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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Água fervendo é a principal causa de queimaduras em crianças


A maior parte das queimaduras acontece em casa, com crianças até dois anos de idade. Acidentes com meninos são mais frequentes do que com meninas


Se você tem filhos, é bom prestar atenção nessa informação: acidentes domésticos envolvendo crianças são mais comuns do que se possa imaginar e, infelizmente, podem deixar marcas para o resto da vida, especialmente se o acidente causar uma queimadura. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de um milhão de pessoas sofrem queimaduras no Brasil por ano, sendo as crianças as principais vítimas.

Um estudo feito pela Unidade de Tratamento de Queimados, da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), mostrou que a maior ocorrência de queimaduras aconteceu em crianças com até dois anos de idade, sendo a escaldadura a causa mais frequente de queimadura. Nas crianças entre 5 e 13 anos, a causa mais comum é a combustão por álcool. Outro dado que chamou a atenção, foi que 68,4% dos acidentes ocorreram com meninos.

Segundo o cirurgião plástico, Dr. Luiz Molina, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras e Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia Plástica do HC-FMUSP, a queimadura é uma lesão provocada por contato direto com alguma fonte de calor ou de frio, produtos químicos, eletricidade, radiação, animais ou plantas (lagartas, água-viva, etc.).

“Entretanto, no dia a dia o mais comum são crianças que acidentalmente tiveram contato com água ou outro líquido fervente, principalmente na cozinha. Infelizmente, as queimaduras são a quarta causa de óbito e hospitalização por acidente de crianças e adolescentes menores que 14 anos. Além do risco de morte, as queimaduras costumam deixar cicatrizes que duram toda a vida e têm um enorme impacto social e emocional”, comenta Dr. Molina.
 

Quanto mais profunda a lesão, maior o risco de cicatriz
 
As queimaduras podem ser de primeiro, segundo e terceiro graus. Essa classificação vai depender de quão profunda foi a lesão. “A mais grave é a de terceiro grau, que atinge todas as camadas da pele, podendo chegar até ao osso.”, explica o especialista.  As cicatrizes estão diretamente relacionadas com a profundidade da lesão.

Nas queimaduras de terceiro grau é necessário realizar cirurgias reparadoras com enxerto de pele. “O tratamento é longo, complexo e multidisciplinar. Atendemos centenas de crianças e adolescentes vítimas de queimaduras em nosso serviço e percebemos que é fundamental oferecer suporte para resgatar a autoestima e autoconfiança deste público”, diz Dr. Molina.


Projeto Acampamento NR
 
Ao longo da sua carreira, atuando na área de queimaduras, Dr. Molina decidiu se envolver em um trabalho social voltado para crianças e adolescentes vítimas de queimaduras.

“Acabei me envolvendo com a causa e faço parte da organização não-governamental CampSamba, que junto com a Sociedade Brasileira de Queimaduras, na qual sou presidente, organiza um acampamento voltado para esse público todos os anos com o objetivo de promover experiências de convívio social com outras crianças. Isso ajuda a resgatar e fortalecer a autoestima e autoconfiança de crianças que sofreram queimaduras”.


Viabilização do acampamento depende de patrocínio
 
Este ano, o acampamento acontecerá entre os dias 21 e 24 de junho e devem participar cerca de 50 crianças. Entretanto, para viabilizar o projeto, os organizadores criaram um crowdfunding, cujas contribuições podem ser de R$10 a R$ 2 mil reais (cota de um patrocínio completo de uma criança).

Para mais informações acesse:  www.campsamba.com.br


Desperdício pode acabar com planos de saúde em 20 anos


O setor de saúde suplementar está há anos-luz da indústria quando o assunto é controle de desperdício. Enquanto no setor industrial o nível de excelência é tão alto que a busca do desperdício é feito na casa dos decimais, na área da saúde estudos calculam desperdícios de 30 a 50% de recursos financeiros mal utilizados. E não é uma situação vista apenas no Brasil – está relacionada à forma como foi moldado e como funciona o sistema de saúde. Portanto, podemos dizer que é uma culpa compartilhada por todos os envolvidos.

Nosso modelo de saúde tem vários problemas, como o fato de privilegiar o especialista em detrimento do médico generalista e ser baseado na medicina tecnológica. Os desperdícios em diversas escalas tendem a tornar o sistema insustentável em curto prazo. Essa questão é um problema cultural, de difícil solução, mas que precisa ser discutida. Caso contrário, em 20 anos, não teremos mais dinheiro para bancar a saúde. 


A culpa é dos médicos. Hoje vemos que a medicina tecnológica se sobrepõe à medicina humanística. Muitas vezes, os pacientes solicitam aos médicos exames desnecessários. Em outras, para ter segurança, o médico deixa de lado a história, o exame clínico e apoia suas decisões e condutas em exames de laboratório desnecessários. A própria tecnologia também contribui nesse cenário. Os pacientes fazem buscas na internet sobre exames e procedimentos, levando solicitações ou exigências aos médicos. O que observamos, entretanto, são índices de normalidade em exames em torno de 90% - que em sua maioria não tinham justificativa para serem solicitados. O desperdício é comprovadamente muito alto.


A culpa é do cliente. O pensamento de que médico bom é o que pede exames é cada vez mais comum, contribuindo para o para o aumento da requisição desnecessária de exames. 

Além disso, outro grande problema é em relação ao não comparecimento às consultas. Trabalhamos hoje com um índice de faltas de 25 a 30%. São consultas às quais o paciente não comparece e não desmarca. O desperdício também ocorre quando são feitas consultas aos especialistas sendo que em 90% dos casos um médico generalista resolveria o problema.


A culpa é dos hospitais. O modelo de remuneração vigente nos hospitais é o de serviço prestado, não considerando a qualidade do serviço. Existem estudos que mostram uma possível solução pela remuneração por excelência e resultado. Alguns países já estão buscando essa mudança realizando pagamentos por pacote. Os hospitais com melhor resultado ganham um valor maior e os que não se importam com o resultado consequentemente recebem menos. 


A culpa é das operadoras. Nas operadoras falta uma coisa básica, que é a comunicação das informações. Então, o indivíduo comparece em um consultório e o médico solicita diversos exames. Algum tempo depois, outro profissional irá solicitar novamente os mesmos exames. Poucas empresas possuem sistemas que interligam essas informações. É um exemplo de algo simples de ser implantado e que poderia contribuir para diminuir o desperdício.




Cadri Massuda - presidente da regional PR/SC da ABRAMGE-Associação Brasileira de Planos de Saúde.

Liberdade de Imprensa, hoje e avante


Na data de hoje, 3 de maio, comemoramos o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. Sabemos que no mundo, e aqui no Brasil, muito ainda temos que desenvolver a sociedade nos avanços à democracia e à liberdade de expressão via notícia. Sou otimista em dizer que estamos no caminho. O advento da internet, logo da globalização dos meios de comunicação, foi um passo largo e firme rumo ao futuro que se deseja.

O que preocupa em meio à liberdade de expressão é a poluição da informação e as fake news que desqualificam o trabalho da imprensa. Mas essa questão eu não contabilizo como uma preocupação. Acredito que o público aprenderá a lidar e separar, a cada dia mais, o joio do trigo.

O que fica para mim, jornalista e comunicadora, é o acesso que a informação dispõe via tecnologias em lugares remotos, tão remotos percebidos há poucas décadas. Sabemos que a comunicação hoje é democrática pelo o que se experimenta no marketing moderno quanto à interatividade entre produtor e receptor, e pelo receptor que se torna produtor a qualquer instante.

Ainda, em se tratando de canais oficiais da comunicação, de imprensa, celebro e homenageio meus colegas de profissão, especialmente pelo poder de denúncia que nosso segmento oferece à sociedade. Como sabemos, sim, a caminho tem um horizonte que parece não ter fim em relação à democratização e à liberdade da informação, contudo é a imprensa de hoje que favorece grandes investigações, disseminações de conhecimento e desenvolvimento humano.

A imprensa, afirmo, segue sendo o quarto poder!

Estou certa se que seguimos na causa sempre satisfeitos por contar e narrar histórias transformadoras.

Feliz Dia da Liberdade de Imprensa a todos os meus colegas de profissão e público que consome informação consciente da importância de nosso trabalho.





Aline Wolff - graduada em jornalismo e Assessora de Imprensa. Em agosto de 2004 criou WH Comunicação. É também especialista em marketing digital e coach de comunicação, posicionamento e autoridade. Em 2016, lançou o programa próprio de formação de autoridades e influência no mercado, mesclando ferramentas da assessoria de imprensa, do coach e do imbound marketing. No mesmo ano, formou-se palestrante pela Apresentarte e assumiu também a diretoria de marketing da Livia Esportes, ministrando módulos de marketing esportivo aos profissionais do segmento.


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