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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

536 mulheres foram agredidas a cada hora no Brasil em 2018, diz estudo


Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que mais de 16 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência no período


Pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto ao Instituto Datafolha aponta que mais de 16 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência ao longo de 2018. Segundo as projeções realizadas a partir do levantamento, 536 mulheres foram agredidas fisicamente a cada hora no Brasil com socos, empurrões ou chutes. No caso dos espancamentos o número também é estarrecedor: 177 mulheres são vítimas desse tipo de agressão a cada hora no país. Os resultados obtidos foram muito semelhantes ao de outro levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança, realizado em 2017. 

“Os dados indicam que o volume de mulheres vítimas de violência todos os dias é altíssimo, e que mais da metade não busca nenhum tipo de ajuda, nem do poder público, nem da família e dos amigos”, afirma a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno.

As entrevistas foram realizadas nos dias 4 e 5 de fevereiro, em 130 municípios de pequeno, médio e grande porte do País. No total, o Datafolha ouviu 2084 pessoas, entre homens e mulheres, com questões sobre percepção da violência. A amostra total de mulheres foi de 1.092 entrevistas, sendo que destas 897 aceitaram responder o módulo específico de autopreenchimento, com questões sobre vitimização aplicadas somente às mulheres. As entrevistadas que aceitaram participar deste módulo responderam sozinhas as questões diretamente no tablete, após orientação do pesquisador.

Das mulheres ouvidas pelo instituto de pesquisa, 27,35% relataram ter sofrido algum tipo de violência ou agressão em 2018, o equivalente a 16 milhões de brasileiras nas estimativas mais tímidas traçadas. Na sequência, as entrevistadas citaram casos de insulto, humilhação e xingamento (ofensas pessoais), com 21,84%, ameaça de apanhar, empurrar ou chutar, 9,53%, e amedrontamento ou perseguição, com 9,08%.

A grande maioria das mulheres, 76,4%, apontou que os casos de violência foram cometidos por conhecidos, entre eles cônjuge/companheiro/namorado (23,9%), ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado (15,2%), irmão/irmã (4,9%), amigo/amiga (6,3%) e pai/mãe (7,2%), entre outros.

Do total de mulheres entrevistadas, mais da metade, 52%, declarou que não procurou ajuda após as agressões; apenas 15% falaram sobre o assunto com a família, e 10% dos familiares; 10% fizeram denúncia em uma delegacia da mulher, e 8% em delegacias comuns; 8% procuraram a igreja, e 5% ligaram para o 190 da Polícia Militar.


Assédio

A pesquisa também mediu o grau de assédio às mulheres no decorrer de 2018. Entre as entrevistadas que se dispuseram a responder o questionário até o final, 37% disseram ter sofrido algum tipo de assédio no período. Desse total, 32% receberam cantadas ou comentários desrespeitosos quando andavam na rua; 11,46% receberam cantadas ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho; 7,78% foram assediadas fisicamente em transporte público como no ônibus, metrô, van, táxi, etc.

Às vésperas do Carnaval, chamam a atenção os dados sobre assédio na balada. A pesquisa apontou que 6,24% das mulheres ouvidas foram abordadas de maneira agressiva durante uma balada, uma festa - isto é, alguém tocou o seu corpo. Outras 5.02% foram agarradas ou beijadas sem consentimento, ou seja, à força, e 3,34% relataram tentativas de abuso por estarem embriagadas.

Os números indicam que o grupo mais vulnerável está entre os 16 e 24 anos, onde 66% das mulheres nesta faixa etária relatou ter sofrido algum tipo de assédio; na faixa dos 25 aos 34 anos, esse índice cai para 54%, e dos 35 aos 44 anos, para 33%.





Sobre o FBSP

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País. Composto por profissionais de diversos segmentos (policiais, peritos, guardas municipais, operadores do sistema de justiça criminal, pesquisadores acadêmicos e representantes da sociedade civil), o FBSP tem por foco o aprimoramento técnico da atividade policial e da governança democrática da segurança pública. O FBSP faz uma aposta radical na transparência e na aproximação entre segmentos enquanto ferramentas de prestação de contas e de modernização da segurança pública.


Carnaval: ADT alerta para cuidados contra roubos e furtos a residências durante o feriado


Em 2018, mais de um milhão de ocorrências de furtos e roubos foram registradas no estado de São Paulo. As invasões a residências corresponderam a 2,3% dos casos. Na capital, a polícia registrou mais de seis mil roubos e furtos a imóveis apenas no primeiro semestre. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).

Segundo informações obtidas pela central de controle da ADT, maior empresa de monitoramento de alarme do mundo, tentativas de assalto à residências e estabelecimentos nas grandes cidades tendem a aumentar cerca de 15% em feriados prolongados como o Carnaval, que acontece entre os dias 2 e 5 de março.

“Durante o Carnaval, muitas pessoas decidem viajar para aproveitar os dias de folga. Os criminosos aproveitam os imóveis e estabelecimentos vazios e os invadem”, alerta Robert Wagner dos Santos, especialista em segurança da ADT. “Os alarmes recebidos pela nossa central servem de alerta para que as pessoas tomem cuidados especiais nesses períodos”, afirma.

A empresa elaborou algumas dicas para quem vai deixar a casa sozinha durante a folia. Confira.

1.  Informe vizinhos de confiança sobre sua ausência e peça para que fiquem atentos a barulhos estranhos, movimentação no local e veículos desconhecidos estacionados em frente à garagem. A Vizinhança Solidária é uma ação que pode ajudar na segurança de uma residência. Veja mais informações aqui;

2.  Seja discreto ao divulgar seus planos de viagem, inclusive nas redes sociais. A mesma cautela vale para a postagem de fotos, já que desconhecidos podem ver. Dê preferência a publicações após a viagem ou as envie para uma lista restrita de destinatários, como a de ‘Melhores Amigos’, em que você pode definir, antecipadamente, quem irá visualizar os conteúdos;

3.  Suspenda a entrega de jornais e revistas: o acúmulo desses itens mostra que não há ninguém em casa. Aproveite para não deixar objetos no quintal ou varanda da residência;

4.  Programe o telefone fixo para o modo ‘siga-me’. Dessa forma, qualquer ligação para sua casa será transmitida, automaticamente, para o número que você escolher;

5.  Desligar a campainha também deixará em dúvida quem possa tocá-la para saber se há alguém em casa;

6.  Mantenha as cortinas fechadas para dificultar a visualização do interior e feche as portas com trincos e trancas;

7.  Lembre-se de deixar os cadeados dos portões virados para dentro, pois, para fora, fica claro que os moradores saíram;

8.  Leve todas as chaves reservas, salvo aquelas deixadas com pessoas de confiança. Se algum carro ficar na garagem, leve as chaves e os documentos;

9.  Evite cofres e valores dentro da casa. Prefira deixar em empresas que armazenam esses itens de valor, como bancos;

10.        A contratação de monitoramento e alarme 24h também pode fazer a diferença na hora de viajar, pois o serviço reduz em até 94% a possibilidade de roubos. “A ADT conta com uma solução que permite ao cliente visualizar, em tempo real, imagens de sua casa pelo smartphone, tablet ou computador, o que aumenta a sensação de tranquilidade”, completa o especialista. Veja mais informações aqui.





ADT


Mercado de inteligência artificial é o novo rumo da Engenharia da Computação no Brasil



Levantamento mostra que o País está em 17º lugar na indústria de IA; Estados Unidos e China lideram o ranking


Das 3.465 empresas dedicadas exclusivamente à inteligência artificial (IA) no mundo, 26 são brasileiras. É o que mostra o estudo Cenário Global da Inteligência Artificial, publicado pelas companhias Asgard e Roland Berger em 2018. O volume de startups coloca o Brasil em 17º lugar no ranking, que é encabeçado pelos Estados Unidos, com 1.393 empresas.

A China vem em segundo lugar, com 383 empresas, e tem a intenção de desbancar seu concorrente americano até 2030. Mas a expansão desse mercado deve acontecer em todo o mundo. Outro estudo, conduzido pelo Bank of America Merrill Lynch, estima que o mercado global de inteligência artificial deve movimentar US$ 152,7 bilhões em 2020.

“Nós atingimos um limite na inovação que conseguimos criar. A partir de agora, inovar só será possível por meio do uso da inteligência artificial em sistemas. A linguagem é muito sofisticada”, explica Frank Alcantara, professor de Engenharia da Computação no Centro Universitário Internacional Uninter.

Nesse crescente mercado, o professor aponta que o Engenheiro da Computação, com formação focada em IA, será o profissional curinga. Ele poderá trabalhar em diversos campos, desde vendas até saúde. “A IA entrou no Brasil pelos bancos e foi para a venda on-line. Mas essa linguagem tecnológica, do algoritmo de IA, é necessária em todas as áreas, porque está por trás de todos os processos de inovação que estão acontecendo atualmente”, defende.

Nas startups brasileiras avaliadas pela Asgard, por exemplo, aparecem negócios especializados em comunicação, marketing, vendas, otimização de negócios, finanças, entre outros.

Como consequência às novas exigências do mercado de trabalho, os recém-formados já precisam estar familiarizados com assuntos com a IA, mas são poucas as instituições de ensino que atualizaram seus currículos. Na Uninter, os alunos contam com disciplinas de PBL (Aprendizado Baseado em Problemas), em que aliam a teoria à prática em situações cotidianas do mercado de trabalho. “Temos diversas linhas de pesquisa, e estamos atuando em inteligência artificial, Internet das Coisas e Indústria 4.0, entre outras”, afirma Alcantara.


Exemplos brasileiros

O levantamento da Asgard não leva em conta empresas que trabalham com inteligência artificial sem ter a tecnologia como seu foco primário. É o caso da Magazine Luiza, que montou uma equipe para desenvolver a Lu, assistente virtual que ajuda no atendimento e no processo de pós-venda. O bot foi eleito o melhor do Brasil na categoria serviços no 1º Bots Brasil Awards.

No campo das finanças, o Banco Bradesco conta com a BIA – Bradesco Inteligência Artificial. O bot foi introduzido em 2017 para que os funcionários tirassem dúvidas dos clientes. Atualmente, já está disponível para o público externo e responde em média 300 mil perguntas por mês sobre 62 produtos, com precisão de 95%.

A propagação da IA por meio de chatbots e assistentes virtuais é a mais perceptível no Brasil, mas há muito mais que essa tecnologia pode fazer. Alcantara ressalta o potencial da inteligência artificial para detecção de fraudes, cibersegurança e processos de desburocratização.





Grupo UNINTER 


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