permanente.

            Para o Dr. Ricardo Pacheco esses números são alarmantes e as empresas são impactadas de forma significativa por esses dados. “A empresa que investe em prevenção sabe que colhe os benefícios de uma marca bem vista pela sociedade; além de lucros, com menor afastamento de seu contingente pensante, mais produtividade e maior satisfação. Quem faz essa conta sabe que trabalhador saudável é mais feliz e produz mais”, completa o gestor em saúde, presidente da ABRESST e diretor da MGP Saúde.


Distúrbios psicológicos no trabalho – adoecem empresa e profissionais

Ansiedade, stress e depressão têm sido percebidas com uma frequência cada vez maior nos registros do Ministério da Previdência Social

            Ansiedade, stress e depressão são problemas de caráter psicológico, muitas vezes ocasionados pelo excesso de pressão, cada dia mais comum nos mais diversos ambientes de trabalho. Há casos, inclusive, em que essas doenças acabam afastando profissionais definitiva ou provisoriamente.

            Segundo pesquisa sobre estresse no ambiente de trabalho, realizada no Brasil e em outros 11 países pela International Stress Management Association (ISMA-BR), 89% dos profissionais consultados apresentam ansiedade, 83% angústia e 78% preocupação. São quase 9 ansiosos em cada 10 profissionais.

            Ainda de acordo com esse estudo, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking do estresse no trabalho, atrás apenas do Japão. Quase 50% dos profissionais avaliados já lidaram também com a depressão, em algum grau.

            Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem números preocupantes com relação a ansiedade. Pesquisa realizada pela entidade apontou que18,6 milhões de brasileiros sofrem com a doença, que pode ter seu estado agravado para síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome de Burnout, fobias e estresse pós-traumático Somos o país com o maior número de pessoas afetadas pelo transtorno de ansiedade em todo o mundo. E com a depressão não é diferente, pois contamos com 5,8% da população com a doença. Ocupamos a liderança no número de depressivos na América Latina e somos o quarto colocado no ranking mundial.

            De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a depressão será enfrentada, em algum momento da vida, por 20% a 25% dos brasileiros.

            Para a OMS a depressão como o “Mal do Século”. É um transtorno mental comum, caracterizado por uma tristeza que não passa, ausência de prazer, perda de interesses, sentimento de culpa, baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de lentidão, cansaço extremo, dificuldade de concentração e de memória. A depressão está também intimamente ligada a quadros de alcoolismo, uso de drogas e suicídio. A entidade alerta que até ano de 2020 a depressão será a doença mais incapacitante do mundo.


Doenças são principais causas de afastamento

            No Brasil, a depressão e ansiedade são a segunda maior causa de adoecimento relacionado ao trabalho no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas osteomusculares, como LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).

            Ricardo Pacheco, médico e gestor em saúde alerta que o absenteísmo (a falta ao trabalho) gera custos importantes para as empresas, para o governo e para as pessoas. “As empresas precisam contratar mais pessoas ou aumentar a carga de trabalho entre os trabalhadores presentes. O governo, nos casos de afastamento por tempo mais prolongado, arca com os custos dos auxílios-doença. Quando o excesso de faltas gera demissão do trabalhador, ou quando o ele é autônomo e vê-se impedido de trabalhar, existe o prejuízo financeiro à família. Nesse cenário as doenças psicológicas se agravam”, alerta.

            Para o médico, que também é diretor da MGP Saúde e presidente da Associação Brasileira de Empresa de Saúde e Segurança no Trabalho (ABRESST), os quadros de estresse, ansiedade e depressão podem ter como principais causas o ambiente laboral e a atividade profissional. “A empresa, por meio de seu serviço de saúde tem como identificar, logo no início, o aparecimento dessas enfermidades e ajudar no tratamento. O médico do trabalho também pode propor campanhas e dinâmicas que ajudem os trabalhadores a superar seus obstáculos. É bom enfatizar que a medicina no trabalho não é figurante nesse ambiente, é protagonista, promovendo a prevenção, o tratamento das doenças e o bem-estar dos trabalhadores”, esclarece o Dr. Ricardo.

            Ele complementa que os trabalhadores sofrem de estresse sobretudo quando sentem que há um desequilíbrio entre as solicitações que lhes são feitas e os recursos que possuem para responder a elas. “Este descompasso pode agravar o quadro de estresse e levá-lo a quadros emocionais mais graves, como distúrbios de ansiedade e depressivos, detectáveis pelo serviço de saúde da empresa”, ressalta o gestor em saúde.


O médico do trabalho também cuida do emocional da empresa

            A medicina do (e no) trabalho vai muito além do que pedir exames de rotina e fazer avaliações de praxe.

            O médico Ricardo Pacheco destaca que o departamento de saúde em conjunto com o administrativo e de recursos humanos pode operar milagres nas organizações. “Em conjunto, essas equipes podem voltar o olhar para dentro, avaliando, por exemplo, o excesso de afastamentos do trabalho por um mesmo motivo, indicando que pode haver uma causa comum, como situações que gerem estresse laboral, assédio moral ou bullying”.

            O que percebemos é que embora o tema da saúde mental na empresa esteja ganhando espaço, infelizmente as doenças psicológicas e psiquiátricas ainda são consideradas tabus em alguns ambientes profissionais. Muitos gestores ainda não reconhecem a gravidade do distúrbio psicológico e tendem a enxergá-lo como uma fase passageira, uma tristeza momentânea ou até mesmo falta de interesse e envolvimento do trabalhador.

            É importante não esquecer de olhar para cada pessoa, individualmente. Segundo a ONU, algumas empresas já adotam intervenções relacionadas à saúde mental como parte de suas ações, que incluem a identificação precoce do mal-estar psicológico, seu acolhimento e apoio até sua reabilitação completa. E nesse sentido o serviço de saúde das organizações é de fundamental importância.





MGP Saúde 

Consumo de cigarros ilegais cai pelo segundo ano consecutivo no Brasil


Especialistas do INCA defendem o protocolo contra o comércio ilícito para coibir o mercado ilegal e o aumento de impostos e preços para reduzir o tabagismo


O Instituto Nacional de Câncer (INCA) lançou hoje uma atualização do estudo Redução do consumo de cigarros ilegais no Brasil: o que realmente significa?, publicado na importante revista científica Tobacco Control, que aponta que o consumo de cigarros ilegais e a proporção desses produtos no mercado total do Brasil caiu em 2018, seguindo a tendência iniciada no ano anterior. O INCA divulgou o estudo durante a Oficina Internacional de Trabalho para promover a ratificação e a implementação do Protocolo da Convenção-Quadro para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco, que acontece no Carlton Hotel, em Brasília, nos dias 3 e 4 de dezembro, data escolhida em função do Dia Nacional de Combate à Pirataria.

Após a elevação iniciada em 2014, o consumo de cigarros ilegais no Brasil chegou a 39,7 bilhões de unidades em 2016, recuou para 34,9 bilhões em 2017 e manteve a tendência de queda em 2018, quando o consumo foi de 26,2 bilhões de unidades, segundo o estudo.

O percentual dos produtos ilegais no mercado total de cigarros no Brasil seguiu o mesmo padrão, de acordo com o estudo. A participação dos ilegais, que cresceu a partir de 2014 e atingiu 42,8% do mercado total em 2016, declinou para 38,5% em 2017 e 31,4% em 2018.

O estudo aponta que o consumo de cigarros legais seguiu o padrão inverso. Após declinar continuamente até 53,1 bilhões de unidades em 2016, o consumo subiu para 55,8 bilhões em 2017 e 57,2 bilhões em 2018.

Os resultados do estudo evidenciam que não há um forte crescimento no consumo de cigarros ilegais contrabandeados do Paraguai, conforme divulga a indústria do cigarro brasileira. Ao contrário, os cigarros ilegais estão perdendo mercado para os legais.

“Sabemos que a política de elevação de impostos e preços mínimos dos cigarros legais foi a medida mais efetiva para a redução do tabagismo no Brasil. Ao anunciar uma falsa expansão do consumo de cigarros ilegais, a indústria busca subsidiar o argumento de que é necessário reduzir impostos e preços para coibir o contrabando,” afirma André Szklo, da Divisão de Pesquisa Populacional do INCA e autor principal do estudo. “Na verdade, o mais sensato é aumentar os impostos e preços para dar continuidade à redução da epidemia de tabagismo no país.”

Em relação ao grave problema do contrabando de cigarros, os especialistas do INCA recomendam a implementação pelos países da região do Protocolo para Eliminar o Mercado Ilegal de Produtos de Tabaco, que é uma das medidas preconizadas pela Convenção-Quadro da OMS para Controle do Tabaco.
O Senado brasileiro ratificou em 2017 o Protocolo, que foi promulgado no ano seguinte pelo Presidente da República. A Oficina Internacional de Trabalho reuniu representantes de instituições do Brasil e países vizinhos, inclusive do Paraguai, para discutir o Protocolo e outras formas de colaboração entre as nações.

As ações de segurança pública e aduanas, um dos componentes centrais do Protocolo, mereceram destaque na programação do encontro, com as intervenções de representantes de órgãos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, como Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), Secretaria de Operações Integradas (Seopi) da Policia Federal e Conselho Nacional de Combate à Pirataria.

“Nosso programa de controle do tabagismo reduziu a um terço o número de fumantes no Brasil, salvando centenas de milhares de vidas e reduzindo custos diretos e indiretos bilionários. Mas precisamos avançar com o aumento de impostos e preços dos cigarros legais e a implementação do Protocolo para Eliminar o Mercado Ilegal de Produtos de Tabaco,” conclui Tânia Cavalcante, secretária executiva da Conicq/INCA.


Gerações Y e Z estão impulsionando o futuro prioritariamente digital da experiência do cliente


Segundo a NICE inContact, o uso nativamente digital da IA, dos chatbots e da troca de mensagens privadas está moldando o atendimento ao cliente de hoje


SALT LAKE CITY - A NICE inContact (Nasdaq: NICE) anunciou as descobertas de seu estudo que explora o impacto das gerações Y e Z nas experiências omnicanais prioritariamente digitais dos clientes. O terceiro Benchmark anual de transformação da experiência do cliente (CX) de 2019 da NICE inContact detalha como entender o uso e as expectativas das gerações mais jovens em torno das soluções de última geração - como a inteligência artificial (IA) e os canais digitais, incluindo os sistemas sociais de troca de mensagens privadas - é algo fundamental para criar experiências excepcionais e de alto nível ao cliente.

À medida que as gerações Y e Z se tornam os grupos dominantes entre os consumidores - com o volume de compras da geração Z tendo atingido cerca de US$ 100 bilhões, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Barkley -, seu nível de conforto e familiaridade com vários canais digitais, incluindo sistemas sociais de troca de mensagens e chatbots, significa que as organizações, independentemente do seu tamanho, devem fornecer experiência omnicanal prioritariamente digital para atender às expectativas dos consumidores e competir na economia que prioriza a experiência.

Os principais resultados apontados pelo estudo incluem:

  • Quase 60% dos indivíduos das gerações Y e Z já usaram sistemas sociais de troca de mensagens privadas para acessar o atendimento ao cliente. Por outro lado, apenas 38% dos indivíduos da geração X, 19% dos indivíduos da geração Baby Boomers e 16% dos indivíduos da geração Silenciosa já fizeram o mesmo. A maior parte dos indivíduos das gerações Z e Y também deseja que as empresas lhes permitam interagir com o atendimento ao cliente usando aplicativos sociais de troca de mensagens privadas (72% e 69%, respectivamente).
  • Os consumidores estão usando mais a IA e encarando de maneira mais positiva os chatbots com o passar do tempo. Metade dos consumidores totais já usou a IA para alguma finalidade (50%), em comparação com 2018 (45%). Isso pode ser atribuído a um aumento significativo no uso de um assistente / chatbot automatizado on-line (34%, comparado com 25% em 2018). Os indivíduos das gerações Z e Y são mais propensos a concordar que os chatbots facilitam e agilizam a resolução de seus problemas e, também, são os mais prováveis - dentre todas as gerações - a terem usado todas as formas de IA para alguma finalidade, bem como para interagir com o atendimento ao cliente.
  • Metade dos consumidores que começam com a IA são transferidos para um agente humano e a idade é um fator altamente significativo no que diz respeito à IA e à importância do toque humano. Embora o uso e o desempenho dos chatbots estão melhorando - e as preferências e atitudes estão mudando -, a maioria dos consumidores deseja ser informada se estiverem usando um chatbot (92%) e 91% da totalidade dos consumidores preferem um agente humano. No entanto, essa preferência segue uma tendência de queda quando se leva em conta a geração a que o consumidor pertence: 98% dos indivíduos da Geração Silenciosa, 96% dos Baby Boomers, 91% dos indivíduos da Geração X, 86% dos indivíduos da Geração Y e 83% dos indivíduos da Geração Z afirmam que preferem um agente humano.
  • Experiências omnicanais prioritariamente digitais sem interrupções são vitais para experiências de cliente positivas. A maioria dos consumidores (93%) deseja experiências omnicanal sem interrupções e, no entanto, estão cada vez mais dando às empresas uma classificação ruim no quesito de alternância sem interrupções entre os canais - 73% atribuem às empresas uma classificação ruim, comparado a 67% em 2018. Isso é especialmente importante para atender e superar as expectativas dos indivíduos das gerações Y e Z, que têm maior chance de já haver experimentado o atendimento ao cliente omnicanal (16% e 21%, respectivamente).
“Compreender as nuances daquilo que os consumidores esperam e a forma como eles realmente se envolvem com as marcas por meio de uma infinidade de canais digitais, bem como integrar esses canais sob demanda de maneira perfeita para fornecer experiências omnicanal prioritariamente digitais, é a chave para o crescimento sustentável”, disse Paul Jarman, CEO da NICE inContact. “O Benchmark de Transformação da Experiência do Cliente (CX) da NICE inContact vai além da educação em torno das tendências demográficas do atendimento ao cliente e chega à raiz do que torna as novas opções de canal atraentes. Os indivíduos das gerações Y e Z são líderes do que os consumidores esperam e estão cada vez mais propensos a recomendar uma empresa nas mídias sociais com base em suas experiências pessoais - a influência que eles exercem é tremenda”.

A NICE inContact CXone fornece a oferta omnicanal prioritariamente digital mais abrangente do mundo no mercado de Contact Center como Serviço (CCaaS). Com os recursos omnicanais prioritariamente digitais, a CXone agora possibilita que organizações de todos os tamanhos em todo o mundo alcancem mais clientes usando recursos de voz e uma vasta gama de canais digitais, como texto SMS, Facebook Messenger, Twitter ou WhatsApp - todos unificados na plataforma de experiência do cliente na nuvem da CXone.

As principais descobertas do Benchmark de Transformação da Experiência do Cliente da NICE inContact demonstram que, à medida que as preferências do consumidor evoluem e os tipos e números de canais de serviços digitais continuam a crescer, as empresas devem procurar melhorar os canais existentes, expandindo as maneiras pelas quais os clientes podem acessá-los. A pesquisa demonstra que uma abordagem omnicanal prioritariamente digital sem interrupções é essencial para vencer na economia da experiência de hoje.

Sobre o Benchmark de Transformação da Experiência do Cliente (CX) da NICE inContact de 2019


A NICE inContact entrevistou mais de 2.550 consumidores em todo o mundo questionando-os a respeito de suas experiências mais recentes com o atendimento ao cliente em 13 canais diferentes - tanto assistidos por agentes e quanto de autoatendimento. Para obter mais informações e baixar o relatório de pesquisa completo, clique aqui.




Sobre a NICE inContact

A NICE inContact é líder em software para Contact Center na nuvem com a plataforma de experiência do cliente na nuvem nº 1 do mundo. A NICE inContact CXone™ combina que há de melhor em termos de roteamento omnicanal, soluções analíticas, otimização da força de trabalho, automação e inteligência artificial, tudo construído com base em uma plataforma aberta de nuvem. A solução da NICE inContact capacita as organizações para fornecer uma experiência excepcional ao cliente, atuando de forma mais inteligente e respondendo mais rapidamente às expectativas dinâmicas dos consumidores. O programa de desenvolvimento DEVone da NICE inContact é um extenso ecossistema de parceiros que oferece aplicativos de empresas parceiras no mercado de troca de experiências do cliente (CX Exchange Marketplace), projetados para total integração com a plataforma CXone. A NICE inContact é reconhecida como líder de mercado pelas principais firmas de análise do setor. www.niceincontact.com.




Sobre a NICE

A NICE (NASDAQ: NICE) é a fornecedora líder mundial em soluções de software, implementadas na nuvem ou in loco, que capacitam as organizações a tomar decisões mais inteligentes com base em análises avançadas de dados estruturados e não estruturados. A NICE ajuda organizações de todos os tamanhos a oferecer um melhor serviço de atendimento ao cliente, garantir a compliance, combater fraudes e proteger os cidadãos. Mais de 25.000 organizações em cerca de 150 países, incluindo mais de 85 das 100 empresas listadas no índice Fortune 100, utilizam atualmente as soluções da NICE. www.nice.com


E O GIGANTE ACORDOU



        Quem espichar os olhos para nosso passado recente vai se deparar com uma sequência inédita de manifestações de rua, em âmbito nacional, mobilizadas algumas vezes por ano ao longo dos últimos seis anos. Em toda a história da República não houve algo que a isso se possa comparar senão de modo muito pálido.  Foi o caso, por exemplo, das marchas "da Família, com Deus pela Liberdade", promovidas em algumas capitais num curto espaço de tempo imediatamente anterior e posterior à queda de João Goulart. Foi também o caso das mobilizações dos caras-pintadas, promovidas pela UNE para forçar o impeachment de Fernando Collor.

No entanto, o que tem acontecido no Brasil desde 2013, de modo continuado, é diferente, inédito na história da República, e tem significado político muito maior. Em tais eventos, dizemos: "O gigante acordou!".

        Por que acordou? Mesmo que as causas institucionais desse despertar nunca tenham entrado em debate, parcela significativa dos cidadãos aprendeu da Lava Jato o profundo desajuste moral, vicioso e torpe do presidencialismo dito "de coalizão", instituído de modo crescente no país desde a Constituinte de 1988. Aprendeu, também, que a voz do povo nas ruas e nas redes sociais afeta a elite política, abala as cidadelas em cujo interior se hospedam os piores interesses e as mais espúrias intenções daqueles que fazem do Congresso um covil e do próprio mandato uma commodity.

        Foi com o povo na rua, que Eduardo Cunha fez andar um dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. E foi com o povo na rua, acompanhando as deliberações do processo, que se chegou à decisão final pelo Senado. Quando a sociedade percebeu que a Lava Jato suscitava animosidades no STF e no Congresso Nacional, coube novamente ao povo na rua proporcionar retaguarda popular ao juiz Sérgio Moro, aos procuradores da operação e à Polícia Federal.

Enquanto o povo na rua acompanhava vigilante o período de travessia iniciado com o impeachment de Dilma Rousseff, se foram firmando, nas multidões, consensos sobre pautas conservadoras e liberais até então expurgadas do interesse político pelo domínio esquerdista instalado no país. E foi assim, com a unção popular a outros modos de ver a realidade, que acabou a hegemonia do PT.

Da condenação de Lula à reforma da Previdência, praticamente nenhuma decisão relevante foi tomada nos últimos seis anos sem que o povo se manifestasse nas ruas. Claro, nem tudo foi sucesso. O STF acaba de abrir as portas das penitenciárias para a saída dos corruptos. Muitos congressistas, fazendo-se de surdos, deliberando em causa própria, fortificaram seus valhacoutos e torpedeiam os projetos de Sérgio Moro. Eles precisam de uma polícia que não investigue, de um ministério público que não acuse, de uma justiça que não julgue e de uma imprensa que narre acriticamente toda a vergonheira.

Ao longo desses seis anos, participando de praticamente todas as manifestações, firmei algumas convicções. É a irracionalidade do nosso modelo institucional, irresponsabilizando o parlamento, que empurra à militância os cidadãos conscientes e ativos. É preciso expor e deixar ao relento os amigos da impunidade. Estou, por isso, convencido de que as derrotas impostas à opinião pública pelo Congresso Nacional não teriam ocorrido se milhões de cidadãos não se houvessem omitido em momentos decisivos.

        Agora é hora de retomar a possibilidade de prisão em segunda instância e operar a faxina no STF. Dia 8 de dezembro, estaremos de novo nas ruas. Qual será sua atitude?





Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


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