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domingo, 17 de janeiro de 2016

Associação tira dúvidas sobre repelentes






Os casos de infecção pelo zyka vírus estão aumentando a busca da população por alternativas para se proteger da picada do Aedes Aegypti, mosquito transmissor dessa e de outras doenças, como dengue, malária e chikungunya. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) reponde às principais perguntas sobre o uso seguro e eficaz de produtos farmacêuticos para esse fim.

·         Qual repelente é mais eficaz contra o Aedes Aegypti?
Há diversos repelentes tópicos eficazes contra o Aedes Aegypti disponíveis no Brasil. O que varia é o tempo de proteção de cada um.

·         Com que frequência os repelentes devem ser reaplicados?
Depende do tempo de ação de cada substância, sendo recomendado não exceder esse prazo para evitar risco de toxicidade. O período de eficácia diminui até 50% com em temperatura e umidade elevadas, podendo, nesse caso, usar com mais frequência. Sempre orientar-se com o farmacêutico.

Substância
Tempo de ação
Idade recomendada
DEET 6-9%
até 2h
>2 anos
DEET 7,34%
até 4h
>2 anos
DEET 11-14%
até 6h
>12 anos
Icaridina 25%
até 10h
>2 anos
IR3535
até 4h
>6 meses

·         É seguro usar repelentes tópicos em mulheres grávidas?
Estudos indicam que repelentes tópicos são seguros para gestantes. Ainda assim, o uso não deve ser indiscriminado, sendo necessário o acompanhamento médico.  

·         É seguro usar repelentes em crianças?
Sim, desde que respeitadas algumas restrições. Repelentes à base de DEET não podem ter concentração acima de 10% para crianças de 2 a 12 anos. Devem ser realizadas, no máximo, três aplicações por dia. Para bebês a partir de seis meses, há estudos que recomendam o uso de repelentes à base de IR3535. Repelentes nunca devem ser usados em crianças menores de dois meses.

·         É seguro dormir com o repelente no corpo?
Não é recomendado para nenhum paciente, mas é especialmente contraindicado para crianças e gestantes. O produto deve ser removido com água e sabão e também não deve ser usado em partes do corpo cobertas pela roupa.

·         O repelente pode ser usado junto com o filtro solar?
Preferencialmente não, pois essa associação reduz o efeito do repelente e o tempo de reaplicação dos dois produtos é diferente. Se for mesmo necessário, aplicar primeiro o filtro, esperar secar por 20 minutos e só então aplicar o repelente. Antes da reaplicação, lavar o corpo com água e sabão e repetir o processo.

·         O repelente pode ser aplicado no rosto?
Melhor evitar, mas, se preciso, garantir que o produto não entre em contato com olhos, boca e nariz. Nunca aplicar no rosto de crianças.

·         Repelentes podem ser usados junto com perfumes?
Alguns aromas, como a lavanda, têm efeito contrário ao repelente, atraindo insetos. Portanto devem ser evitados.

·         O que fazer quando o paciente não se adapta aos repelentes industrializados?
As farmácias de manipulação podem preparar repelentes de acordo com a necessidade de cada pessoa, aumentando a adesão do paciente ao produto e evitando desconfortos. Esses estabelecimentos podem adequar a concentração para o paciente, além de optar pela forma farmacêutica mais adequada para cada pessoa, como loção, creme ou gel.

·         A citronela e outros produtos naturais são eficazes?
Alguns óleos essenciais são, sim, eficazes, mas a maioria evapora muito rápido, diminuindo o tempo de ação. A citronela dura de 20 minutos a, no máximo, 2 horas sobre a pele. Há estudos que mostram que o óleo de soja dura até 1h30; já o de eucalipto-limão, até 5 horas. Eles são uma opção para quando repelentes sintéticos são contraindicados. Podem também ser elaboradas formulações nas farmácias de manipulação contendo substâncias sintéticas e naturais para somar os efeitos.

·         A vitamina B é eficaz na proteção contra o Aedes Aegypti?
A vitamina B não apresenta eficácia comprovada como repelente e essa indicação de uso não é aprovada pela Anvisa.

Especial Verão sobre cuidados essenciais com a alimentação nas Praias




 
Confira os alertas e dicas do biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria, e fuja das armadilhas que podem estar envolvidas com produtos como pastel, raspadinha e camarão frito

Pode ser fim de semana, feriado, férias ou um dia de folga. Pode ser com a família ou com a companhia especial de amigos. Nada melhor para aproveitar um dia de sol na praia. E lá encontramos um vasto cardápio de iguarias e petiscos dignos dos mais exigentes consumidores, afinal , tantas horas de malhação, de trabalho ou de preocupação, nos tornaram merecedores de tudo isto, sem crise de consciência!


Há muitas barracas ou carrinhos sempre perto que oferecem camarão frito, porções das mais variadas (peixe, lula, fritas, cebola), queijo coalho, empadinha, pastel, raspadinha, cerveja, batidas, sucos, refrigerantes, mate gelado, sorvetes, geladinhos, lagosta, ostras, entre outras coisas que são festas tanto para nossos olhos quanto para nossos estômagos. Ou não?

Confira os alertas e dicas do biomédico Roberto Martins Figueiredo, o Dr. Bactéria, e fuja das armadilhas que podem estar envolvidas com estes produtos.



LATAS
Por algum tempo, correu pela Internet uma corrente manifestando o problema envolvendo latinhas de bebidas e Leptospirose.

O quando de verdade existe neste fato?
Teoricamente pode ocorrer, uma bactéria Leptospira interrogans, causadora da doença. Pode sobreviver, em condições ótimas, por 6 meses fora de seu hospedeiro, o rato.

Quando este roedor urinar sobre as latas , o que pode acontecer tendo em vista as práticas não muito adequadas de estocagem destes produtos , a bactéria fica na superfície. O contato da latinha contaminada com a mucosa bucal , e não é necessário um prévio corte no lábio ou a existência de uma cárie não bem cuidada, permite a penetração da bactéria ocasionando a Leptospirose. As manifestações iniciais são febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios. Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia são frequentes, podendo levar à desidratação. É comum que os olhos fiquem acentuadamente avermelhados e alguns doentes podem apresentar tosse e faringite. Após dois ou três dias de aparente melhora, os sintomas podem ressurgir, ainda que menos intensamente. Nesta fase é comum o aparecimento manchas avermelhadas no corpo (exantema) e pode ocorrer meningite, que em geral tem boa evolução. A maioria das pessoas melhora em quatro a sete dias.

A forma grave da leptospirose é denominada doença de Weil. A evolução para a morte pode ocorrer em cerca de 10% das formas graves.

Os cuidados neste caso, seriam ou a prévia lavagem das latas com água corrente ou então, consumo com canudos  (o que não dá para fazer com cervejas).

Importante, devemos dar um nó nos canudos a amassar os copos descartáveis pois, ainda existe a  prática do reaproveitamento destes matérias  por parte de alguns ambulantes não idôneos.

CAMARÃO
O camarão é rico no aminoácido histidina que, ao ser deteriorado por bactérias, como no caso de refrigeração não adequada ou camarão velho, pode dar origem a histamina, substância que pode levar a processos semelhantes a alergia com sudorese, aumento do calor do corpo, manchas avermelhadas no corpo (sobretudo costas e rosto) e podendo levar até a problemas mais sérios como edema de glote. O tratamento seria a aplicação de anti-alérgicos e término do dia de lazer.
O que fazer ?

Observe o camarão antes de fritar. Qualquer alteração ou dúvida, não coma.
A casca do camarão deve sair por inteira e facilmente, estando grudada na carne, também não devemos ingerir.

PASTEL
Quer um pastel? Tem de queijo, carne, pizza, palmito, entre outras invenções dignas da mais pura alquimia. O que temos que observar?
Em primeiro lugar a higiene geral do local, manipuladores, carrinhos e, principalmente se os pastéis estão em local refrigerado (e se a caixa térmica usada está limpa também), as condições do óleo utilizado deve ser aquecido a temperatura não superior a 180ºC (cento e oitenta graus Celsius), é claro que você não vai levar um termômetro para medir a temperatura do óleo, mas algumas características poder ser observadas  como se o óleo é substituído imediatamente sempre que houver alteração evidente das características físico-químicas ou sensoriais, tais como aroma e sabor, e formação intensa de espuma e fumaça.

Não esqueça também que, areia não é ingrediente de pastel nem daria para fazer pastel a milanesa com areia, isto é, se o pastel do menino ou menina cair no chão, tem que ser jogado fora, não pode tentar retirar a areia com uns tapas nele ou assoprando, aí é pior então.

RASPADINHA

Trata-se de gelo moído com xarope adocicado imitando a frutas, algumas vezes adicionado de leite condensado e castanhas picadas, chocolate granulado, paçoca de amendoim ou mesmo amendoim picado.
Quantas vezes estamos deitados confortavelmente em nossas cadeiras de praia olhando o mar ou a praia ou mesmo distraídos lendo alguma coisa ou conversando com os amigos, quando uma criança vem perto e começa a pedir
Quero raspadinha...
Como está calor e gelo é água, por que não?

Temos que lembrar o seguinte:
Crianças são consideradas grupos de risco, pois apresentam baixa resistência.
Gelo direcionado para consumo humano é obrigatório que seja produzido com água potável, como no caso daquele gelo que compramos em sacos que vem na forma de cubos.
O gelo vendido em barra, geralmente é direcionado, somente, para a refrigeração e, como tal, muitas vezes não é obrigatório que seja produzido com água potável.
Bactérias não morrem no congelamento, isto é, se a água utilizada estava contaminada o gelo também vai estar.

Temos que observar alguns itens, antes da compra, como:
Condições de higiene do carrinho.
Condições de higiene do manipulador.
Condições de higiene do gelo (inclusive se ele está apoiado sobre um pano e qual a condição dele).
Condições dos xaropes.
Perguntar qual a procedência do gelo.
O leite condensado não pode estar diretamente na lata, tem que estar num recipiente plástico tipo bisnaga, limpo.
Observar também se não existe contato da mão do manipulador que empurrou o carrinho, pegou dinheiro, pegou vários objetos, etc, com o produto que você está comprando. Pode não parecer mas, se você não observar todos estes itens o risco é muito grande.


ÁGUA DE COCO

Aquele calor, nada como um produto chamado “soro natural”. Que risco poderia ter em tomar água de coco? Ela não está estéril (sem microrganismos), dentro do coco?
Sim, sem dúvida, qualquer presença de bactéria iria alterar o produto, tornando a água com característica azeda.
O problema está, principalmente nos canudos.Infelizmente, mesmo sendo poucos, existem alguns ambulantes que teimam em reutilizar canudos.
Isso mesmo, pegam os canudos já utilizados, no lixo, em boas condições, deixam um pouco no sol para secar e volta para o canudeiro. Isto pode trazer surpresas não agradáveis como herpes labial, candidíase bucal (Cândida albicans), problemas com cárie (Streptococcus mutans), gastrites e úlceras (Helicobacter pylori). Para evitar que isto ocorra, sempre amasse copos descartáveis e dê um nó, bem forte, no canudo, antes de jogar fora.

SANDUICHES NATURAIS

Praia, mar, sol, natureza, tudo combina. Na hora da fome, para não modificar o clima, não pode faltar um sanduíche natural. O que não podemos esquecer é que bactérias também são naturais. Os ingredientes destes alimentos são conservados sob-refrigeração, pois são perecíveis.
O que temos que observar:
Condições gerais de higiene do vendedor.
Condições de higiene da caixa térmica utilizada para transporte.
Impossibilidade do contato manual direto do manipulador com os produtos que ele está vendendo.
Embalagem dos sanduíches.
Rotulagem (nome do produto, ingredientes usados, data de fabricação e validade) e o mais importante, temperatura do produto, tem que estar frio, não tem acordo, se não estiver em uma temperatura baixa, não compre, se não pode pegar uma Doença Alimentar Natural, como diarréia, vômitos, entre outros sintomas.

“Pergunte também, onde o sanduíche foi feito, quem faz, quais os ingredientes que são usados, onde são comprados, se é usada  maionese caseira ou industrial e como são produzidos. Ótima praia”, finaliza Dr. Bactéria.

 

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