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sexta-feira, 6 de abril de 2018

No Dia Mundial da Saúde, mulheres sofrem com ausência de tratamento oncológico


 Há um ano, no dia 7 de abril de 2017, Dia Mundial da Saúde, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) lançou nacionalmente a campanha #PacientesNoControle, que mobilizou a sociedade civil para que participasse de duas consultas públicas abertas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (CONITEC).

As consultas serviriam para que o órgão do Ministério da Saúde conhecesse a opinião da população sobre a inclusão no sistema público de saúde dos tratamentos trastuzumabe e pertuzumabe para pacientes com câncer de mama metastático HER2+. Os tratamentos em questão inovaram na forma de combater a doença, não havendo nenhum substituto compatível ofertado pelo SUS. O trastuzumabe compõe inclusive a lista modelo de medicamentos elaborada pela Organização Mundial de Saúde usada para orientar governos sobre a oferta básica de tratamentos para enfrentar a oncologia, e é comercializado no Brasil há quase 20 anos, mas não era disponibilizado à pacientes usuárias do sistema público de saúde nesse estágio da doença.

 As consultas públicas trabalhadas pela campanha estão entre as que tiveram o maior número de contribuições da sociedade em 2017. Todos os esforços de mobilização e pressão realizados pela FEMAMA, ONGs associadas, instituições parceiras e da sociedade civil como um todo, inclusive esforços que antecederam essa campanha, culminaram no anúncio do Ministério da Saúde pela incorporação do trastuzumabe, em agosto de 2017, e do pertuzumabe, em dezembro do mesmo ano. Depois do anúncio, o Ministério teria 180 dias para iniciar a distribuição de cada medicamento para as pacientes com câncer de mama metastático HER2+.

Um ano depois, no Dia Mundial da Saúde de 2018, pacientes usuárias do SUS com câncer de mama metastático que já deveriam estar recebendo o trastuzumabe ainda não têm acesso ao tratamento e a FEMAMA clama pelo cumprimento efetivo da decisão. Pelas regras da própria CONITEC, o prazo máximo para incorporação do trastuzumabe (primeiro medicamento a ter a incorporação anunciada) encerrou no dia 29 de janeiro de 2018. Sabe-se, entretanto, que os estados não estão fornecendo o medicamento para as pacientes que dele necessitam.

Por entender que essas pacientes estão tendo o seu direito desrespeitado, a FEMAMA reune casos de pessoas que sofrem com a falta de acesso ao tratamento para realizar uma denúncia ao Ministério Público Federal (para participar acesse www.femama.org.br). A iniciativa faz parte de um mapeamento realizado pela instituição, com o objetivo de garantir acesso ao tratamento no estágio mais avançado da doença e tentar prevenir que esse atraso se repita também na oferta do pertuzumabe, que deve ser fornecido às pacientes a partir do início de junho. O primeiro passo aconteceu em 4 de fevereiro, Dia Mundial do Câncer, quando as ONGs que integram a Federação entregaram ofícios às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde questionando sobre a disponibilidade do trastuzumabe.

Em 2018, o tema do Dia Mundial da Saúde escolhido pela OMS é "Saúde para todos". O desejo da FEMAMA é que todas as pacientes tenham de fato acesso aos tratamentos de que necessitam e possam usufruir de uma vida digna enquanto controlam sua doença.


A luta da FEMAMA por tratamentos para câncer de mama no SUS

A FEMAMA vem trabalhando há muitos anos pela ampliação do acesso a tratamentos para pacientes com câncer de mama metastático no SUS. Além da campanha #PacientesNoControle, a instituição, ao lado de sua rede de ONGs associadas, promoveu Ciclos de Debates com Parlamentares e Audiências Públicas sobre o tema em 15 estados brasileiros, eventos de fortalecimento da atuação da sociedade civil organizada para perseguir esse objetivo como o Fórum de Combate ao Câncer da Mulher, e projetos que estimulam a atuação conjunta de instituições do terceiro setor com lideranças políticas regionais como a Conferência Nacional de Prefeitas e Governadoras e a Conferência Nacional de Primeiras Damas.

Também realiza articulações com ONGs parceiras para análise e formulação de documentos orientadores, mobilização do executivo e legislativo, atuação na Conferência Nacional de Saúde, além de campanhas de conscientização e mobilização em anos anteriores (Para Todas as Marias, Por Mais Tempo – em parceria com Instituto Oncoguia e Roche, #AcessoJá) pela ampliação de acesso a tratamentos.

No Dia Mundial da Saúde, a FEMAMA reitera que continua batalhando para que os direitos conquistados sejam garantidos.



FEMAMA

Síndromes genéticas não são obstáculos para uma vida saudável


No Dia Mundial da Saúde, médicos geneticistas alertam para a importância de buscar acompanhamento genético


 
Todo ano, o dia 7 de abril é marcado pela lembrança do Dia Mundial da Saúde. Porém, de acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Rodrigo Fock, ainda existe dificuldade em associar saúde como bem-estar, e não apenas com a ausência de doenças. O médico geneticista ressalta que é possível ter alguma síndrome genética e ter uma vida saudável, para pacientes que buscam acompanhamento genético com especialistas.

- O primeiro pensamento, quando falamos em saúde, é a ausência de doença, mas este conceito é errado, pois saúde é mais amplo, com a união de aspectos biológicos, psicológicos e sociais, além do bem-estar. Uma pessoa que nasce com uma síndrome genética, por exemplo, não vai ser necessariamente uma pessoa sem saúde durante todos os dias da sua vida. Este paciente, com diagnóstico precoce e acompanhamento genético, pode ter uma vida saudável e sem grandes complicações, caso siga os tratamentos recomendados – explica.

O geneticista destaca que o diagnóstico precoce das síndromes genéticas possibilita acompanhamento clínico que visa orientar sobre os riscos de ocorrências de complicações associadas a síndrome ou doença genética. Além disso, o início imediato do tratamento possibilita melhorias significativas na qualidade de vida, levando em conta que doenças hereditárias não tem cura. Outro benefício do diagnóstico é a possibilidade de realizar o aconselhamento genético, orientando sobre o risco de recorrência na família.

- Um exemplo que temos de síndrome comum é a de Marfan, com prevalência de um para cada cinco mil nascimentos. É uma síndrome que afeta muitas pessoas e que pode passar despercebida em alguns casos, podendo causar problemas oftalmológicos e cardiológicos, podendo levar o paciente ao óbito precoce. Uma pessoa que tem esta síndrome, tem 50% de chance de passar para seus filhos, pois é autossômica e dominante. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhor será a vida deste portador – relata.

Segundo o médico geneticista, a Síndrome começa a ser percebida na juventude, pois o paciente cresce mais do os amigos ou familiares. Os sintoma comum são alterações músculo-esqueléticas, como escoliose, ou pés ficam planos, alterações oftalmológicas como miopia ou alterações de cristalino, e complicações cardíacas, como dilatação de aorta


Síndrome de Marfan

Segundo o médico geneticista, a Síndrome começa a ser percebida na juventude, pois o paciente cresce mais do os amigos ou familiares. Outro sintoma comum é que os pés ficam planos. Nos olhos, o jovem começa a ter problemas oftalmológicos, como miopias. Outra complicação, mais difícil de ser percebida, é alteração nas condições cardíacas.




Mariana da Rosa

Relação entre a obesidade e o bullying


Crianças e jovens acima do peso, em sua maioria, sofrem com insultos e apelidos maldosos


No dia Nacional de Combate ao Bullying, 7 de abril,  é importante falar sobre saúde e obesidade. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), no Brasil,  aproximadamente, um em cada dez estudantes é vitima de bullying na escola. E, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada três crianças, está com o peso acima do ideal para a idade e altura. Sendo essas, as mais atacadas com insultos e apelidos, afetando a autoestima, desempenho escolar, além de outros problemas mais sérios.

A psicóloga Lia Clerot alerta que a obesidade entre jovens e crianças pode estar associada à depressão, estresse e ansiedade. “A criança que está acima do peso, muitas vezes sofre de algum distúrbio psicológico, o que pode dificultar até mesmo na socialização com os colegas na escola e também nas atividades extracurriculares”, explica.

Lia também ressalta que os pais precisam ficar atento às alterações emocionais ou mudanças de comportamento. “Alguns sinais como: tristeza, isolamento, auto cobrança apontam que algo está errado”, alerta. 

Este é o caso da Manuelle Simões, de 10 anos. “Nós tivemos que trocá-la de escola, por falta de adaptação”, diz Ester Guedes, mãe da menina. 


Saúde e bem-estar

         A especililsta em emagrecimento Ana Carolina explica que há métodos, como o 5S kids, indicado para crianças de 5 a 13 anos, que precisam perder peso.

“Durante o processo, elas têm acompanhamento nutricional e psicológico mais a suplementação de: ômega 3 e um polivitamínico. O tratamento é lúdico, adaptado às necessidades de cada um”, ressalta Ana Carolina.

Além de tratar a obesidade infantil, a especialista garante que o processo de reeducação ajuda a combater maus hábitos alimentares e inclusive previne doenças, como: hipertensão e diabetes. 

 Segundo Ester, a participação da família foi um dos processos importantes na mudança alimentar da filha. “Nós tivemos que adquirir hábitos saudáveis para ajudar a Manuelle no processo de emagrecimento”, afirma.

“Se o objetivo é que a criança perca peso, sempre procure um profissional de saúde, pois ele quem vai ajudar a conciliar a rotina com um estilo de vida saudável”, finaliza a sócia-proprietária da D'ella Candia – Medicina Estética e Emagrecimento.

 

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