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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Saúde auditiva no verão: infecções são comuns e podem ser evitadas


Otorrinolaringologista dá dicas sobre os cuidados com o problema,
 frequente nesta época do ano


Verão é sinônimo de praia e piscina. Mas, mesmo com toda a diversão, é preciso tomar cuidado com uma parte do corpo muitas vezes esquecida: os ouvidos. Isso acontece por causa do calor e da umidade em excesso, bem comuns nessa época do ano, que são prato cheio para o surgimento de inflamações e infecções na parte externa do ouvido – são as chamadas otites.

Também conhecida como otite do nadador ou de verão, o problema é um processo inflamatório, que acontece por contaminação de bactérias ou fungos. “Quando alguém mergulha, qualquer ferimento na pele, além da umidade local retida no canal auditivo, pode servir abertura para micro-organismos. Essas lesões geralmente podem ser agravadas quando os pacientes introduzem grampos, tampas de canetas, unhas ou outros objetos cortantes no canal auditivo”, explica a otorrinolaringologista Milena Costa.

O quadro é marcado por coceira, secreção e dor no ouvido, podendo evoluir para inchaço, vermelhidão e dor intensa. Além disso, é comum que a audição no lado acometido seja reduzida pelo acúmulo de secreção, descamação da pele inflamada ou edema.

“É importante que nessas situações o paciente procure um otorrinolaringologista para o tratamento adequado e não opte por soluções caseiras como pingar leite materno, azeite ou água oxigenada no canal auditivo. A ideia de que essas substâncias ajudam a aliviar a dor é um mito e isso ainda piora a infecção”, alerta a dra Milena.

Como evitar o problema
O contato constante com a água também facilita a remoção da cera que protege o ouvido, levando à entrada de fungos e bactérias. Segundo a médica, uma dica para os atletas de esportes aquáticos ou frequentadores de praias e piscinas, é a utilização de tampões para proteger os ouvidos.

Confira outras dicas para passar longe da otite externa:

  • Enxugue os ouvidos sempre com uma toalha limpa e com a ponta da mesma;
  • Evite ficar em contato com a água por grandes períodos, principalmente se ela conter impurezas ou cloro em excesso;
  • Não utilize a unha, cotonete e outros objetos para limpar ou coçar o ouvido;
  • Caso perceba algum acúmulo de água tampando o ouvido, incline a cabeça para o lado obstruído e sacuda-a sutilmente. Se a água não sair, procure um otorrinolaringologista o mais breve possível;
  • Use tampões quando for nadar ou praticar outros esportes aquáticos;


Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.

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