Pesquisar no Blog

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Papanicolau: importância e tipos do exame


 O exame de citologia em base líquida ginecológica ThinPrep aumenta a chance de detecção precoce do câncer do colo do útero 



O Papanicolau é um dos exames mais importantes na saúde da mulher e tem como objetivo diagnosticar precocemente o câncer do colo do útero - o terceiro tumor mais comum entre as brasileiras. Segundo as diretrizes brasileiras, o intervalo entre os exames de Papanicolau deve ser de três anos, após dois exames anuais resultarem como negativos. 

Também chamado de preventivo, o Papanicolau deve ser realizado por todas as mulheres de vida sexualmente ativa, presente ou passada, que pertençam à faixa etária de 25 a 59 anos, por ser a faixa etária de maior ocorrência das lesões precursoras de alto grau passíveis de serem efetivamente tratadas e não evoluírem para câncer. A continuidade do rastreamento após os 60 anos deve ser individualizada e, após os 65 anos, a recomendação é de suspender o rastreamento se os dois últimos exames dentro de um período de 5 anos estiverem normais. 

Mas infelizmente não é bem assim que acontece. Segundo a FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), cerca de 50% das pacientes brasileiras de câncer de colo de útero relatam nunca terem feito um exame durante a vida e a proporção daquelas que não realizam o exame regularmente é relevante. 


Como funciona o exame? 

O processo de coleta do exame Papanicolau convencional envolve raspar as células do colo do útero com o auxílio de uma espátula e espalhá-las em uma lâmina de vidro, seguida pela fixação das células na lâmina em álcool absoluto e posterior coloração das células para visualização em microscópio.

O professional capacitado busca ao microscópio, então, a presença de células de tamanho, contorno, coloração ou agrupamentos alterados para detecção de lesões precursoras do câncer de colo de útero ou de células francamente malignas. 


A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep garante resultados mais precisos 

A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep consiste em um exame de Papanicolau no qual a coleta das células é realizada através do uso de uma escova (para coletar as células presentes dentro do canal cervical) e de uma espátula (para coletar as células presentes na superfície exterior do colo de útero) que são, posteriormente agitadas em um frasco de meio preservante líquido. Desenvolvido pela Hologic Inc. - pioneira no desenvolvimento de tecnologias para a saúde da mulher, como a mamografia digital em 3D – a citologia em base líquida ginecológica ThinPrep se converteu no método citológico de rastreamento de câncer de colo de útero mais utilizado nos EUA, tornando-se o método de eleição para citologia ginecológica dos gigantes conglomerados norte-americanos LabCorp e Quest. 

A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep foi posta à prova em mais de 250 publicações científicas independentes e mostrou-se significativamente mais eficaz do que o Papanicolau convencional para detecção de lesões precursoras de baixo grau (equivalente à classificação Neoplasia Intraepitelial Cervical I ou NIC I do Papanicolaou), de lesões precursoras de alto grau (equivalente à classificação Neoplasia Intraepitelial Cervical II e/ou III ou NIC II/NIC III do Papanicolaou) e de células glandulares informativas da presença de adenocarcinomas. Além disso, a citologia em base líquida ThinPrep também permite que a amostra de células remanescente da preparação da lâmina microscópica seja utilizada em testes de biologia molecular para detectar o Papilomavírus Humano (HPV), e infecções sexualmente transmissíveis (IST) como a clamídia e os gonococos, dentre outros patógenos. 

A preparação da lâmina microscópica da citologia em base líquida é realizada em instrumentos semi-automatizados (ThinPrep Processor 2000) ou completamente automatizados (ThinPrep Processor 5000 / 5000 Auto Loader) e utiliza-se de uma etapa de filtragem do líquido que impede que as eventuais hemácias e células inflamatórias e os elementos de obscurecimento presentes na amostra sejam transferidos para a lâmina. Assim, a qualidade das células e a sua morfologia é preservada, e a distribuição das mesmas em uma monocamada homogênea na lâmina permite que o profissional capacitado identifique com maior facilidade alterações morfológicas suspeitas. 


A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep oferece também a opção de detecção de células anormais através de imagens 

O investimento científico da Hologic Inc. não se limitou ao desenvolvimento do meio de coleta e dos instrumentos de preparação de lâminas no que se refere à citologia em base líquida ginecológica ThinPrep. Para oferecer aos laboratórios a elevação de produtividade aliada à detecção mais sensível e específica de ASCUS e NIC II/NIC III e à redução da taxa de resultados falso-negativos, a Hologic Inc desenvolveu duas opções de instrumentos para leitura automatizada de lâminas microscópicas de citologia em base líquida ginecológica ThinPrep: o ThinPrep Imaging System (para laboratórios de grande demanda) e o Integrated Imager (para laboratórios de baixa a médica demanda). Nestes sistemas, cada lâmina é escaneada digitalmente e um algoritmo de software computacional identifica campos de visão com células suspeitas, salvando a sua localização na lâmina. Em seguida, o sistema apresenta estes campos para que o profissional capacitado revise a leitura automatizada e feche o diagnóstico da lâmina. 





Hologic 



Verão: estação tem incidência maior de micoses nos pés


Confira dicas da Doctor Feet para evitar o problema


O verão é a época mais propícia para o surgimento de infecções causadas por fungos. O calor e a transpiração excessiva, assim como uso contínuo de sapatos fechados, criam o ambiente perfeito para o surgimento de frieiras e micoses. O problema gera desconforto e em alguns casos, pode levar a queda das unhas. Segundo Cristina Lopes, podóloga e coordenadora técnica da rede Doctor Feet, algumas dicas podem evitar o surgimento dessas doenças. Confira abaixo:


●     Evite circular em ambientes comuns, como piscinas e praias, sem o uso de chinelos ou sandálias;

●     Use meias de algodão e opte por modelos de calçados com boa transpiração, isso melhora a absorção do suor e ajuda a manter os pés hidratados;

●     Mantenha os sapatos limpos e faça assepsia deles regularmente;

●     Use talco antisséptico em sapatos fechados;

●     Intercale o uso de sapatos fechados com os abertos sempre que possível;

●     Enxugue bem os pés, principalmente entre os dedos, após o banho;

●     Cuide dos pés apenas em lugares que tenham produtos esterilizados e descartáveis.

Hoje, novas alternativas de tratamento para infecções por fungos são mais eficazes e menos agressivas para o corpo que os remédios tópicos e via oral. A fototerapia, que é a aplicação de laser de baixa frequência na região afetada, é uma delas e auxilia no extermínio do fungo que causa a micose em tempo menor. O serviço pode ser encontrado nas mais de 80 unidades da rede Doctor Feet.






Doctor Feet
www.doctorfeet.com.br / Instagram: @doctor_feet / Facebook: /doctorfeet.podologia



Hanseníase: mais que um problema de saúde, um rombo para a previdência


País está em 2º lugar no ranking mundial de casos identificados; incapacitações pela doença estão também em 2º lugar no INSS, gerando um gasto de R$ 7,3 milhões mensais


O Brasil está em segundo lugar global no ranking de casos de hanseníase por ano – são cerca de 25 mil, conforme o Ministério da Saúde, atrás apenas da Índia. No mundo, a média é de 2,9 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil a taxa é de 12,2/100 mil. Embora a doença ainda esteja cercada de preconceitos, a hanseníase pode ter cura sem sequelas e sem expor outros ao risco. “Somente 8% dos casos evoluem com sequelas incompatíveis com o trabalho, como é o caso da mão em garra, quando os indivíduos não conseguem segurar um copo, girar uma maçaneta ou manusear talheres”, explica a dermatologista e hansenologista Dra Laila de Laguiche, membro da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH).

Segundo o último Boletim Epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em agosto deste ano, em 2017 foram registrados 210.671 mil novos casos de hanseníase no mundo. O Brasil se enquadra no terceiro país com mais casos da doença (26 875), atrás somente da Índia e Indonésia. A falta de informações sobre a doença, aliada à dificuldade em compreendê-la e diagnosticá-la, pode fazer com que os portadores adicionem um peso na previdência do Brasil, além de sofrerem as consequências em sua qualidade de vida. Até junho de 2018, o país acumulava um déficit de R$ 90,8 bilhões nas contas previdenciárias. Somente em junho, o déficit entre arrecadação e a quantia paga em benefícios foi de R$ 14,5 bilhões, conforme o Boletim Estatístico da Previdência Social. 

Apesar de ser um número pequeno dentro dos valores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a hanseníase é uma das enfermidades que concede aposentadorias e benefícios mensais aos portadores do bacilo. As indenizações são pagas pelas chamadas “legislações específicas”, que representam o equivalente a 19,4 mil benefícios, com R$ 36,3 milhões pagos em junho de 2018. Dentro desse grupo, os portadores de hanseníase alcançam 5,7 mil benefícios – 29% do total –, atingindo R$ 7,3 milhões mensais (20% do total de recursos). O valor médio das indenizações é de R$ 1.279.

No entanto, nem todo portador deveria ser considerado incapaz, exceto em casos de incapacitação. “Paciente tratado é paciente curado, pois não transmite mais o bacilo. Porém, a hanseníase não confere ao ex-doente a imunidade, que pode ser infectado novamente a qualquer momento. Assim como em uma gripe, podemos nos curar, mas não ficamos imunes ao vírus”, esclarece a especialista. Um dos caminhos para reduzir os impactos da doença é melhorar o diagnóstico, impedindo que a hanseníase avance ao ponto de o trabalhador ser considerado incapacitado, e possibilitando um tratamento adequado antes que o portador transmita a doença a pessoas de sua convivência.


A importância da prevenção

Embora a OMS tenha registrado uma redução abrangente dos casos da doença no mundo, saindo de mais de cinco milhões de casos para 500 mil entre 1985 e 2005, a hanseníase enfrenta dificuldades para ser diagnosticada e, por esse motivo, ainda pode gerar subnotificação. “Estima-se que haja cerca de quatro a cinco vezes mais doentes do que notificações no Brasil”, diz Dra Laila. De acordo com ela, se houvesse melhoria neste aspecto, poderia ser evitado muitas pessoas declaradas incapacitadas pela doença e poderia garantir uma vida normal.

Como a doença afeta os nervos periféricos e da pele, é preciso realizar uma série de exames: biópsia da pele (no qual é possível identificar a presença do bacilo); análises de PCR capazes de detectar o DNA da bactéria na pele; e medição dos anticorpos circulantes no sangue do doente. “Muitas vezes, o diagnóstico é tardio. O bacilo se aloja dentro dos nervos e demora a atingir o sangue periférico”, diz Dra Laila, ressaltando que a avaliação clínica precisa ser integrada aos exames complementares para se obter um diagnóstico precoce.

A própria SBH lançou uma carta, em novembro de 2017, alertando sobre a questão. “Vários problemas se apresentam neste cenário: médicos despreparados para o diagnóstico, profissionais da atenção básica sem treinamento adequado, universidades que formam médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde sem o preparo necessário para lidar com esta doença”, diz o manifesto. No documento, a SBH ainda fala sobre a falta de interesse em pesquisas conduzidas pelo governo sobre o assunto, assim como o desconhecimento da sociedade sobre a doença, o que causa as subnotificações e o avanço da enfermidade.

Outro problema diz respeito à suposta “eliminação” da hanseníase dos problemas de saúde pública. De acordo com a SBH, quando uma doença é considerada inexistente, a vigilância sobre o assunto se perde, as referências são desmontadas e o Sistema de Saúde passa a não enxergar mais os doentes.

 “No Brasil, o Rio Grande do Sul ‘eliminou’ a hanseníase. Hoje, o estado tem um número pequeno de casos registrados, mas apresenta o maior percentual brasileiro de pessoas com incapacidade física – doentes que convivem com a hanseníase há anos e recebem o diagnóstico depois que as sequelas estão avançadas”, diz o presidente da SBH, Claudio Salgado.


A hanseníase

Trata-se de uma doença bacteriana, causada pelo bacilo de Hansen, que infecta o ser humano por meio das vias respiratórias, afetando sobretudo a pele e os nervos periféricos. A doença atinge outros órgãos somente em casos raros.

Quando não tratada, a hanseníase pode levar à cegueira e incapacitações de membros superiores e inferiores, pois o paciente perde a sensibilidade, facilitando a ocorrência de traumas e lesões repetitivas. Entretanto, estima-se que 90% dos humanos tenham a chamada imunidade nata à doença: em outras palavras, não vão jamais manifestar a hanseníase. 

O tratamento é feito com antibióticos – uma mistura de três drogas por, no mínimo, seis meses, podendo chegar a alguns anos, dependendo da forma da doença. Após o tratamento, contudo, o paciente não pode infectar outras pessoas, embora sempre esteja sujeito à reinfecção.

O período de incubação varia de dois a sete anos e, entre os fatores que influenciam, está o baixo nível socioeconômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Por esse motivo, países subdesenvolvidos contam com maior incidência da enfermidade. Devido ao tempo de incubação, a manifestação da doença e o diagnóstico são difíceis de serem obtidos. "Se não houver um diagnóstico precoce, o paciente pode ser portador da doença por muitos anos e transmitir às pessoas de seu convívio, mesmo que sem manifestar nenhum sintoma", alerta Dra Laila.



Posts mais acessados