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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Mitos e Verdades sobre o Anticoncepcional


Ginecologista, Domingos Mantelli, tira dúvidas sobre o assunto


A camisinha é a solução mais eficaz na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Mas para as mulheres que buscam se proteger, além das doenças, de uma gravidez indesejada, o método deve ser conciliado ao uso de outros anticoncepcionais.

Os contraceptivos orais acompanham as mulheres desde a década de 60, quando se estabeleceu o início da revolução sexual e social feminina. Mais de 50 anos depois, as pílulas continuam sendo o método contraceptivo mais procurado no mercado mesmo com todas as lendas a cerca da ingestão do medicamento.

Para sanar de vez as dúvidas que nem sempre estão nas bulas, o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, disponibilizou um questionário com 15 perguntas e respostas sobre o método contraceptivo.


A pílula anticoncepcional pode acabar com o desejo sexual das mulheres?

Mito e verdade: O questionamento que as mulheres mais fazem aos ginecologistas é sobre a perda de libido. Não há qualquer relação entre o uso desse contraceptivo com a perda do apetite sexual, porém eventualmente se houver interferência do anticoncepcional na concentração do hormônio testosterona, poderá haver uma diminuição, mas não a perda da libido.


O anticoncepcional promove o aumento de peso?

Mito: Os hormônios contidos nas pílulas devem ser dosados e indicados pelo ginecologista para não sobrecarregar a contagem de hormônios. Mas em geral não há indícios de que o efeito seja relacionado ao aumento do peso. O que pode ocorrer é uma retenção de líquidos maior levando a um inchaço, dependendo do hormônio que for utilizado, porem o que não é relacionado com o aumento de células de gordura. O único segredo para não ganhar quilos é praticar exercícios e ter uma alimentação saudável.


A pílula causa câncer?

Mito e verdade: As pesquisas realizadas na área são incontestáveis, o uso da pílula não está associado ao surgimento de cânceres, porém podem aumentar a probabilidade de tê-los em alguns casos. O efeito muitas vezes é até contrário, onde o contraceptivo oral auxilia na prevenção de câncer como os de endométrio e ovários. Porém, as pílulas combinadas que contem estrogênio, aumentam a probabilidade de câncer de mama em pacientes com histórico pessoal ou familiar deste câncer.


A infertilidade pode ser causada pelo uso contínuo do anticoncepcional?

Mito: As mulheres que tomam a pílula por um longo período de tempo podem demorar um pouco mais do que as mulheres que não fazem o uso do medicamento para voltarem a engravidar. Isso se dá, pois, uma parte dos hormônios pode ficar acumulado em células de gordura e continuarem a ser liberados mesmo após a parada de toma-los. A pílula é reversível e não causa danos à saúde da mulher.


Posso não fazer intervalos entre todas as cartelas para não menstruar?

Verdade: Apesar de o sangue da menstruação ser uma maneira do corpo feminino se livrar das impurezas do organismo, a pílula não perde sua eficácia se a opção for emendar as cartelas, desde que os intervalos sejam acompanhados pelos ginecologistas,


O cigarro prejudica a ação das pílulas?

Verdade: O anticoncepcional continua sendo um método eficaz mesmo com o uso do cigarro. Mas combinação das substancias presentes no fumo e nas pílulas afetam o fígado bruscamente e aumentam as chances de doenças cardiovasculares e tromboses venosas. É altamente recomendada a não união da pílula e do cigarro.


O uso da pílula pode acarretar no aumento da acne?

Mito e Verdade: O surgimento da acne está veiculado ao hormônio feminino, quando a pílula é somada ao excesso de hormônio feminino já encontrado naturalmente em algumas mulheres, podendo haver efeito indesejado. Quando as mulheres possuem maior taxa de hormônios masculinos no organismo, a pílula é equilibrador e auxilia no tratamento da acne.


O consumo de álcool pode fazer a pílula perder o efeito?

Verdade: O álcool pode sim interferir na capacidade preventiva das pílulas anticoncepcionais. Tanto o álcool como os anticoncepcionais são metabolizados no fígado. O álcool pode inclusive aumentar as taxas de estradiol circulante, elevando seus efeitos colaterais como o aumento da probabilidade de se ter câncer de mama. Também o uso contínuo da bebida pode afetar a qualidade dos óvulos e dificultar uma gravidez posterior.


O anticoncepcional causa trombose?

Mito: Não, desde que o uso seja livre da influência de cigarros e que a mulher não tenha outros fatores de risco para trombose. O cigarro unido à pílula é responsável por engrossar o sangue, complicar a circulação e causar as tromboses. Claro que toda paciente deve ser orientada sobre a possibilidade de investigar trombofilia antes de iniciar um método contraceptivo


A pílula altera o humor das mulheres?

Verdade: A pílula pode melhorar o humor feminino porque age diretamente no controle das dores e dos sintomas nada sutis que vêm acompanhados da menstruação. O contraceptivo oral é um combatente da TPM.


A pílula causa celulite?

Mito: As celulites são provenientes da genética, não há o que culpar. Converse com seu ginecologista sobre anticoncepcionais que retenham menos liquido no organismo, reporte ao médico inchaços, aumento de peso e qualquer alteração física para descartar possibilidades de efeitos colaterais.


Posso utilizar as pílulas do dia seguinte mesmo tomando o contraceptivo regularmente?

Mito: Não, a combinação dos contraceptivos não aumenta a prevenção da gravidez, mas acarreta em problemas circulatórios e perda de libido causada pela alta dosagem hormonal dos medicamentos.


Posso tomar qualquer anticoncepcional disponível no mercado?

Mito: Não, o ginecologista é o único capacitado para receitar o contraceptivo oral, pois há a necessidade de realizações de exames para descartar impossibilidades de usar o método. A dosagem hormonal também só pode ser indicada pelo médico para não ocasionar efeitos colaterais.


A pílula pode ser ingerida em horários distintos?

Mito: O anticoncepcional deve ser tomado em horário regular. O esquecimento contínuo deixa o corpo feminino sem a cobertura da ação preventiva da pílula facilitando a fertilização.


Preciso trocar a marca das pílulas de tempos em tempos?

Mito: Se a mulher não tem efeitos desagradáveis com o uso continuo de uma só pílula, pode utilizar por tempo indeterminado uma marca e a eficácia não será comprometida.





Dr. Domingos Mantelli Ginecologista e obstetra é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.


Bromidrose: descubra as causas e tratamento


Não é incomum se deparar com fortes odores de pessoas nas ruas, ônibus, metrô ou até mesmo ao tirar o sapato. O mau cheiro popularmente chamado de cecê e chulé, é uma condição chamada Bromidrose, que além de atingir axilas e pés, também pode ocorrer na região da virilha. Isso provém da presença de fungos ou bactérias em contato com o suor em ambientes quentes, úmidos e escuros.

Como as glândulas responsáveis pelo suor surgem por volta dos 8 aos 14 anos de idade e algumas pessoas apresentam em maior quantidade, consequentemente, o mau cheiro é mais intenso. Além disso, quem apresenta o quadro de diabetes ou alcoolismo se torna mais propensa ao desenvolvimento do problema.

As opções de prevenção são diversas, entre elas, a retirada de pelos das regiões propícias ao desenvolvimento de fungos, não repetir a mesma roupa várias vezes seguidas, evitar o uso de bebidas alcoólicas e condimentos alimentares, utilizar sabonetes antissépticos e desodorantes com alta duração, secar bem a pele após o banho e usar, preferencialmente, roupas de algodão.

De acordo com o cirurgião plástico José Neder Netto, o tratamento consiste na utilização de antibióticos, antifúngicos e medicamentos que controlam a transpiração. Em casos mais graves e quando as alternativas anteriores não tiverem sido eficazes, é necessário a lipoaspiração das glândulas sudoríparas axilares associada à retirada cirúrgica das glândulas (apenas para a região das axilas), procedimento cirúrgico, mas de pequeno porte.

Como em toda cirurgia é muito importante o acompanhamento pré e pós-operatório seguindo as orientações do seu médico.

Apesar do índice de complicações ser muito pequeno, podem ocorrer manchas roxas ou escurecimento da região, diminuição considerável de pelos nas axilas, infecção, abertura de pontos entre outros. Vale a pena lembrar que a cicatriz é inevitável e em alguns casos pode surgir queloides.

A taxa de sucesso desse tratamento é de 70% dos casos com melhora parcial ou total do problema. O procedimento eleva a qualidade de vida e autoestima dos pacientes, uma vez que proporciona segurança e tranquilidade em situações cotidianas como participar de reuniões, pegar transportes públicos e até mesmo passear em parque ou praticar algum esporte em conjunto com outras pessoas.




                                                                                                                                               
José Neder Netto - cirurgião plástico
CRM: 120.985



Manchas podem ser sinal de câncer de pele


Fique alerta para procurar um dermatologista em qualquer sinal de mudança ou aparecimento de lesões na pele


O câncer de pele é o tipo de câncer mais incidente e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil- um número que chega a 180 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). O melanoma é o tipo menos frequente dentre todos os tipos de cânceres de pele, corresponde a 3% deste total, mas é considerado o mais grave e com grande potencial de se espalhar para outros órgãos.

De acordo com a Dra. Sheila Ferreira, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, esse tipo de tumor tem origem no crescimento anormal dos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele e pode surgir em qualquer parte do corpo, inclusive em áreas não expostas diretamente ao Sol e menos visíveis, como o couro cabeludo.

A exposição à radiação ultravioleta, sem dúvida, representa o principal fator de risco para desenvolvimento do câncer de pele. Pessoas com pele, cabelos e olhos claros tem o risco aumentado de desenvolver o câncer de pele. A idade constitui outro fator, principalmente a partir da quinta década de vida, pois quanto maior o tempo de exposição da pele ao Sol, mais envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância.

"O câncer de pele geralmente se manifesta como alterações de pele que podem se assemelhar a pintas ou manchas escurecidas, novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo. Tais alterações suspeitas correspondem ao que qualificamos como 'ABCD'- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro", explica a especialista. Qualquer novo sinal na pele ou mudança de uma mancha já existente deve ser um alerta para procurar um dermatologista. O diagnóstico é feito pela avaliação médica e biópsia da lesão suspeita.


Avaliação precoce é fundamental

O câncer de pele do tipo melanoma é, na maioria das vezes, agressivo, mas quando descoberto no início tem mais de 90% de chance de cura. Sinais ou manchas, muitas vezes, podem ser apenas lesões benignas- como um hematoma ocasionado por um impacto ou, ainda, uma infecção localizada, mas podem tratar-se de tumores de pele. "É preciso buscar aconselhamento médico especializado principalmente quando uma mancha surge repentinamente, sem que algum acontecimento justifique", frisa Dra Sheila.

Uma vez feito o diagnóstico, quando a doença é localizada, o principal tratamento é a ressecção cirúrgica da área, ou seja, a retirada de todo o tecido comprometido e a avaliação ganglionar em casos indicados. Em estágios mais avançados da doença, o tratamento pode consistir na utilização de quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia. Diversos estudos apontam bons resultados e respostas duradouras com a chamada imunoterapia, medicações que estimulam o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células "estranhas". "Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não causem qualquer desconforto. O melanoma pode avançar para gânglios linfáticos e é capaz de atingir outros órgãos, como cérebro, fígado, ossos e pulmões. A medida preventiva mais eficaz contra o câncer de pele consiste na redução da exposição ultravioleta sem proteção, particularmente da exposição ao Sol.

 Recomenda-se observar regularmente a própria pele à procura de lesões suspeitas e consultar um dermatologista anualmente para um exame completo.

O diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer", conta a especialista.






Grupo Oncoclínicas



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