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terça-feira, 12 de julho de 2022

Para não perder clientes em um clique, empresas traçam estratégias humanizadas e escalam negócios

Especialistas abordaram desafios e tendências do atendimento ao cliente
Créditos: Diego Simas/Divulgação
 Relacionamento com consumidores demanda atendimento omnichannel, experiências ágeis e personalizadas



Mais de um terço dos consumidores consideram a possibilidade de romper com uma marca depois de uma experiência ruim. A pesquisa da Sitel Group mostra que oferecer bons produtos já não é mais suficiente para deixar o consumidor feliz. Num mercado altamente competitivo e dinâmico, as empresas precisam melhorar cada vez mais o relacionamento com os clientes. Mas as formas de garantir a atração e a retenção mudaram radicalmente. O público demanda atendimento omnichannel e experiências humanizadas.

"Colocar o consumidor no centro é determinante para que empresas obtenham o crescimento de seus negócios de forma sustentável. Mas, para garantir a satisfação do consumidor, é preciso dar um passo atrás e conhecê-lo." É o que defendeu a CEO da Customer Centric Consulting, Euriale Voudela, durante o painel sobre omnichannel, realizado no Viasoft Connect 2022 e promovido pela Nexcore. "Quanto mais insights do comportamento do consumidor, mais ofertas agregativas são possíveis", complementou.

Entre as companhias que mais crescem no mundo, 80% investem na melhoria da experiência do cliente com base em dados. O percentual é de uma pesquisa da consultoria Gartner que concluiu: atrair e reter clientes é crucial para a estabilidade da empresa no longo prazo. Para isso, especialistas acreditam ser importante aplicar analytics a partir de uma base robusta de dados dos consumidores, os atuais e os novos em potencial. "A tecnologia tem papel fundamental para identificar o perfil e analisar sentimentos do consumidor", explicou Euriale.

Num ambiente em que a experiência do cliente deve ser cada vez mais valorizada, o atendimento é uma área que precisa ser tratada de forma estratégica. Para o CTO da Wiser Educação, Marlon Oliveira, o poder de decisão na mão do cliente torna a experiência de compra única e traz fidelização. "Temos que ir onde o cliente está. Esses canais precisam ser alcançados e explorados da melhor forma", afirmou.

Solução é ser omnichannel 

"Omnichannel não é multi, é uma experiência fluída", esclareceu o head de Marketing e Inovação do Grupo Lume, Alexandre Conte, durante a roda de conversa sobre o tema. Para ele, não basta só ter um preço melhor que seu concorrente, é necessário oferecer um atendimento que acompanhe as tendências e novas tecnologias. "A hora agora é do metaverso. Mas, mais do que estar no metaverso, é preciso usá-lo como meio de atendimento e interação, de forma integrada com todos os outros meios."

Quem já adotou o omnichannel, saiu na frente. Pois, para atingir as expectativas do consumidor é preciso atendê-lo de forma ágil, objetiva e o principal: no canal que ele preferir. É essencial estar presente em diversos meios - além de ligação telefônica e e-mail, também outros como WhatsApp, Facebook e Telegram. Mas essa disponibilidade precisa ser humanizada. Dentro desse movimento, a Anatel tem fechado o cerco contra as robocalls - ligações automáticas originadas por robôs-, e passou a considerar que elas fazem mau uso dos serviços de telecomunicações. Agora, as empresas que fizerem mais de 100 mil chamadas por dia, com duração inferior a 3 segundos, terão o serviço suspenso e poderão receber uma multa de até R$ 50 milhões.

O fato é que o cliente está com o controle na mão e, com apenas um clique, pode trocar de marca. Para o produtor de eventos e empreendedor, Pepo Fernando, isso eleva a importância de se investir na qualidade da interação com o cliente em todos os pontos de contato, incluindo as lojas físicas. Mais do que nunca, é preciso criar uma marca com conceito e identidade persuasivos, que mexam com as emoções dos consumidores e deem a sensação de pertencimento. "Quem se emociona, consome mais. O pico da emoção precisa ser desenhado para entregar uma experiência maravilhosa ao cliente", argumentou Pepo.

Com o mundo em constante mudança, o omnichannel surge para auxiliar as empresas nos pontos que envolvem não só a tecnologia, mas também o comportamento de consumo. Segundo o CEO da Nexcore, Ricardo Zanlorenzi, a melhor maneira do usuário ter uma ótima experiência é personalizando os canais de comunicação com as características da corporação. “O grande diferencial do omnichannel é que a integração faz com que os canais sejam amplos, possibilitando a personalização e identificando os principais problemas para que sejam solucionados pelo software”, finaliza. 

 

Nexcore

www.nexcore.com.br


Brasil é o 1º país no ranking mundial em que os influencers são mais relevantes para decisão de compr

Foto: Unsplash
Mais de 43% dos brasileiros já realizaram uma compra influenciado por uma celebridade ou influencer


Com a pandemia, o uso das redes sociais aumentou significativamente. Este crescimento do número de usuários, auxiliou no aumento expressivo do número de influencers - pessoas que agregam até milhões de seguidores através da produção de conteúdo nas redes sociais.

Além da produção de conteúdo, muitos utilizam das redes sociais para divulgar marcas e produtos, seja recebendo um patrocínio por trás ou por uma pura recomendação autêntica.

Ao analisar a população de todos de países, todos informam que são influenciados em algum grau após ser impactada por estas recomendações.

Porém, no caso do Brasil, este número é ainda maior. O país é o primeiro no ranking mundial em que os influencers são mais relevantes para a decisão de compra online.

É o que releva um estudo da plataforma de cupons CupomValido.com.br com dados da Statista e HootSuite sobre o poder dos influencers.

Mais de 43% da população brasileira já realizou uma compra influenciado por uma celebridade ou influencer, uma taxa significativamente maior que outros países, como 17% no caso dos Estados Unidos.


A influência dos Influencers

O Brasil segue disparado na primeira colocação, onde 43% da população já realizou uma compra com base num influencer.

A China está em segundo lugar, com 34%. O país é onde foi criado a rede social que mais cresce atualmente, o TikTok. Os chineses são os pioneiros no chamado social commerce e live commerce, onde os influencers realizam divulgações e lives nas plataformas das redes sociais para divulgações de lojas e produtos.

Em terceira posição no ranking mundial, está a Índia com 33%.

De uma maneira geral, todos os países tiveram um crescimento da recomendação da compra por influencers, com destaques para países como: Rússia, Brasil, Índia e Alemanha.


Brasil em ascensão no uso das redes sociais

Apesar do Brasil ter uma das menores renda per capita, ao comparar com a penetração do uso de internet e das redes sociais, o país segue na liderança, na frente até de muitos países desenvolvidos.

No Brasil, são mais de 150 milhões de usuários de redes sociais, e a taxa de usuários pelo total de habitantes é de 70,3%, uma das maiores dentre todos os países do mundo.

Na média, os brasileiros gastam 3 horas e 42 minutos por dia nas redes sociais, o que faz o Brasil o 3º país que mais utiliza redes sociais do mundo - somente atrás da Filipinas e Colômbia.

O Brasil também se destaca como o 2º país que mais usa o WhatsApp do mundo, o 3º país que mais utiliza o Instagram, e o 4º país do mundo que mais utiliza o Facebook.


Fonte: Statista, CupomValido.com.br, HootSuite


Estação Capão Redondo recebe biblioteca itinerante

Projeto móvel de incentivo à leitura estará disponível ao público em várias datas ao longo do ano, com oferta de livros e outras atrações


Biblioteca volante oferece livros e diversas outras atividades ao público da estação e seu entorno 


Na próxima quinta-feira, dia 14, a BiblioSesc - biblioteca móvel do Sesc - estará mais uma vez na Estação Capão Redondo de metrô. O projeto teve início em fevereiro e se estende ao longo deste ano, até dezembro. A iniciativa, firmada em parceria com a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás, busca incentivar a prática da leitura em todas as idades, além de aproximar a comunidade da literatura regional, nacional e estrangeira, por meio de quadrinhos e outros gêneros. 

A BiblioSesc integra um projeto de estímulo à leitura que oferece, gratuitamente, o empréstimo e consulta de livros. As bibliotecas móveis possuem mais de 3 mil livros em seu acervo e atendem às regiões de Campo Limpo, Interlagos, Itaquera, Osasco, Santana e São Caetano. 

Para Vicente José de Campos Rebustini, morador da região e frequentador assíduo do projeto, a biblioteca é uma ferramenta para ele se manter sempre atualizado. “Sempre gostei muito de ler, e este evento do Sesc na estação Capão Redondo é gratificante porque dá a oportunidade para todos da região aperfeiçoarem seus conhecimentos, tanto com leituras amenas, como com conteúdos técnicos.” 

Para ter acesso aos livros, basta se inscrever, mediante apresentação de um documento de identidade e comprovante de residência. Além da possibilidade de retirar livros, o programa oferece ao público outras atividades, como encontros com escritores, oficinas diversas, narração de histórias e intervenções artísticas, como parte das ações de fomento à leitura do Sesc São Paulo. 

“Mais do que um lugar de passagem, nossas estações são um ponto de encontro com a cultura, em suas diversas manifestações. As atividades que propomos buscam sempre dialogar e interagir com nossos passageiros”, diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaMobilidade.

Serviço:

BiblioSesc -- Estação Capão Redondo - Linha 5-Lilás

Horário: das 10h às 16h

 

Datas:

• 14 e 28 de julho

• 11 e 25 de agosto

• 8 e 22 de setembro

• 6 e 20 de outubro

• 3 e 17 de novembro

• 1 e 15 de dezembro


Primeiro Emprego

 Processo seletivo para o curso da Plataforma PROA está aberto até 26 de julho

 

Região central do estado de São Paulo está entre as que tiveram mais jovens capacitados na última turma
Divulgação

Está em busca do primeiro emprego e não sabe por onde começar? O Instituto PROA está com as inscrições abertas para sua preparação on-line e gratuita para o mercado de trabalho, a Plataforma PROA. São 2,5 mil vagas dirigidas a jovens de 17 a 22 anos do estado de São Paulo que concluíram o Ensino Médio em escolas públicas. Na última turma, as cidades de Araraquara, São Carlos e Jaú estão entre as que tiveram mais jovens capacitados. 

O processo seletivo para o curso da Plataforma PROA está aberto até 26 de julho. Para participar, é necessário realizar a inscrição no site e realizar os testes de língua portuguesa, matemática e análise comportamental, além de enviar um áudio sobre os motivos para querer entrar no projeto. As aulas on-line terão início em 01 de agosto. 

O curso tem 100 horas e é dividido em cinco módulos, que preparam os alunos para definirem metas profissionais e realizarem boas entrevistas de emprego. Os temas são: auto conhecimento, planejamento de carreira, projeto profissional, raciocínio lógico e comunicação. São 7h30 de aulas por semana, cerca de 1h30 por dia, além de encontros mediados por tutores. 

Os jovens podem optar por cursar um 6º módulo com uma Trilha Técnica específica. São seis carreiras à escolha, patrocinadas por grandes empresas, com 50 horas de preparação para cada: Análise de Dados (patrocinado pelo iFood), Varejo (Via - Fundação Casas Bahia), Administração (P&G), Logística (P&G), UX Design (Accenture) e Promoção de Marcas (BRF). 

Ao final do curso, os participantes recebem certificado de conclusão e acesso a vagas de emprego disponíveis no mercado. Ao longo de 2021 e no primeiro semestre de 2022, a Plataforma PROA formou milhares de jovens e inseriu muitos deles no mercado de trabalho. 

 Stefany Oliveira, ex-aluna do projeto e graduanda de Nutrição, elogia a iniciativa: “Foi uma experiência importante. Houve atividades para pesquisar cursos e reformular ideias para o futuro, o que fez com que hoje eu tivesse um planejamento melhor para a minha carreira. Agora, tenho uma noção mais clara do que quero fazer depois da faculdade e me sinto mais preparada para o mercado de trabalho”.  

“Todo nosso esforço e dedicação é para criar oportunidades de emprego para os jovens. Sabemos o quanto esse público sofre com a falta de qualificação profissional e o quanto isso reflete no primeiro emprego. Queremos ser o apoio nessa fase tão importante do início da vida adulta, qualificando, desenvolvendo e oferecendo oportunidades reais. Esse é o nosso comprometimento”, afirma Alini Dal’Magro, CEO do Instituto PROA.

 

Sobre o Instituto PROA

O Instituto PROA foi fundado em 2007 com o objetivo de auxiliar jovens de baixa renda a ingressarem no mercado de trabalho, dividindo conhecimentos sobre carreiras, planejamento, autoconhecimento para vocações e comunicação. Desde então, já formou mais de 9.500 alunos com seus dois principais projetos, Plataforma PROA – preparação para o primeiro emprego – e PROPROFISSÃO – curso de programação para quem deseja ser um Desenvolvedor Java Junior. Atualmente, o projeto atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

https://www.proa.org.br/ 

 

Serviço – Plataforma PROA

Processo seletivo para a Plataforma PROA: até 26 de julho

Inscrições: através do site https://plataforma.proa.org.br/ 

Requisitos: 

- Ter entre 17 e 22 anos;

- Morar no estado de São Paulo

- Estar cursando ou ter concluído o 3º ano do Ensino Médio em escola pública.

Vagas para o estado de São Paulo: 2.500

 

Inspiração do Vale do Silício: as 6 principais tendências de inovação educacional

Equipe que realizou a Missão Vale do Silício
Arquivo pessoal
+A Educação e Instituto Caldeira visitaram as bigtechs Google, IBM, Zendesk, Amazon e Salesforce; as aceleradoras OneValley e Plug and Play; além das universidades de Stanford e Berkeley e trazem tendência de inovação que podem ser aplicadas na educação

 

Com o objetivo de fomentar e acelerar a inovação gerando conexões e oportunidades de negócios com bigtechs globais, foi realizada entre os dias 5 e 10 de junho uma missão ao Vale do Silício, berço das maiores empresas de tecnologia do mundo, na Califórnia, EUA. O grupo de representantes de empresas do Rio Grande do Sul visitou as bigtechs Google, IBM, Zendesk, Amazon e Salesforce; as aceleradoras One Valley e Plug and Play; além das universidades de Stanford e Berkeley. A iniciativa é do Instituto Caldeira, entidade sem fins lucrativos de fomento ao ecossistema de inovação do estado, juntamente com a +A Educação, maior edtech para ensino superior e profissional da América Latina e uma das empresas fundadoras do instituto.

De acordo com Jackson Fernandes, gerente executivo de tecnologia e inovação da +A Educação, conhecer mais sobre a cultura das bigtechs, como se organizam e como estão se destacando auxilia nas práticas de inovação no Brasil, principalmente na área da educação. “A visita nos permitiu entender para onde estão olhando e o que valorizam; sobretudo no que diz respeito ao foco na experiência do cliente, segurança da informação, cultura horizontal; soft skills de liderança, assumir riscos e, por fim, a web 3.”

O diretor executivo do Instituto Caldeira, Pedro Valério, corrobora os apontamentos de Jackson e explica que a prerrogativa essencial que norteia o Vale do Silício é a colaboração, mesmo em um ambiente competitivo e que representa 34% do Venture Capital global. “Além da abundância de investimentos, observamos o foco absoluto na experiência do cliente, com a intenção genuína de identificar as suas dores, o que torna o polo tecnológico tão pujante na criação de novos negócios”, conta.

Na “Missão Vale do Silício” os executivos também visitaram as universidades de Stanford e Berkeley, berço dos líderes globais e instituições propulsoras de profissionais voltados para inovação e experienciaram a atmosfera de um ecossistema que valoriza e ambiciona estar efetivamente na liderança global da formação. “Percebemos que o ciclo da educação é retroalimentado: a universidade gera profissionais de alta competência para a sociedade e para o mercado e esses executivos criam corporações que, por sua vez, precisam de mais pessoas qualificadas”, explica Fernandes. Valério complementa: “O segundo ponto relevante foi uma conversa com o professor de Berkeley, Naeem Zafar, que trouxe uma perspectiva rica sobre os elementos que irão nortear a educação para os próximos anos”.

Durante a viagem ao Vale do Silício foi firmada parceria com a Salesforce com um programa de formação e capacitação para profissionais do Campus Caldeira, criando empregabilidade para jovens utilizarem essa plataforma dentro das empresas da comunidade do Instituto. Também estão sendo negociadas parcerias com as empresas OneValley e Plug and Play.

A iniciativa compõe uma série de visitas nacionais e internacionais a polos tecnológicos, aproximando empresários e empreendedores e oferecendo insights para que as empresas do Rio Grande do Sul sejam mais competitivas. A próxima missão será em Israel, ainda no segundo semestre de 2022. Também estão previstas viagens a São Paulo, Recife e Paraná. Em 2019 a Missão visitou a China.


6 principais tendências de inovação educacional

1 – Metaverso e educação reinventada:  a adaptação à pandemia acelerou o desenvolvimento de tecnologias educacionais com explosão de startups para atender as novas demandas. A classe educacional também ganha o papel de facilitadora do aprendizado, não apenas centralizando o conhecimento, mas usando múltiplas plataformas para promover uma experiência completa, com a sociedade, cada vez mais conectada com o conceito de lifelong learning. Com o crescimento da demanda por ensino híbrido, o desafio é proporcionar uma experiência integrada e imersiva e o metaverso é uma das ferramentas aliado ao uso de tecnologias como realidade virtual, aumentada, entre outras. No Vale do Silício, a tecnologia já está em estágio avançado com integração entre metaversos.


 2 – NFT e blockchain: as pessoas começam a ter domínio autoral dos conteúdos que produzem na web. A mudança deve fortalecer os produtores de conteúdo, mas também impactará a disseminação desses materiais. Esse item terá alto impacto na área da educação, onde grandes grupos já vislumbram mudanças e instituições privadas já começaram a criar plataformas e formatos.


3 – Web 3: a próxima revolução da internet se dará com a gestão descentralizada, trazendo ao usuário o controle sobre seu uso e melhorando a segurança de dados. Nesse contexto, espera-se também a descentralização do conhecimento com impacto na criação de novas instituições e cursos.


4 – Inteligência artificial (IA) e mudança no mercado de trabalho: o medo que existe hoje de perder posições operacionais para a IA perderá sentido com a substituição de atividades primárias por novos postos de trabalho, relacionados com a tecnologia. Com a população ficando cada vez mais longeva, o cenário de escassez de mão de obra se impõe e cria-se a necessidade de formar indivíduos em robótica e engenharia de software, por exemplo. O “boom” do ensino híbrido também estimula a aplicação da inteligência artificial dentro das salas de aula.


5 - “S” de ESG: soft skills para a liderança também estão na mira das universidades, com perfil de gestores facilitadores, coach, preocupado com o bem-estar das equipes, sem deixar de lado as habilidades técnicas. Foco em times menores com reforço da cultura horizontal e avaliação da capacidade cognitiva no recrutamento com “match” com a cultura organizacional é crescente nas empresas do Vale.


6 – Assumir riscos: Estimular a tomada de risco calculado é uma tendência, já que bons produtos e serviços foram criados com base em falhas. Inovar é investimento, não custo. Quem não entender isso estará fora do jogo, incluindo as instituições de ensino.

 

 Sobre a +A Educação

A +A Educação é o único ecossistema de educação do país que integra soluções em conteúdo, tecnologia e serviços com propósito de expandir os horizontes do conhecimento. Está presente em mais de mil instituições de ensino, contribuindo para impactar mais de 5 milhões de estudantes. Fundada em 1973 por Henrique Kiperman em Porto Alegre (RS), a empresa iniciou sua trajetória como uma livraria especializada em saúde e depois se tornou a editora referência em publicações científicas, técnicas e profissionais, tendo publicado mais de 4 mil livros. Além disso, a +A Educação investe em tecnologia para oferecer educação continuada para profissionais de saúde, e atua como parceira estratégica de instituições de ensino superior, hospitais e operadoras de saúde, viabilizando sua transformação digital.  


 

 

 

Para ampliar a empregabilidade entre os jovens, é necessária a mobilização do setor privado

Além de programas governamentais, como o Jovem Aprendiz, é importante reforçar o papel de parcerias entre instituições privadas e do terceiro setor para auxiliar essa camada da população, que está entre as mais afetadas pelo desemprego


Recentemente, a Câmara dos Deputados se reuniu para analisar o Estatuto do Aprendiz, Projeto de Lei 6461/19, que estabelece condições sobre contratos de trabalho, cotas nas empresas, formação profissional e direitos do Jovem Aprendiz. Esse novo marco legal para trabalho e capacitação de jovens entre 14 e 24 anos pode aumentar a empregabilidade das pessoas nessa faixa, que historicamente estão entre as mais afetadas pelo desemprego no Brasil.

No entanto, alguns pontos da legislação ainda geram divergências, como é o caso da cota mínima de 5% para contratação de aprendizes. Enquanto algumas empresas demandam mão de obra altamente especializada ou trabalhos insalubres, inadequados para profissionais inexperientes, outras já ultrapassam essa cota por tradicionalmente empregarem os mais jovens, como acontece no setor de telemarketing.

Outro fator importante é a remuneração, que em alguns casos pode ser mais atraente em vagas que não se enquadram no programa, mas que exigem maior qualificação dos candidatos. Com crise econômica e baixa oferta de novas colocações no mercado, os jovens ficam para trás quando precisam concorrer com candidatos mais experientes e com maior escolaridade.

De acordo com o último levantamento do IBGE, a taxa de desocupação entre adolescentes de 14 a 17 anos é de 39%, diante de 23% na faixa de 18 a 24 anos. Para amenizar esse problema social, é preciso mais do que programas governamentais para empregabilidade e ensino técnico. A mobilização do setor privado e de ONGs é necessária para que haja maior oferta de cursos voltados ao mercado e postos de trabalho destinados a esses públicos.


Mobilização do empresariado 

Um exemplo de sucesso nesse sentido é o Instituto PROA, que, por meio de cursos preparatórios para o primeiro emprego e parcerias com empresas empregadoras, já inseriu milhares de jovens no mercado de trabalho. “Mais de 9.500 jovens já passaram pelos nossos cursos profissionalizantes ao longo de 15 anos, com uma taxa de empregabilidade de 85% em até 6 meses pós-curso. Com o projeto PROPROFISSÃO, são mais de 1.100 jovens trabalhando e empregados nos últimos 3 anos. Já com a Plataforma PROA, em 10 meses após a formação da primeira turma já temos 972 jovens trabalhando, em breve chegaremos a mil”, afirma Alini Dal’Magro, CEO da organização.

De acordo com a gestora, a parceria entre institutos educacionais e empresas é fundamental para que esses esforços gerem bons resultados. “O engajamento de empresas é muito importante, principalmente aquelas que destinam vagas exclusivas para os jovens e oferecem reais oportunidades para que continuem no processo de desenvolvimento e construção da carreira. Por isso, precisamos sempre expandir nossa rede de relacionamento com organizações que possuam, em suas agendas, pautas voltadas para a transformação e inclusão social de jovens de baixa renda no mercado de trabalho”, reforça.

“Muitas empresas recrutam funcionários que nem sempre são os mais preparados para as posições, por não possuírem alguns requisitos básicos. O nosso papel é suprir essa demanda, por meio de treinamentos gratuitos”, explica Alini. “As empresas, de forma geral, reconhecem o trabalho da instituição e sabem da importância de projetos como o PROA como porta de entrada. Quem está na linha de frente do recrutamento sabe das dificuldades para contratar profissionais que entendam os códigos corporativos a serem seguidos, tanto em uma entrevista, como após a aprovação dos processos seletivos e tarefas iniciais”.


Desenvolver os talentos

De acordo com a agência de notícias da Câmara dos Deputados, as oportunidades para os profissionais menos experientes ainda se concentram em determinados setores, como o de serviços por telefone, que tem 63% de jovens entre os contratados. Essa taxa é bem previsível, já que mesmo o ensino regular incentiva as habilidades de comunicação desde cedo, e essas podem ser aperfeiçoadas em treinamentos oferecidos pelas empresas.

Os jovens que se identificam com outras áreas podem demorar mais na inserção ao mercado, buscando ensino técnico e graduações. No entanto, as parcerias entre ONGs e empresas podem agilizar esse processo de busca pela primeira experiência.

Programas como a Plataforma PROA, por exemplo, incluem treinamentos técnicos patrocinados. O projeto inclui 6 carreiras à escolha do aluno, com 50 horas de preparação para cada: Análise de Dados (patrocinado pelo iFood), Varejo (Via - Fundação Casas Bahia), Administração (P&G), Logística (P&G), UX Design (Accenture) e Promoção de Marcas (BRF).


Demandas do mercado

Enquanto muitos setores sofrem com a crise econômica, a área de tecnologia de informação apresenta uma oferta crescente de postos de trabalho. “Segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais - Brasscom, teremos um apagão de talentos no Brasil nos próximos anos, fato que já é sentido de forma bem latente pelas empresas –o que ficou ainda mais acentuado após a pandemia, com os processos acelerados de transformação digital nas organizações. Considerando que as taxas de desemprego crescem de forma expressiva, ano após ano, fica claro que não há mão de obra especializada para atender a demanda de mercado”, analisa a especialista.

Para estimular os jovens a conhecerem melhor essa área tão promissora, é importante que também haja oferta de cursos técnicos de programação. “No PROPROFISSÃO, nosso curso de tecnologia, podemos afirmar que há certamente um grande gargalo de profissionais de tecnologia no mercado de forma geral. Entretanto, as empresas possuem um nível de exigência e senioridade na contratação em cargos iniciais, que nem sempre as formações profissionalizantes são capazes de suprir”. 

Além de colaborarem com a oferta de vagas, as empresas devem ter a consciência de seu papel no aprendizado dos jovens funcionários, principalmente quando se trata de primeiro emprego. Nesse sentido, o planejamento conjunto com as instituições de ensino é um modelo ideal. “Nós reforçamos o papel das empresas no processo de formação e amadurecimento do profissional recém-formado, alinhando que haverá competências técnicas que deverão ser trabalhadas pelas companhias com treinamentos, disponibilização de cursos extras, programas como ‘shadow’, por exemplo, e muitas outras frentes que podem contribuir para essa evolução”, ressalta Alini.

 

Alini Dal’Magro - mestra em Empreendedorismo pela Universidade de São Paulo – USP, possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Apresenta experiências acadêmicas na Universidad Nacional del Litoral – UNL (Argentina) e na Western University – Ontário (Canadá). Atuou como Head da Unidade de negócios de ensino técnico na Somos Educação e PMO responsável pela fusão da Saraiva Educação. Foi diretora de consultoria e cursos on-line do Instituto Singularidades. Tem experiência com novos negócios, concepção e desenvolvimento de cursos on-line, liderança de equipes multidisciplinares, consultoria, transformação digital e estruturação de empresas. Atualmente é CEO do Instituto PROA e Top Voice no LinkedIn.

https://www.proa.org.br/

 

Imóveis encolhem na metragem para caberem no bolso do consumidor


Muitas pessoas que têm o sonho de adquirir a casa própria encontram desafios como o alto custo do metro quadrado. Sendo assim, uma tendência do mercado imobiliário tem sido proporcionar opções para esse público, com apartamentos com áreas privativas diminutas, porém economicamente mais acessíveis.

Segundo dados do Secovi-SP, sindicato do setor, na última década o tamanho médio dos apartamentos em São Paulo reduziu 27% e a procura por compactos de até 45m² é a mais popular.

Murilo Marchesini, CEO da Verticale Desenvolvimento Imobiliário, empresa sediada em Jundiaí - SP, com mais de 50 anos de tradição, explica que o setor já vem se adaptando ao perfil de cliente que prefere pequenas propriedades e áreas de lazer e espaços de uso compartilhado mais completos, com preços que cabem no bolso.

“A partir do aumento abrupto do custo de obra e taxa de juros, bem como, a queda da renda pós pandemia, o mercado imobiliário vem se adaptando a nova relação entre o valor dos imóveis e o poder de compra dos clientes. Uma das estratégias mais utilizadas vem sendo a busca por plantas mais compactas e eficientes, priorizando áreas de lazer e uso compartilhado mais completas. Sendo assim, o cliente paga um valor inferior pelo apartamento se adaptando a nova realidade e a partir da economia compartilhada, dilui o custo das áreas de uso comum com os demais condôminos. ”, comenta.


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Bolas de pelos, como ajudar o seu felino a lidar com elas?

A eliminação das bolas de pelos tem uma frequência ideal para acontecer e pode gerar um certo incômodo para os gatos e para os tutores


Conhecidos pela sua higiene exemplar, os gatos realizam sua limpeza pessoal utilizando a própria língua, que é composta por papilas gustativas pontudas com o poder de atuar como um pente.  Enquanto os gatos se lambem, os pelos soltos são puxados por estas papilas e muitas por vezes acabam sendo ingeridos. Quando estes pelos não são digeridos, eles formam as famosas bolas de pelos, também conhecidas como Tricobezoar.

As bolas de pelos são compostas por pelos, saliva, suco gástrico e em algumas vezes por restos de comida. Sua eliminação é esperada, seja por meio de vômito ou pelas fezes, e a frequência de vômito das bolas de pelos considerada comum e saudável pelos médicos veterinários é de 1-2 vezes ao mês, mas se tornam mais frequentes nas épocas em que ocorre maior troca de pelos, como outono e primavera.

“De forma geral, o felino é capaz de expelir a bola de pelos sem precisar de ajuda, mas a cena pode gerar algum desconforto no tutor, especialmente pelos animais que tem um pouco mais dificuldade neste momento e aparentam estar engasgando”, explica Andrea Nagata, médica veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

Quem já presenciou o evento sabe que pode realmente não ser muito agradável aos espectadores. Ainda assim, existem animais que não conseguem eliminar as bolas de pelos com facilidade e elas podem promover sérios problemas de saúde.

“Um animal que não elimina bola de pelo nem por meio do vômito e nem por meio das fezes vai apresentar fraqueza e apatia, prisão de ventre, vômitos líquidos e regurgitações frequentes. Animais com mais de dois dias de sintomas assim devem ser encaminhados ao veterinário e, em alguns casos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para a remoção da bola de pelos”, Andrea conta.

Existem algumas maneiras de prevenir problemas com as bolas de pelos com eficácia, que vão desde a escovação frequente do animal, eliminando parte dos pelos mortos, até a possibilidade de facilitar a digestão das mesmas pelo pet, como é o caso do extrato de malte, produto de origem natural que melhora a digestão e o trânsito gastrointestinal dos felinos.

“O extrato de malte gera um efeito estimulador do sistema digestivo do felino, ajudando a eliminar as bolas de pelos de forma natural através das fezes, sem gerar desconforto para o pet, e quando é fornecido com uma certa frequência para os felinos ajuda a prevenir problemas como obstrução gástrica ou intestinal pela presença do tricobezoar”, elucida Andrea.

Preocupada com o bem-estar dos felinos e buscando desenvolver soluções que agreguem na rotina do médico veterinário, a Avert lança o HBFel, suplemento alimentar composto por extrato de malte e cistina, que tem como objetivo auxiliar na eliminação das bolas de pelos de forma natural e sem estresse.

“Fizemos o HBFel com uma formulação altamente palatável, o que facilita a ingestão espontânea pelo pet. Sugerimos que durante os primeiro 15 dias, ele seja fornecido diariamente, e depois disso uma vez por semana ou a critério do médico veterinário”, finaliza.

 

 

Avert Saúde Animal

www.avertsaudeanimal.com.br


Como funciona a memória dos cães

Leandro Mendes, adestrador e comportamentalista, responde esta dúvida e explica quais são os principais sentidos que aguçam a memória dos cachorros


Os cachorros, apesar de irracionais, são muito inteligentes e vivem surpreendendo seus tutores com seu comportamento, já que são capazes de aprender vários comandos e algumas vezes parecem nos entender melhor do que outras pessoas. Por isso, é muito comum surgir dúvidas sobre como funciona a memória dos cães.

Leandro Mendes, especialista em comportamento canino, explica que realmente a memória dos cachorros é muito boa. “Isso é muito fácil de perceber. Na internet tem muitos vídeos fofos com a reação do pet quando reencontra o seu tutor, geralmente eles fazem festa e choram de felicidade. Essa atitude mostra a habilidade que os cães possuem de recordar as coisas”.  

O adestrador ressalta que o primeiro sentido que faz com que o cachorro se lembre, é o olfato. O cão possui um sistema olfativo milhares de vezes melhor do que o dos seres humanos e é capaz de detectar e identificar as moléculas de odor que estão constantemente voando e impregnado em pessoas e objetos. A visão e a audição se revezam como o segundo sentido mais importante para a memória canina.      

“Os cães não ficam revivendo o passado ou pensando no futuro, os gatilhos olfativos, auditivos e visuais são o que faz ele lembrar de alguma coisa que é comum, interessante ou até mesmo fatos impactantes de forma positiva ou negativa em sua vida. Um exemplo, é quando ao longo do dia o cachorro destrói algum objeto dentro de casa, ele esquece da informação, mas quando o tutor vê o que aconteceu e fica bravo, o semblante, a expressão corporal e o cheiro tendem a mudar devido ao estresse e o cachorro percebe toda essa mudança e fica com a cara de culpado. No entanto, ele só mudou a reação, porque o seu dono mudou também e não por causa da associação ao ocorrido antes”, declara o adestrador.      

Outro ponto importante sobre a memória dos amigos de 4 patas é que o tempo de associação canina é de 15 segundos. “Na fase de aprendizado e educação sanitária, é preciso recompensar o cachorro dentro de 15 segundos, porque ele consegue fazer a associação do que ele fez com a recompensa e o aprendizado é mais eficaz desta maneira. Por isso, existem muitos cães que após aprenderem, vão até os donos para mostrar que fez as necessidades no local correto, eles chamam a atenção para ganhar a recompensa”, finaliza Mendes. 

 

Leandro Mendes - Adestrador e comportamentalista, Leandro possui mais de 8 anos de experiência na área. Iniciou os estudos sobre psicologia canina em 2008, para conseguir mais controle sobre os seus cães. Com o conhecimento obtido, começou a dar dicas para os meus amigos e os feedbacks recebidos o incentivaram a seguir na profissão. Em 2014 iniciou consultoria via whatsapp e um ano depois, já estava fazendo atendimentos presenciais.


Resgatei um animal abandonado e agora?

Médicos-veterinários dão dicas para o resgate seguro e os cuidados com a saúde do animal


Em cidades de todo o País, é comum nos depararmos com animais soltos pelas ruas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 30 milhões de cães e gatos estejam em situação de rua no Brasil, sujeitos a maus-tratos, falta de alimento e abrigo. Sensibilizadas pela situação, muitas pessoas acabam levando esses animais para casa, sem saber ao certo a melhor maneira de ajudá-los.

Em virtude desse cenário, que impacta a saúde pública e o bem-estar animal, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta para o problema do abandono e pondera como as pessoas devem proceder ao resgatar animais de rua.

Segundo a médica-veterinária Adriana Maria Lopes Vieira, presidente da Comissão Técnica de Saúde Pública Veterinária do CRMV-SP, ao recolher um animal da rua, a primeira medida deve ser levá-lo para uma consulta com um médico-veterinário, tomando todas as precauções no primeiro contato.

“É muito importante lembrar que, por se tratar de um animal desconhecido, ao realizar o manejo deve-se ter o máximo de cuidado para evitar acidentes ou agressões. Caso haja algum agravo causado pelo animal, a vítima deverá procurar atendimento médico o mais rapidamente possível”, orienta.


Dicas para um resgate seguro

A médica-veterinária Rosangela Gebara, que integra a Comissão Técnica de Bem-estar Animal do CRMV-SP, diz que é comum as pessoas recolherem animais das ruas, resgatando-os de situações de extremo abandono e risco, e também alerta para os cuidados com a segurança de quem está ajudando.
“Aproxime-se com cuidado e deixe o animal se acostumar com você. Uma boa dica é oferecer comida ou esticar sua mão para que cheirem (cães). Se estiver em uma via movimentada, peça ajuda de um amigo ou de quem estiver passando para afastar o animal dos carros. Em estradas você pode pedir ajuda à Polícia Rodoviária para isolar a área e resgatar os animais com segurança”, ressalta a médica-veterinária.

Antes de pegar um cão ou gato desconhecido no colo, Rosangela recomenda providenciar uma coleira ou focinheira, especialmente se o animal estiver ferido. “Ou use um cobertor para envolver e carregá-lo em segurança, evitando mordidas e arranhaduras”, sugere.


Cuidados com a saúde do animal

Em geral, o estado de saúde de um animal encontrado na rua é desconhecido, assim como seu comportamento, observa Adriana Vieira. “É indispensável que este animal passe pela avaliação de um médico-veterinário antes mesmo de ser levado para o local onde passará a viver”, reforça.

O profissional poderá estimar a idade do animal, verificar se há infestação por ectoparasitas, lesões, sinais ou sintomas de doenças da própria espécie ou zoonóticas (transmissíveis aos seres humanos), manifestação de dor, dentre outros.

“Também pode ser verificado se há identificação por microchip e, se houver, pode tratar-se de um animal que esteja perdido. Poderão ser solicitados exames laboratoriais como apoio diagnóstico e o adotante receberá orientações quanto à alimentação, ao manejo, higiene, cuidados sanitários, controle reprodutivo, bem-estar, vacinas, dentre outros cuidados”, complementa Adriana.


Dê tempo à adaptação

Para Rosangela Gebara, depois de o animal ser resgatado e ter passado pelo médico-veterinário para a avaliação inicial, deve-se dar tempo para que ele se adapte ao novo ambiente. “O ideal após o resgate, se o animal não estiver ferido ou muito debilitado, é levá-lo para um lugar seguro e tranquilo, oferecer água e comida e observar”, orienta.

Quanto aos cuidados com pets mais ariscos, Adriana diz que algumas alterações de comportamento podem estar relacionadas a problemas orgânicos. “A agressividade, por exemplo, pode ser decorrente de desequilíbrios hormonais ou presença de dor. Assim, faz-se necessário que o médico-veterinário avalie se há alterações comportamentais e suas possíveis causas (orgânicas ou não) e a conduta a ser adotada”, explica.


Paciência e amor

Cães e gatos podem demorar semanas para se acostumar ao novo ambiente e a novas pessoas. “Se você resgatou um gato, tome mais cuidado ainda com fugas e acidentes. Se morar em apartamento, as janelas devem ser teladas” explica a médica-veterinária Rosangela Gebara.

Se o animal foi resgatado em uma situação de maus-tratos, ele pode ficar traumatizado por muitos dias. “Procure dar tempo ao tempo e, se for necessário, peça orientação a médicos-veterinários comportamentalistas ou a adestradores para fazer a socialização correta. Oferecer petiscos e ter muita paciência e amor ajuda nesta fase”, diz Rosangela.


Lar provisório

Se você não tem como ficar com o animal resgatado definitivamente, acolha-o como um lar provisório até conseguir uma família definitiva. De acordo com Rosangela, um lar provisório não tem que ser perfeito ou espaçoso. Basta ter uma área de serviço ou um cantinho no quintal, onde o animal resgatado possa se proteger do frio e do calor também.

Dá para improvisar uma cama com um cobertor ou moletom velho. “O ideal é alimentar com ração específica para a espécie, idade e porte. É importante deixar sempre água limpa e fresca à vontade”, orienta.

O CRMV-SP orienta que, ao encontrar um animal abandonado que não se possa adotar, entre em contato com a prefeitura para verificar se há algum serviço responsável pelo recolhimento ou cuidados com esses animais. Em algumas cidades, inclusive, existem programas comunitários voltados a esse tipo de cuidado.


Como ajudar um animal de rua

1. Aproxime-se com cuidado e tome as medidas de segurança necessárias;
2. Leve o animal ao médico-veterinário o quanto antes;
3. Verifique se o animal realmente não tem dono. Usar as redes sociais pode ajudar a descobrir se o animal está mesmo abandonado;
4. Caso não possa ficar com o animal, procure a prefeitura para saber se há algum serviço responsável pelo recolhimento ou cuidados com esses animais. Levar em feiras de adoção e ou pedir ajuda de ONGs para encontrar um novo dono pode ser uma opção;
5. Tenha paciência com a adaptação do animal e siga sempre as orientações do médico-veterinário.

 

Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 43 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos
relacionados com as profissões por ele representadas.


TEMPO FRIO E SECO! 6 CUIDADOS QUE OS CÃES PRECISAM RECEBER NO INVERNO

Os dias frios pedem cautela para evitar complicações relacionadas à saúde, como doenças respiratórias e dermatites, causadas pelo tempo seco comum nesta época. Ricardo Cabral, veterinário da Virbac, lista os principais cuidados que os donos precisam ter com seus animais de estimação durante a temporada de frio.


:: ROUPINHAS

É preciso ficar atento ao uso de roupinhas nos cães. De acordo com Cabral, eles costumam ser tolerantes ao acessório, mas cada um possui uma personalidade, então cabe ao dono analisar o comportamento do cão. "Se a reação for negativa, o melhor a se fazer é oferecer um ambiente mais confortável e quentinho, ainda mais se a raça for de pelagem curta", comenta.

Mas é preciso ficar atento! Apesar de fofas, deixar o pet com roupinha o tempo inteiro pode afetar a temperatura corporal. "Eles não conseguem avisar quando estão com calor, então temos que ficar atentos aos sinais: letargia e respiração acelerada, como se o cão estivesse ofegante, podem indicar que ele está com calor, afinal é pela respiração que eles fazem as trocas de calor com o ambiente", complementa. Lembrando que cães não suam.


:: PASSEIO

Os passeios são indispensáveis na vida dos pets, independente da época do ano. E o melhor é que eles não precisam parar de acontecer por medo do cão passar frio, pois eles geralmente não se incomodam com o clima. Mas a recomendação de evitar os horários mais quentes do dia segue para essa época do ano da mesma forma que no verão, mesmo que o sol não pareça tão forte, pois a radiação UV é muito alta e isso pode ser prejudicial para cães de pelos mais claros. "A melhor recomendação a se fazer em relação aos passeios é evitar sair nos dias mais frios apenas com cães que tenham osteoartrose ou alguma doença articular crônica, porque a dor pode ser pior nesses dias", explica o veterinário.

Importante lembrar também da hidratação. "O tempo muito seco pede atenção redobrada com a ingestão de líquidos e hidratação da pele com produtos apropriados, especialmente para aqueles pets que têm histórico de dermatites."


:: BANHO E TOSA

Em relação aos banhos na época de frio, não é necessário diminuir a frequência, desde que posteriormente o animal seja bem seco (de preferência com o uso de secador). "Evitar dar banhos em dias muito frios ou sem sol, mas isso não é uma regra, desde que haja o cuidado de secar bem o animal". O profissional ressalta que estar ainda mais atento à temperatura da água é fundamental. "Não deve estar nem muito fria e nem muito quente, pois assim como a nossa pele, existe uma resposta inflamatória às altas temperaturas e pode prejudicar a produção de lipídeos, que constituem a barreira de pele e protegem o organismo".

Quanto à tosa, Cabral enfatiza que durante o inverno acontece a troca de pelo, então manter a tosa regular pode interferir na termorregulação dos cães; ainda mais se o cão já for idoso ou se ficar em áreas externas. "Se possível, prefira adiar a tosa para o período mais quente do ano, já que os pelos do animal ajudam a proteger contra o frio".


:: HORA DE DORMIR

Durante a temporada de frio, é preciso atenção redobrada no local em que o cão dorme.

Se o pet dorme dentro de casa, é importante passar a colocar um cobertorzinho dentro da cama, criando um ambiente ainda mais confortável e aconchegante. Já para cães que ficam em áreas externas, proteger a casinha com um cobertor grosso por cima do telhado, por exemplo, vai ajudar a aquecer a parte interna. Além de ser fundamental evitar com que ele fique em contato direto com o chão", recomenda o veterinário.

Outra dica valiosa e que pode fazer a diferença é observar se o lugar em que o cão descansa fica próximo de umidade ou possui correnteza de vento. Em caso positivo, durante o inverno, a cama precisa ser alocada em outro ambiente.


:: ATENÇÃO AOS VELHINHOS

Ricardo explica que os cães idosos exigem atenção especial no inverno. "O processo de envelhecimento pode acarretar uma maior perda de massa muscular (sarcopenia), o que predispõe os cães às doenças articulares, como a osteoartrose (processo de perda de músculo que torna a articulação instável). A dor de problemas como esses tende a ser pior no frio. Além disso, os velhinhos têm mais dificuldade em manter a homeostasia (regular a temperatura do próprio corpo), e podem precisar ainda mais de roupinhas, cobertores, e outros acessórios que os mantenham aquecidos", finaliza.


:: DOENÇAS MAIS COMUNS NA ÉPOCA

Pela vulnerabilidade em que os pets se encontram durante o inverno, as doenças mais prevalentes são as infecciosas de transmissão direta, especialmente as respiratórias, como a Tosse dos Canis (ou traqueobronquite infecciosa), e dermatopatias em geral, pois a pele tende a ficar mais seca e pode coçar mais. É o caso da dermatite atópica canina, que de acordo com o especialista, pode prejudicar bastante a qualidade de vida do animal.

"Justamente pelo fato de o cão passar mais tempo dentro de casa, ele pode ficar ainda mais exposto a fatores alérgenos da dermatite atópica, como a poeira. Os banhos, que tendem a ficar mais quentes, também podem ser prejudiciais, desencadeando a coceira e consequentemente uma pele com aspecto ressecado e até mesmo escamosa. Por se tratar de uma doença crônica, o tratamento e atenção aos cuidados do dia a dia são fundamentais para manter a qualidade de vida do bichinho, principalmente nessa época", comenta.

Segundo Cabral, uma parte importante do tratamento consiste em oferecer elementos que ajudem na reconstituição da função de barreira da pele, como shampoos hidratantes e óleos essenciais. Em muitos casos, é muito importante também o uso de medicamentos que diminuam a ação do sistema imune, geralmente hiper-responsivo nesses casos. "Já existe no mercado brasileiro um tratamento à base de ciclosporina, considerado um princípio ativo de alta eficácia no tratamento da dermatite atópica canina. Trata-se de uma alternativa importante, pois as dermatites atópicas são consideradas doenças crônicas, ou seja, que demandam tratamento contínuo."

Diferentemente dos corticoides, que também são usados com tratamento, mas causam diversos efeitos colaterais, a ciclosporina possui nível muito baixo de efeitos colaterais e apresenta resultados rápidos. "Em 3 a 4 semanas, a aparência da pele e lesões já melhoram, sendo possível, após esse controle inicial, uma redução na frequência de administração do medicamento, conforme a resposta de cada cão", finaliza o médico veterinário.


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