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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Urologista destaca importância do diálogo com o paciente no tratamento do câncer de próstata


 Neal Shore, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Urologia do Século 21 na Carolina do Sul (EUA) veio ao Brasil para discutir estudo que aborda o uso de enzalutamida para o tratamento de câncer de próstata não metastático resistente à castração  

Novembro é o mês mundial de combate ao câncer de próstata 


O urologista Neal Shore tem uma das mais difíceis missões de um médico – comunicar ao paciente que ele sofre de câncer de próstata e direcioná-lo ao melhor tratamento possível no momento do diagnóstico. Com mais de trinta anos de experiência como uro-oncologista, ele assegura que "não há diferença cultural quando se fala da reação do paciente ao anúncio da doença. "É como se a pessoa ganhasse um passaporte onde está escrito ´tenho câncer´ e a reação imediata é invariavelmente de tristeza", ressalta o especialista e um dos autores do PROSPER1 – estudo de fase 3, que mostrou que o medicamento enzalutamida reduziu significativamente, em 71%, o risco de metástase ou óbito em homens com câncer de próstata não metastático resistente à castração (CPRCnm).

Shore esteve em São Paulo no início de outubro para participar do Astellas Oncology Forum 2018, evento promovido pela farmacêutica japonesa Astellas Farma Brasil com o objetivo de discutir casos clínicos com médicos e representantes de planos de saúde. O evento antecipou um dos temas que serão abordados na campanha de conscientização sobre câncer de próstata Novembro Azul deste ano: o medo de ser diagnosticado com a doença.

Para o diretor-executivo, líder de Patient Experience, da Astellas nos Estados Unidos, Doug Noland, o evento foi mais uma oportunidade de médicos e pesquisadores trocarem experiências enriquecedoras para melhorar o tratamento aos pacientes. "O bem-estar do paciente é sempre o foco do que fazemos, e esses exemplos permitem aprimorar nosso trabalho em busca de melhores tratamentos", reforçou o executivo.

O Astellas Oncology Forum 2018 reuniu diversos especialistas da área de todo o mundo, entre eles o Daniel Herchenhorn, coordenador científico da Oncologia da Rede D´Or; André Sasse, oncologista do Grupo Sasse Oncologia e Hematologia; Igor Morbeck, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês de Brasília; Ubirajara Ferreira, professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Walter Costa, titular do Núcleo de Urologia do A.C. Camargo Cancer Center; e Glyn Elwyn, professor do Dartmouth Institutte, que pertence ao Instituto Dartmouth para Política de Saúde e Prática Clínica, nos Estados Unidos. 

Para o médico Ubirajara Ferreira, da Unicamp, e um dos principais pesquisadores do estudo PROSPER no Brasil, foi um momento raro para o encontro de especialistas na área em torno de um estudo que aponta caminhos para a melhora na qualidade de vida do paciente. "É sempre importante essa troca de experiências para avançarmos no tratamento do câncer de próstata", ressaltou.

Por meio de entrevista, o uro-oconlogista, Neal Shore, com passagens também pelo Cornell Medical Center/The New York Hospital e integrante da Sociedade Norte-americana de Oncologia Clínica e da Associação Norte-americana de Urologia, destacou a importância da relação entre médico e paciente.


O Sr. já esteve várias vezes no Brasil. Há alguma diferença na forma como o paciente de câncer reage à notícia de que está com câncer de próstata aqui no Brasil, em relação aos seus pacientes nos Estados Unidos? 

Dr. Neal Shore (NS): Não, é sempre perturbador, independentemente do histórico e cultura do paciente. O importante é que o médico explique com máxima clareza, ao paciente, a agressividade biológica do seu câncer de próstata; quais tratamentos estão disponíveis para ele e como eles pode afetar sua sobrevivência, qualidade de vida, e o perfil de risco terapêutico. 


O Sr. está dizendo então que é muito importante dialogar com o paciente para encaminhá-lo ao tratamento? 

NS: É fundamental explicar claramente todas as opções para o paciente e a sua família. No caso de câncer de próstata, por exemplo, pode ter um grande componente genético, então é preciso ter um histórico familiar detalhado de câncer. Alguns pacientes nem sempre se sentem confortáveis em revelar seus sintomas ou medos do tratamento, daí, a importância da família comparecer as consultas. 


Há diferença na aceitação do diagnóstico em função da idade do paciente? 

NS: Sim, as gerações mais jovens as vezes se sentem mais confortáveis para fazer perguntas mais detalhadas. Além disso, os parâmetros globais, étnicos, socioeconômicos e de idade influenciam a interação médico-paciente.


O estilo de vida moderno, sobretudo nas grandes cidades, é um convite ao sedentarismo. O Sr. vê alguma relação entre esse modo de vida e o aumento de casos de câncer de próstata? 

NS: De maneira geral, não diria que há uma relação direta entre esse cenário e o aumento dos casos. O que temos comprovado no dia a dia é que pacientes com câncer de próstata que tiveram uma vida saudável até ficarem doentes, respondem melhor aos tratamentos. Eles podem melhorar a imunidade e de maneira geral são mais tolerantes à terapias quando seu estado geral de saúde é mantido por exercícios regulares, alimentação saudável, uma boa qualidade de sono e prevenção de stress. De fato, ter um estilo de vida saudável é bom para as pessoas que não estão doentes bem como para aqueles que podem enfrentar algum tipo de tratamento contra o câncer. 


Por que o Sr. escolheu ser médico e atuar em uma área tão sensível com a pesquisa em Oncologia? 

NS: Meus pais foram meus verdadeiros mentores. Minha mãe era professora primária e depois se tornou diretora de uma escola infantil. Dela, herdei a paixão por educação e pela pesquisa. Meu pai, que era médico de família, cuja consultório fazia parte da minha casa, foi minha referência de profissional. Quando eu fui para a faculdade de Medicina e para a residência, eu trabalhei com muitos cientistas, e isso fez muita diferença pra mim. 


O estudo PROSPER

O estudo fase 3 PROSPER envolveu 1.401 pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CPRC) não metastático. Os pacientes foram randomizados 2:1 e receberam enzalutamida associada à terapia de privação androgênica (do inglês, ADT) ou placebo associado à ADT (somente ADT). O uso de enzalutamida associada à ADT reduziu significativamente o risco de desenvolvimento de metástases ou morte em comparação com somente ADT. A mediana para o desfecho primário, sobrevida livre de metástase, foi de 36,6 meses para os homens que receberam enzalutamida em comparação com 14,7 meses para os tratados com somente ADT (HR = 0,29 [95% CI: 0,24-0,35]; p <0,001).

O desfecho primário de eficácia foi apoiado por um atraso estatisticamente significativo no tempo para o primeiro uso de nova terapia antineoplásica para pacientes que receberam enzalutamida associada à ADT em comparação com aqueles que receberam somente ADT (mediana: 39,6 meses vs 17,7 meses; HR = 0,21 [ IC 95%: 0,17-0,26], p < 0,001)

O perfil de segurança e tolerabilidade de enzalutamida no estudo PROSPER foi compatível com o perfil encontrado nos estudos anteriores com a população de pacientes com CPRC metastático.


Sobre câncer de próstata 

O câncer de próstata é o segundo câncer mais comum em homens em todo o mundo2. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que em 2018 o número de novos casos de câncer de próstata no Brasil é de 68.220, com uma taxa de incidência ajustada de 66,82 por 100.000 homens.

O CPRC refere-se ao subgrupo de homens no qual a doença progride apesar dos níveis de testosterona de castração (isto é, menos de 50 ng/dL)3. O CPRC não metastático refere-se à ausência de evidência clinicamente detectável de disseminação do câncer para outras partes do corpo (metástases), quando há um nível crescente do antígeno prostático específico (PSA)4. Muitos homens com CPRC não metastático e um nível de PSA rapidamente crescente desenvolvem CPRC metastático5.





  1. Hussain M, Fizazi K, Saad F, Rathenborg P, Shore N, Ferreira U, et al. Enzalutamide in Men with Nonmetastatic, Castration-Resistant Prostate Cancer. N Engl J Med. 2018 Jun 28;378(26):2465-2474.
  2. American Cancer Society. Global Facts & Figures. http://www.cancer.org/content/dam/cancer-org/research/cancer-facts-and-statistics/global-cancer-facts-and-figures/global-cancer-facts-and-figures-3rd-edition.pdf. Accessed January 10, 2018.
  3. Urology Care Foundation. Advanced Prostate Cancer Patient Guide. www.urologyhealth.org/educational-materials. Accessed February 16, 2017.
  4. Luo J, Beer T, Graff J. Treatment of Non-metastatic Castration Resistant Prostate Cancer. Oncology. April 2016, 30(4):336-344.
  5. Smith MR, Kabbinavar F, Saad F, Hussain A et al. Natural history of rising serum prostate-specific antigen in men with castrate nonmetastatic prostate cancer. J Clin Oncol 2005; 23: 2918–2925.

Refluxo atinge mais da metade dos brasileiros (51%), aponta estudo


Pesquisa realizado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) destaca o grande impacto do refluxo na qualidade de vida da população 


A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) realizou o maior e mais recente mapeamento sobre o impacto do refluxo gastroesofágico na população brasileira. 

O resultado mostra um quadro alarmante: 51% afirmam sofrer com o refluxo semanalmente, além de outros sintomas como a azia e a pirose (queimação) que também podem ser indícios do problema.

O estudo foi realizado em junho de 2018, ouviu mais de 3.000 pessoas, de ambos os sexos em todas as regiões do país.

"Nosso propósito foi retratar os principais sintomas, causas e o impacto do refluxo na vida das pessoas, além de demonstrar os tipos de tratamento recorrentes. Os resultados evidenciaram um grande desconhecimento, uma vez que os principais sintomas do refluxo, como a azia e a pirose, conhecida popularmente como queimação, também podem ser indício de uma simples má digestão. Além disso, 46% da população não sabe a diferença entre os principais tipos de tratamento.  O refluxo quando não identificado e tratado corretamente, pode gerar complicações bastante graves", destaca Dr. Flavio Quilici, presidente da FBG.

refluxo gastroesofágico ocorre quando o alimento que ingerimos volta ao esôfago juntamente com o ácido gástrico do estômago, causando uma sensação de queimação e azia. Isso ocorre em razão de uma falha no esfíncter esofágico inferior que funciona como uma válvula, não deixando que o alimento digerido, que está no estômago, retorne para o esôfago. Quando o refluxo é muito frequente, ele pode ser indício de um quadro mais grave conhecido como 'Doença do Refluxo Gastroesofágico', às vezes com sérias complicações.


Quem sofre de refluxo? 

Segundo o estudo, o refluxo gastroesofágico afeta 51% dos entrevistados. Entre eles, mulheres, obesas, sedentárias e fumantes, entre 36 a 47 anos, representam o grupo que mais sofre dessa condição. 

Produtos industrializados, fritos e gordurosos e o refluxo estão diretamente ligados, já que a frequência entre aqueles que são impactados é maior após as refeições (40%). Entre os que consomem este tipo de alimento e reclamam do problema, 85% estão obesos. A associação da bebida alcoólica e fumo também é outro fator que intensifica a sensação para 54% dos fumantes.

"A pesquisa é um importante panorama epidemiológico, que traz dados bem definidos e reproduzíveis no Brasil como um todo. Além de abordar o refluxo e os seus sintomas típicos, também reafirma a ligação com obesidade, sedentarismo e o tabagismo", pontua Dr. Quilici.
 

Refluxo X Gestação: Uma realidade

O estudo revelou que 85% das grávidas relataram ter sentindo o refluxo em algum momento da gestação. Mas porque ele é tão comum entre este grupo? Entre os fatores que levam a maior ocorrência estão: aumento da pressão intra-abdominal pelo crescimento do útero e relaxamento do esfíncter (músculo) inferior do esôfago que fica entre o esôfago e o estômago.

Ele torna-se mais intenso e frequente a partir da 27º semana de gestação, com mais chance de se desenvolver em mulheres que já tinham este problema antes ou já estiveram grávidas.

Medicamentos que contém alginato   podem ser utilizados para os sintomas mais comuns provocados pelo refluxo (azia e queimação) no segundo e terceiro trimestres da gravidez, dado que não possuem ação sistêmica e podem ser indicados às grávidas, sempre sob orientação médica.


Refluxo e rotina

O quadro que caracteriza o refluxo pode ser acompanhado de outros sintomas, como azia e queimação, que muitas vezes não são associados ao problema pela população, mas são frequentes e aparecem em muitas situações.   Segundo o estudo, a azia e a queimação são mais recorrentes nas pessoas, 51% e 47% respectivamente, após a ingestão de alimentos específicos. Como exemplo, o especialista cita pratos e petiscos com grande quantidade de condimentos ou refrigerantes, estes últimos devido ao gás e acidez concentrados.

A azia é a que causa o desconforto mais intenso entre 33% da população. Para 74%, a qualidade do sono é o aspecto mais prejudicado. Ainda de acordo com o estudo, 70% afirmam já ter sentido algum deles durante o horário de trabalho e 68% reclamam que tem a rotina social prejudicada, impedindo-os de realizar atividades rotineiras. 


Tratamentos 

tratamento do refluxo dependerá da gravidade do caso. Em algumas situações, mudanças nos hábitos comportamentais são suficientes para que haja uma melhora. Em outros casos, o tratamento é feito através de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, em conjunto com uma reorientação alimentar, perda de peso e atividades físicas. 

De acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados não sabem a diferença entre sal de frutas, antiácido, leite de magnésia, protetor gástrico e alginato, sendo que a utilização incorreta deles pode causar prejuízos para os seus usuários. 

O sal de fruta é um dos tratamentos mais recorrentes entre a população: 5 em cada 10 o fazem quando sentem algum dos sintomas. "Dependendo da frequência e da gravidade dos sintomas, ele pode não ser eficiente porque possui apenas ação imediata e passageira. Depois de um tempo de uso , o medicamento aumenta o pH do estômago estimulando efeito rebote com a produção de mais acidez podendo agravar os sintomas do refluxo", explica Dr. Flávio.

Já o alginato, ainda pouco conhecido pela população pois, segundo o estudo, apenas 6% recorrem ao medicamento com este princípio ativo, é muito eficaz no combate ao refluxo além de possuir ação de longo prazo, por até 4 horas. Ele age formando uma barreira mecânica que impede as sensações de queimação e azia comuns nos quadros de refluxo. "O tratamento dependerá do estágio da doença.  Perder peso, evitar alimentos e bebidas que pioram o refluxo, comer porções menores, não se deitar logo após as refeições, além da prática de exercícios físicos e acompanhamento clínico também contribuem para uma melhor qualidade de vida", finaliza Dr. Flávio Quilici. 







Dr. Flavio Quilici - presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)/CRM: 17015


Ginecologista e sexóloga Erica Mantelli responde tudo sobre a menstruação


 Imagem retirada da internet


 Mesmo depois de muitos séculos tendo que conviver mensalmente com a menstruação, muitas mulheres ainda encontram dificuldades para lidar com o problema. Para esclarecer as dúvidas, a ginecologista, obstetra e sexóloga Dra. Erica Mantelli explica quais os mitos e as verdades sobre o período menstrual.

1- Mulheres que convivem no mesmo ambiente costumam menstruar na mesma época? 

Verdade. A menstruação é uma variação hormonal, e hormônios podem ser alterados a partir de fatores externos. A ansiedade, o estresse, a rotina, a alimentação, tudo isso pode influenciar. E se mulheres convivem em um mesmo ambiente e com as mesmas condições, isso costuma influenciar o ciclo de todas, igualmente.


2- Andar descalça piora a cólica? 

Mito. Essa crença surgiu da ideia de que o chão frio poderia influenciar na cólica, mas isso não faz sentido já que a cólica é uma contração no útero. O que acontece é que as pessoas podem ficar mais sensíveis à dor.


3- O período menstrual favorece o aparecimento de acne (espinhas)? 

Verdade. As mudanças hormonais fazem com que as glândulas sebáceas aumentem a secreção e, consequentemente, a acne. Mas também pode ser causada pela alimentação.


4- A mulher engorda no período menstrual? 

Mito. A mulher pode inchar, mas não engordar. O período pré-menstrual pode causar um inchaço na região abdominal por conta das alterações hormonais (as alterações do estrógeno e da progesterona, especialmente).


5- Ter relação sexual no período menstrual é mais prazeroso? 

Verdade. Pode acontecer com algumas mulheres, sim. Aumenta a irrigação de sangue na região pélvica e, com isso, a mulher tem mais facilidade para se lubrificar e mais sensibilidade para atingir o orgasmo.


6- Suspender a menstruação faz mal à saúde? 

Mito. A mulher não corre risco de saúde ao suspender a menstruação. Mas, a médica alerta: "sangrar todo mês é um sinal de que o organismo da mulher está funcionando adequadamente. E quando não há menstruação pode indicar problemas nas glândulas tireoide e supra-renal", diz.


7- Transar menstruada aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis?

Verdade. Aumenta porque o sangue é um meio de cultura, ou seja, contém todos os nutrientes necessários para o crescimento de microrganismos como bactérias, fungos e vírus. Por isso, o uso de preservativos é essencial, seja no período menstrual ou não.


8- TPM não existe. É tudo psicológico? 

Mito. Existe sim, porque a alteração hormonal no período que precede a menstruação mexe com todo o organismo. É uma doença que contém mais de 200 sintomas associados. A TPM pode ocorrer em mais de 50% das mulheres devido às oscilações hormonais, mas também depende da sensibilidade de cada uma. E a TPM começa até 10 dias antes da menstruação e termina quando ela chega.






Dra. Erica Mantelli - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra. Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).


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