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terça-feira, 5 de julho de 2022

Mudanças na lei da transação tributária devem estimular mais acordos

Precatórios e prejuízos fiscais podem ser usados como moeda de troca para abater o valor das dívidas


As transações tributárias realizadas entre o fisco e os contribuintes ficaram mais atraentes com a publicação da Lei 14.375, fruto da conversão da Medida Provisória 1.090/2021, que trata da renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A lei amplia de 50% para 65% o desconto máximo do valor total dos débitos, aumenta de 84 para 120 o número de parcelas para a quitação da dívida e, principalmente, permite utilizar prejuízo fiscal de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e base de cálculo negativa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para pagamento do débito, até o limite de 70% do saldo remanescente após os descontos.

O instituto da transação tributária foi instituído em fevereiro de 2020, por meio da Lei nº 13.988, publicada em 14 de abril de 2020. A norma estabelece requisitos e condições para as negociações entre os devedores de tributos e a Fazenda Pública e prevê três modalidades de transações.


MAIS ACORDOS

As novidades introduzidas pela Lei 14.375 devem viabilizar mais acordos entre o fisco e os contribuintes, além de favorecer particularmente as empresas em dificuldades financeiras que operaram no vermelho nos últimos anos.   

O prejuízo fiscal e a base de cálculo negativa da CSLL poderão ser usados para quitar débitos tributários até o limite de 70% do valor remanescente, após a aplicação dos descontos.

O uso do prejuízo fiscal, entretanto, deve ser autorizado pela Receita ou a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) após análise do grau de recuperação do crédito e da possibilidade de pagamento do contribuinte.


MOEDA DE TROCA

Na avaliação de Regis Trigo, tributarista do Hondatar, a transformação do prejuízo fiscal em moeda de troca é um dos avanços mais importantes da legislação. De acordo com o advogado, essa possibilidade era prevista no Pert (Programa Especial de Regularização Tributária) e foi introduzida na transação tributária.

Na opinião do advogado, as alterações na lei flexibilizaram ainda mais a transação tributária, que possui muitas vantagens em relação aos programas de parcelamentos especiais com prazos muito longos. Esses programas, a exemplo do Refis, Paes e Pert, tendem a cair em desuso.

“Ao longo do tempo, esses programas especiais de renegociação de débitos, que possuem regras engessadas que nem sempre são vantajosas aos contribuintes em sua totalidade, mostraram-se paliativos, pois resolviam o problema do contribuinte no curto prazo. Dificilmente as empresas conseguem cumprir todas as regras dos programas e acabam sendo excluídas”, analisa.

A transação tributária, por outro lado, tem regras mais flexíveis, baseadas na capacidade dos devedores na quitação do débito. “É um avanço na relação fisco-contribuinte. Com esse modelo de transação, o contribuinte pode fazer seu plano de pagamento e oferecer uma proposta individual ao fisco”, explica.


PRECATÓRIOS

Além dos prejuízos fiscais, também poderão ser usados para amortizar a dívida tributária principal, multa e juros os precatórios com sentença de valor transitada em julgado.

A legislação também passa a permitir que os contribuintes com débitos não-inscritos na dívida ativa apresentem proposta de transação ao fisco, independentemente do valor. Até então, somente as dívidas consideradas de pequeno valor ou os débitos discutidos por meio de teses do contencioso tributário podiam entrar na negociação.

De acordo com Igor Nascimento de Souza, sócio do Madrona Advogados, as empresas interessadas em aderir à transação tributária precisam fazer uma proposta para a PGFN, que fará uma avaliação antes de iniciar um processo de negociação com o contribuinte.

“As empresas estão se estruturando, analisando processos e dívidas para viabilizar a transação tributária. E no escritório há um indicador positivo para aceitação da lei com alguns bilhões em negociação com a Procuradoria”, afirma. 

A advogada Alexia Sorrilha, do escritório Barroso Advogados Associados, explica que, na adesão das modalidades de transação, a Procuradoria vai verificar o grau de recuperabilidade, a possibilidade de pagamento do devedor interessado e o histórico de solvência junto ao fisco estadual. Com base nos novos critérios, os contribuintes serão classificados de A à D, conforme o indicador de recuperação de crédito atribuído pelo fisco.

 

 Silvia Pimentel

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/mudancas-na-lei-da-transacao-tributaria-devem-estimular-mais-acordos


Projeto de lei institui o Programa Escola sem Partido nas escolas estaduais

Projeto da deputada Leticia Aguiar está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da ALESP 

 

A deputada estadual Leticia Aguiar, apresentou projeto de lei que institui o “Programa Escola sem Partido”, no âmbito do sistema estadual de ensino.

PL Nº 61, DE 2022, Escola Sem Partido, deixa claro que a liberdade de consciência e de crença, assegurada pelo artigo 5º VI, da Constituição Federal, compreende o direito do estudante a que o seu conhecimento da realidade não seja manipulado, para fins políticos e ideológicos, pela ação dos seus professores.

O projeto Escola sem Partido, explicita, também, a proibição de atividades político-partidárias por parte dos grêmios estudantis, em complemento ao disposto no art. 1º da Lei n. 7.398/85, que assegura aos estudantes do ensino fundamental e médio o direito de se organizar “como entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais”, objetivando impedir o risco de instrumentalização dessas entidades por partidos políticos.

Na justificativa do projeto a deputada estadual Leticia Aguiar aponta que é fato notório que alguns professores e autores de livros didáticos vêm se utilizando de suas aulas e obras para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas, a fim de que eles adotem padrões de comportamento, julgamento e conduta moral incompatíveis com os que lhe são ensinados por seus pais ou responsáveis.

“Diante dessa realidade, entendo que é necessário adotar medidas eficazes para prevenir a prática da doutrinação política e ideológica nas escolas e a usurpação do direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções”, disse a deputada Leticia Aguiar.

Se aprovado a lei obrigará as escolas, entre outras medidas, a afixarem cartazes nas salas de aula e nas salas dos professores com o conteúdo previsto em lei, reproduzido abaixo:

No exercício de suas funções, o professor:

I- Não se aproveitará da audiência cativa dos alunos para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias;

II- Não favorecerá nem prejudicará ou constrangerá os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas;

III- Não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;

IV- Ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito da matéria;

V- Respeitará o direito dos pais dos alunos a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com as suas próprias convicções;

VI- Não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de estudantes ou terceiros, dentro da sala de aula.

O projeto já foi publicado e inicia sua tramitação, agora será analisado pela Comissão de Constituição Justiça e Redação da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.

 

Educação para o trânsito também é papel da escola

Previsto pela BNCC, ensino de regras de trânsito precisa ser feito de forma transversal e continuada

 

Todos os dias, no Brasil, 32 pessoas morrem em decorrência de acidentes de trânsito. No total, 2021 registrou 11,6 mil mortes no trânsito. Os dados são do Ministério da Infraestrutura e trazem um recado importante para cidadãos de todo o país: é preciso construir uma cultura de trânsito menos violenta e mais conscientizadora. Nesse processo, a participação das escolas é indispensável. A educação para o trânsito é uma exigência da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas os resultados precisam de tempo para aparecer.

De acordo com a coordenadora nacional do Programa Educa, do Observatório Nacional de Segurança Viária, e chefe de Educação para o Trânsito do Detran em Alagoas, Edira Soares, não é possível formar cidadãos para o trânsito sem um programa continuado. "A educação para o trânsito deve ser um elemento que perpassa toda a vida escolar e introduz uma construção da compreensão de que a cidade não é feita para os veículos”, ressalta. Nesse sentido, os conteúdos de educação para o trânsito atualmente não aparecem como uma disciplina adicional no currículo escolar, mas estão inseridos em todas as áreas do conhecimento.

Todo esse trabalho começa já nos primeiros anos de escola, com crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Para o supervisor pedagógico do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Rodrigo Leão, que atende a rede pública municipal de municípios de todo o país, a introdução do assunto precisa ser feita de modo a dialogar com a realidade vivida pelos estudantes em suas próprias comunidades. “O Brasil é um país muito diverso e, por isso, precisamos de um olhar para as muitas realidades encontradas em diferentes regiões. A criança só vai compreender a importância do tema se ele estiver diretamente relacionado àquilo que ela experimenta no seu dia a dia”, alerta.


Resultados não são imediatos 

Ainda que o trabalho com as crianças seja realizado perfeitamente, o impacto da educação para o trânsito não é imediato. Como explica a chefe de Divisão da Escola Pública de Trânsito e do setor de Educação do Detran no Paraná, Fabiana Curi, “até pouco tempo atrás sequer tínhamos dados confiáveis sobre acidentes e mortes no trânsito. Agora, estamos aprendendo a agir de acordo com esses números. Com uma ação integrada entre educação, fiscalização e engenharia, acredito que teremos uma melhora em cinco ou dez anos”, revela.

Ela lembra que houve uma mudança na abordagem da educação para o trânsito. Antes voltada à legislação, ela agora fala mais diretamente sobre os riscos envolvidos na vivência do trânsito. “Hoje focamos mais em fazer com que as crianças percebam o perigo que elas correm no trânsito. Com isso, aquela sensação de que as regras existentes tiram delas algum direito se dissipa. E, assim, daqui a dez anos teremos uma sociedade que não fala mais que os radares são prejudiciais, por exemplo.”

Edira destaca, ainda, que a construção de uma cultura de trânsito menos violenta junto às crianças tem efeito multiplicador. “Ao levar isso para a escola, o aluno leva para casa e se torna um multiplicador junto aos pais. Essa é uma construção para que a sociedade mude a mentalidade.” 

Segundo Leão, esse diálogo com a realidade é fundamental. “A criança precisa testemunhar boas atitudes dos adultos no trânsito. As ruas e estradas são espaços de convivência harmônica, e não espaços para uma disputa territorial. De que adiantaria uma forte ação educativa das escolas, executando seus projetos de educação para o trânsito durante todo o ano letivo, se um familiar desconstrói todo um trabalho em minutos ao estacionar em fila dupla ou na calçada?”, finaliza.

Edira Soares e Fabiana Curi são as convidadas do episódio 44 do podcast PodAprender, produzido pela Editora Aprende Brasil, cujo tema é “Como educar para o trânsito em sala de aula?”. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil. 

 

 

Sistema de Ensino Aprende Brasil

http://sistemaaprendebrasil.com.br/

 

Brasil é o 1º país no ranking mundial em que os influencers são mais relevantes para decisão de compra

Unsplash

Mais de 43% dos brasileiros já realizaram uma compra influenciado por uma celebridade ou influencer

 

Com a pandemia, o uso das redes sociais aumentou significativamente. Este crescimento do número de usuários, auxiliou no aumento expressivo do número de influencers - pessoas que agregam até milhões de seguidores através da produção de conteúdo nas redes sociais.

Além da produção de conteúdo, muitos utilizam das redes sociais para divulgar marcas e produtos, seja recebendo um patrocínio por trás ou por uma pura recomendação autêntica.

Ao analisar a população de todos de países, todos informam que são influenciados em algum grau após ser impactada por estas recomendações.

Porém, no caso do Brasil, este número é ainda maior. O país é o primeiro no ranking mundial em que os influencers são mais relevantes para a decisão de compra online.

É o que releva um estudo da plataforma de cupons CupomValido.com.br com dados da Statista e HootSuite sobre o poder dos influencers.

Mais de 43% da população brasileira já realizou uma compra influenciado por uma celebridade ou influencer, uma taxa significativamente maior que outros países, como 17% no caso dos Estados Unidos. 

 


A influência dos Influencer

O Brasil segue disparado na primeira colocação, onde 43% da população já realizou uma compra com base num influencer.

A China está em segundo lugar, com 34%. O país é onde foi criado a rede social que mais cresce atualmente, o TikTok. Os chineses são os pioneiros no chamado social commerce e live commerce, onde os influencers realizam divulgações e lives nas plataformas das redes sociais para divulgações de lojas e produtos.

Em terceira posição no ranking mundial, está a Índia com 33%.

De uma maneira geral, todos os países tiveram um crescimento da recomendação da compra por influencers, com destaques para países como: Rússia, Brasil, Índia e Alemanha. 

 


Brasil em ascensão no uso das redes sociais

Apesar do Brasil ter uma das menores renda per capita, ao comparar com a penetração do uso de internet e das redes sociais, o país segue na liderança, na frente até de muitos países desenvolvidos.

No Brasil, são mais de 150 milhões de usuários de redes sociais, e a taxa de usuários pelo total de habitantes é de 70,3%, uma das maiores dentre todos os países do mundo.

Na média, os brasileiros gastam 3 horas e 42 minutos por dia nas redes sociais, o que faz o Brasil o 3º país que mais utiliza redes sociais do mundo - somente atrás da Filipinas e Colômbia.

O Brasil também se destaca como o 2º país que mais usa o WhatsApp do mundo, o 3º país que mais utiliza o Instagram, e o 4º país do mundo que mais utiliza o Facebook.

  

Fonte: Statista, CupomValido.com.br, HootSuite

 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Diminuindo o risco de ter demência: quatro ações que você pode implementar no dia-a-dia

 

Divulgação
Especialista da Mayo Clinic lista formas para diminuir o risco geral de problemas de memória. 

 

demência descreve sintomas que afetam a memória, o pensamento e as habilidades sociais de uma pessoa a ponto de dificultar a realização de atividades diárias normais. A doença de Alzheimer é a mais comum e mais conhecida pelo público. Segundo com o Dr. Gregory Day, Neurologista da Mayo Clinic, as doenças que afetam os vasos sanguíneos são a segunda causa mais comum de demência.

Ter um histórico familiar de demência aumenta o risco de desenvolver a doença. No entanto, muitas pessoas com histórico familiar nunca desenvolvem sintomas. O Neurologista da Mayo Clinic listou quatro dicas para seguir e reduzir o risco geral de problemas de memória.


  1. Participe de atividades que estimulem o cérebro.

Considere quebra-cabeças e jogos de computador. Mas faça disso um hábito ao longo da sua vida, pois as pesquisas sugerem que o valor das atividades cognitivamente estimulantes se constrói ao longo da vida. Isso significa que ter uma boa educação, trabalhar em uma atividade que seja mentalmente estimulante e ter passatempos, hobbies e atividades sociais que exigem foco mental são importantes para reduzir o risco de desenvolver demência.


  1. Foque na educação e em aprender novas habilidades.

Os estudos mostraram que quanto mais anos de educação uma pessoa tem, menor o risco de demência. Tudo indica que as pessoas que passam mais tempo envolvidas em aprendizados tendem a desenvolver redes mais robustas de células nervosas e de conexões entre essas células nervosas nos seus cérebros. Essas redes estão mais bem equipadas para lidar com os danos celulares que podem ocorrer devido a distúrbios cerebrais que podem levar à demência.


  1. Mantenha um estilo de vida saudável.

Assim como acontece com outros problemas de saúde, um estilo de vida saudável é igualmente importante para manter a saúde do cérebro. Comer bem, manter um peso saudável, praticar exercícios físicos regularmente e evitar situações que aumentem o risco de ataques cardíacos e derrames também podem reduzir o risco de demência. Também foi demonstrado que reservar um tempo para cuidar efetivamente do colesterol e da pressão arterial, não fumar e limitar o consumo de álcool melhora a saúde cognitiva no futuro. Isso porque essas medidas afetam a saúde dos vasos sanguíneos do cérebro, do pescoço e do coração. Também é importante dormir bem e tratar os distúrbios do sono, como a apneia do sono. Os suplementos para dormir não devem ser necessários se você tiver uma dieta equilibrada.


  1. Manter interação social.

Pesquisas mostram que a interação social em qualquer idade terá benefícios cognitivos positivos. Interagir regularmente com outras pessoas, incluindo familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e membros da comunidade, pode melhorar seu humor, melhorar sua perspectiva e o uso do seu cérebro. As interações regulares afetam positivamente as habilidades cognitivas, sendo demonstrado que isso alivia os sintomas da demência.

 

 Mayo Clinic


 

Julho Turquesa

 Mês da Conscientização do Olho Seco 

Dias frios e baixa umidade agravam casos de síndrome do olho seco

Diagnóstico preciso pode auxiliar no tratamento do problema, que não tem cura, por isso é necessário consultar um oftalmologista pelo menos uma vez por ano

 

Com a chegada do inverno, e com eles os dias mais frios e secos, a ação da poluição, o vento e a baixa umidade do ar podem agravar casos de síndrome do olho seco, disfunção do filme lacrimal, que é responsável por proteger e lubrificar o olho, caracterizada pela diminuição da produção ou excesso de evaporação da lágrima.

A evaporação excessiva da lágrima é o fator mais frequentemente relacionado à síndrome do olho seco, que pode ser causada por doenças como as blefarites, que são inflamações das pálpebras e por fatores ambientais, como ar condicionado, vento, clima seco, poluição, fumaça.

Existem outras causas como envelhecimento, alterações hormonais (menopausa e doenças da tireoide), doenças reumatológicas e uso de medicamentos, que podem levar à redução da produção de lágrima. O uso excessivo de celulares, tablets e computadores são causas ambientais importantes de sintomas de olho seco, uma vez que levam à redução do piscar, com consequente aumento da evaporação da lágrima.

“Nos períodos mais secos e frios, com excesso de ventos e baixa umidade do ar, observa-se o aumento da evaporação da lágrima, levando ao surgimento ou agravamento de sintomas de olho seco. Aproximadamente, 18 milhões de pessoas têm o diagnóstico da síndrome no Brasil, sendo uma das mais comuns doenças oculares. É fundamental que as pessoas façam pelo menos uma consulta anual ao oftalmologista para detecção e controle, pois, se não for tratada corretamente, pode evoluir com sério comprometimento da saúde ocular, bem como da qualidade de vida”, explica a Dra. Myrna Serapião dos Santos, oftalmologista, especialista em doenças da superfície ocular e córnea e diretora técnica da Vision One São Paulo.

“Trocava de óculos, mas o problema não era bem esse” - O problema de olho seco de Eulina Jatobá foi detectado há 3 anos, após passar por vários médicos e fazer trocas de óculos quase todos os anos. “Como tinha astigmatismo e hipermetropia sempre precisava aumentar o grau dos óculos, mas o problema não era bem esse. Com a descoberta do olho seco passei a usar colírio continuamente e comer mais alimentos ricos em Ômega 3. Também faço compressas com água quente sempre que o desconforto aumenta”, conta Eulina.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns da síndrome do Olho Seco são: ardência, lacrimejamento, secura, olhos vermelhos, sensação de areia nos olhos e visão borrada no final do dia.

Nos casos mais graves, o olho seco pode provocar desde dor e dificuldade de abrir os olhos em ambientes com muita luz (fotofobia), até uma baixa significativa da visão.

 

Tratamento

O tratamento mais utilizado e adequado é feito por meio do uso de lágrimas artificiais, que devem ser instiladas (pingadas) várias vezes ao dia, de acordo com a gravidade do quadro. Nos casos mais graves, colírios anti-inflamatórios e imunomoduladores podem ser usados para diminuir a inflamação e estimular a produção de lágrima.

 

Prevenção

Assim como o nosso organismo precisa de água para manter a hidratação correta, os olhos têm a mesma necessidade. Hidratar os olhos regularmente é uma maneira de prevenir os sintomas de olho seco, especialmente nos meses mais secos do ano. “Reduzir o tempo de uso de celulares, tablets e computadores e fazer intervalos regulares durante o uso destas tecnologias também pode prevenir o surgimento dos sintomas do olho seco”, orienta Dra. Myrna.

A prevenção também é muito importante e deve incluir check-up anual com oftalmologista, para acompanhar a saúde dos olhos.

  

Vision One

 

Julho Amarelo: hepatites B e C podem causar câncer de fígado

Cerca de 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com o vírus; Oncologista tira as principais dúvidas sobre a relação entre a neoplasia e a doença

 

O mês de julho, que leva a cor amarela, traz a importância de um olhar cuidadoso para as hepatites, principalmente B e C, que podem resultar em câncer de fígado. Segundo dados do American Cancer Society, a incidência da neoplasia triplicou desde 1980, dobrando também as taxas de mortalidade pela doença.

Anualmente, cerca de 800 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de fígado no mundo. No Brasil, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, a neoplasia causou 10.902 óbitos, sendo 6.317 em homens e 4.584 em mulheres. 

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, mundialmente as hepatites virais causadas pelos vírus B ou C são a causa mais comum. Vale lembrar ainda que esse tipo de infecção também pode levar à cirrose hepática, que ocorre quando o tecido hepático normal é substituído pelo cicatricial não funcional, danificando o órgão. 

“A hepatite viral causada pelos vírus B e C pode ser transmitida entre pessoas através de relações sexuais sem preservativo, transfusões de sangue, compartilhamento de agulhas contaminadas ou de objetos de higiene pessoal (como lâminas de barbear, depilar, alicates de unha, entre outros) ou durante o parto. Como forma de prevenção, a vacina contra hepatite B é oferecida gratuitamente pelo SUS. Além disso, apesar de não existir uma vacina para a infecção pelo vírus C, os novos tratamentos, também oferecidos de forma gratuita na rede pública, possuem chance de cura em cerca de 90% dos casos", explica o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é estimado que 354 milhões de pessoas tenham hepatite B ou C².
 

Além da hepatite B e C, outros fatores que podem desencadear o câncer de fígado são:

  • Cirrose (inflamação crônica no fígado);
  • Algumas doenças hepáticas hereditárias, como hemocromatose (acúmulo de ferro no organismo) e doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo);
  • Diabetes;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que causa acúmulo de gordura no fígado;
  • Exposição a aflatoxinas (venenos produzidos por fungos que crescem em determinados alimentos quando não são armazenados corretamente e ficam expostos à umidade, como alguns tipos de grãos e castanhas);
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


Tipos de câncer de fígado 

Dentre os tipos de câncer de fígado, o carcinoma hepatocelular, que se inicia nos hepatócitos (células localizadas no fígado) é o mais comum. "Vale lembrar ainda que ele é o mais frequente nos pacientes com doenças hepáticas crônicas, como a cirrose, podendo ser proveniente do consumo excessivo do álcool ou de uma hepatite B ou C, por exemplo", comenta o oncologista. Outros tipos da doença podem incluir:

  • Colangiocarcinoma -- proveniente dos ductos biliares do fígado;
  • Hepatoblastoma -- neoplasia rara que atinge recém-nascidos e crianças, ocorrendo predominantemente abaixo dos três anos, sendo raro após o quinto ano de idade; e
  • Angiossarcoma -- câncer igualmente raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado.


Hepatites B ou C sempre irão resultar em câncer de fígado? 

"Felizmente, não. As hepatites B e C, apesar de serem um fator de risco, não necessariamente determinarão o desenvolvimento da neoplasia, ou seja, apenas uma parcela dos pacientes irá evoluir para o câncer de fato. No entanto, adotar medidas de prevenção ao vírus é essencial para frear as estatísticas da doença", explica Artur Ferreira.
 

Sintomas e sinais do câncer de fígado 

De acordo com o oncologista da Oncoclínicas São Paulo, grande parte dos pacientes não irá apresentar sintomas nos estágios iniciais do câncer primário de fígado. No entanto, caso se manifestem, é importante ficar de olho em:

  • Emagrecimento sem causa identificável;
  • Perda do apetite;
  • Dor na parte superior do abdômen;
  • Náusea e vômito;
  • Sensação de fraqueza e fadiga;
  • Inchaço abdominal (ascite);
  • Presença de massa abdominal;
  • Surgimento de icterícia, que é caracterizada pela coloração amarelada da pele e no interior dos olhos;
  • Fezes brancas e com coloração esbranquiçada (aparência de giz).


Diagnóstico do câncer de fígado 

Justamente por ser uma doença silenciosa, nem sempre é fácil diagnosticar o câncer de fígado precocemente. "Geralmente, não são solicitados exames de rastreamento para o carcinoma hepatocelular na população em geral. Mas, eles podem e devem ser recomendados em casos específicos, como nos pacientes com cirrose hepática, ou ainda infecção crônica por hepatite B", diz o especialista.
 

Ao avaliar cada caso, o médico pode solicitar:

  • Exames laboratoriais, como os de sangue, que avaliam a função do fígado e a alfa-fetoproteína (AFP, um marcador tumoral);
  • Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para visualizar a existência de tumores, sua extensão e se eles se espalharam para outras partes do corpo;
  • Biópsia do fígado, em que uma agulha é colocada dentro da lesão para retirar uma amostra para análise no microscópio que determina se ela é maligna ou benigna; em se tratando do carcinoma hepatocelular, nem sempre a biópsia será necessária, pois achados específicos dos exames de imagem em associação com as informações clínicas do paciente podem estabelecer o diagnóstico;
  • Cirurgia laparoscópica, somente em casos específicos, que permite visualização direta do órgão e realização de biópsia.


Opções de tratamento do Carcinoma hepatocelular 

“Dentre as abordagens de tratamento, podem ser realizados a remoção cirúrgica, transplante hepático, ablações e embolizações hepáticas, radioembolização, imunoterapia, terapias-alvo e, menos frequentemente, a quimioterapia. Mas, apenas após discussão multidisciplinar, a melhor modalidade de tratamento deverá ser indicada", finaliza. 

 

Oncoclínicas
 https://grupooncoclinicas.com/

 

Funcionamento correto do intestino contribui para manutenção da saúde

 

Unsplash

Reeducação alimentar é uma estratégia importante para alinhar positivamente o microbioma

 

O intestino ganha cada vez mais espaço nos estudos e pesquisas quando o assunto é qualidade de vida. O benefício de cuidar desse órgão vai muito além de prevenção de prisão de ventre, gases ou inchaço abdominal. Tem a ver com o funcionamento correto do organismo, da prevenção de doenças, do aumento do bem-estar e da boa forma. 

O microbioma do ser humano é um ecossistema que evoluiu e está atrelado às funções celulares de formas diferenciadas. A saúde deste bioma é análoga a nossa alimentação, o uso ou não de medicamentos, nível de nutrientes, estresse, consumo de cigarros, álcool e as infecções. Para que não haja uma armadilha dentro deste microbioma, a revisão dos costumes alimentares deve ser feita, com a ingestão em proporções significativas de alimentos com fibras de alta densidade em sua composição e que sejam pobres em carboidratos. 

“Não se pode ter uma saúde exemplar se a alimentação não está condizente com essa perspectiva. Para ter um ecossistema intestinal que funcione de forma regrada, o principal passo é rever sua dieta”, atesta a nutricionista da Puravida, Alessandra Feltre. A especialista indica que existe a possibilidade, principalmente para pessoas que não conseguem modificar completamente seus hábitos alimentares, de fazer uso de suplementos prebióticos. 

A ingestão de fibras é o mecanismo correto para oferecer ao corpo humano as espécies benéficas para o microbioma. No entanto 95% das pessoas adultas não ingerem a quantidade necessária de fibras para ter uma alimentação balanceada. É importante mencionar que as fibras não são todas iguais. Existem as insolúveis, presentes em sua maior parte em folhas verdes e cereais e as solúveis, presentes em algumas sementes, frutas e legumes. Estas últimas são o alimento ideal das bactérias intestinais benéficas. 

Pensando nessa necessidade, a Puravida criou o Pura Fiber, que tem como principal composto a Acácia. O produto fornece 6,8 gramas de fibra em uma única porção, fato que supre a ingestão ideal diária de fibras por uma pessoa adulta. Isso favorece o equilíbrio do microbioma intestinal, promove a regularidade e garante a saúde digestiva. O produto também não contém nenhum tipo de açúcar e se mostra versátil em qualquer receita, se mostrando muito prático no dia a dia.

Alessandra destaca ainda que uma população variada de bactérias benéficas no intestino ajudam no estímulo do sistema imunológico, decompondo compostos alimentares potencialmente tóxicos, favorecendo o aumento na produção de compostos antioxidantes que também podem atuar no combate às inflamações, impedindo a multiplicação de patógenos e reforçando a eliminação de toxinas e subprodutos do metabolismo, entre outras variadas funções. “Mudar nem sempre é fácil, mas com esforço e foco, as pessoas podem alcançar uma saúde mais equilibrada, garantindo seu bem-estar e para muitos, a sonhada liberdade de ter um corpo e mente sãs”, finaliza. 

  

Puravida


 

Pesquisa aponta que latino-americanos não se preocupam com a saúde bucal e sofrem consequências com o passar dos anos

Idas semestrais ou anuais ao dentista previne perda de dentes e doenças mais sérias que afetam a autoestima 

 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, cerca de 12,9% da população possui plano odontológico, correspondendo a 189 milhões de atendimentos, contra cerca de 40 milhões pelo SUS, no mesmo ano. Esse número acaba impactando a relação das pessoas com a sua saúde bucal e as consequências com a falta de idas ao dentista com o passar do tempo.

O estudo “Percepções Latino-americanas sobre Perda de Dentes e Autoconfiança”, realizado pela Edelman Insights em 2018, conta que cerca de 41,5% da população chega aos 60 anos de idade com a arcada totalmente comprometida. “Parece clichê, mas a verdade é que a saúde começa pela boca. A prevenção é o melhor tratamento odontológico que as pessoas podem realizar. Ir ao dentista a cada seis meses é o ideal, mas caso não seja viável, pelo menos uma vez ao ano é obrigatória a realização de um checkup”, enfatiza Alfredo Mesquita, especialista em Odontologia Digital. 

A perda de dentes é o segundo fator que mais prejudica a vida de pessoas com idade entre 45 e 70 anos e as doenças que mais acometem os brasileiros são: cáries, mau hálito, falta de dentes e gengivite. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ibope mostram que, no Brasil, 39 milhões de pessoas utilizam prótese dentária. Além dos mais, os números indicam que 16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente e que, entre as pessoas com mais de 60 anos de idade, 41,5% já perderam todos os dentes. 

O Brasil é o país com mais dentistas do mundo com cerca de 375 mil profissionais, sendo 107 mil em São Paulo, 44 mil em Minas Gerais e quase 35 mil no Rio de Janeiro. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o setor cresceu em números de profissionais cerca de 42% de 2010 a 2018, porém a realidade do panorama da saúde bucal no país é que grande parte dos cidadãos não possuem acesso a tratamentos odontológicos.

“A perda dos dentes afeta diretamente a aparência do rosto o que acaba afetando a autoestima dos pacientes, contribuindo para um isolamento social e até doenças psicológicas. A saúde bucal deve ter atenção desde a infância com a mesma intensidade e importância que é dada para o restante do corpo”, finaliza Alfredo Mesquita, especialista em Odontologia Digital.

 

Você tem dado a importância necessária para sua voz?

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Fonoaudióloga do SESI-SP dá cinco dicas práticas para manter a voz saudável no dia a dia


Você já reparou o quanto usa sua voz? E tem dado a real importância que ela merece? Dentro do ambiente de trabalho, principalmente em atividades que utilizam a voz como ferramenta, é fundamental ter atitudes preventivas para diminuir as alterações que podem acontecer. Mesmo que não usa a voz profissionalmente, pode aderir aos cuidados preventivos no dia a dia para proteger as pregas vocais. A fonoaudióloga do SESI-SP, Janaina Moreira, separou cinco dicas para você cuidar do seu vozeirão.
 

Evite bebida muito quentes ou muito geladas

O consumo de bebidas com temperaturas extremas, ou seja, muito quentes ou muito geladas, pode causar um choque nas pregas vocais, responsáveis pelas emissões dos sons. “O consumo de bebidas muito frias costuma acontecer mais no verão, quando a temperatura corporal está mais alta, aumentando a amplitude do choque térmico com a bebida gelada. O mesmo se aplica a bebidas muito quentes no inverno”.

 

Hidratação diária é vital

Beba bastante água (em temperatura ambiente) enquanto estiver falando, em pequenos goles. A hidratação diminui a possibilidade de “machucar” as pregas vocais durante o seu uso. “As pregas vocais, quando estão hidratadas são mais flexíveis, o que propicia uma maior vibração e, consequentemente, uma voz melhor e com menos riscos de lesões”.

 

Coma maçã

Essa fruta ajuda a evitar a tosse e o pigarro, pois é adstringente, diminuindo as secreções na garganta, responsáveis tanto pelo pigarro como pela tosse. “Além disso, o movimento de mastigar a fruta melhora a mobilidade da musculatura que está envolvida na produção da voz”.

 

Regule a temperatura do ar-condicionado

Ar-condicionado forte pode causar o ressecamento do trato vocal, portanto mantenha a temperatura ambiente entre 18°C e 23°C. “Quando o trato vocal está ressecado, a voz é produzida com maior esforço e tensão, o que faz com que sua qualidade seja alterada e também aumente as chances de lesão nas pregas vocais. É só lembrar da diferença entre a pele do corpo estar ou não hidratada, qualquer lesão é bem maior na pele ressecada, o mesmo ocorre nas pregas vocais”.

 

Evite o consumo de balas ardidas ou pastilhas com anestésicos sem prescrição médica

Esse hábito diminui a sensibilidade e pode forçar a voz sem que se note, o que pode agravar possíveis complicações e até mesmo machucar ou irritar ainda mais as pregas vocais. Caso use a voz profissionalmente, outra dica é fazer repouso vocal após uso intensivo da voz, estabelecendo pausas durante a sua jornada de trabalho. Os especialistas reforçam também que é importante estar alerta aos primeiros sintomas de alteração vocal, como cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro ou rouquidão. E caso a rouquidão dure mais do que 15 dias, ela deve ser investigada por um médico otorrinolaringologista.




O que é a Varíola do Macaco?

Dra. Viviane de Macedo explica quais as formas de prevenção e se há tratamento para a doença

Varíola do Macaco: contágio se dá por meio de contato próximo com as feridas na pele e fluídos corporais
Canva/Divulgação

 

A Varíola do Macaco vem se espalhando de forma inédita pelo mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou, no último domingo (03/07), 76 casos da doença registrados em seis estados e no Distrito Federal.

Identificado em 1958 nas florestas da África Central e Ocidental, a zoonose causadora da doença já acumula mais de 1.700 casos fora do continente Africano. Com parte do mundo receoso, as autoridades de saúde vêm de forma moderada o risco da doença no planeta. No entanto, eles não descartam a necessidade de manter a vigilância em cima do vírus.

Para saber como a doença se propaga e se existe uma forma de prevenção e tratamento, consultamos a médica infectologista do Eco Medical Center, Dra.Viviane de Macedo.


CONTÁGIO

Da maneira que a Varíola do Macaco vem se espalhando, ainda não há uma explicação comprovada. No entanto, a forma conhecida de contágio é por meio de contato próximo com as feridas na pele, fluídos corporais, objetos ou superfícies contaminadas ou ainda gotículas respiratórias, seja de humanos ou animais infectados. O período de incubação pode acontecer entre 6 e 13 dias, podendo chegar até 21 dias.


MUTAÇÕES DO VÍRUS

O vírus da Varíola do Macaco pode sofrer mutações para se adaptar ao organismo dos humanos. Segundo a médica infectologista, Dra. Viviane de Macedo, “o atual surto da doença pode ser consequência de um vírus que pertence a uma linhagem diferente das outras duas anteriores, o que pode refletir uma evolução acelerada para o padrão daquele vírus”.

A especialista ressalta que, nesse momento, é preciso ter atenção com os novos casos pelo mundo, mas que é menos provável que a doença cause uma pandemia de proporção como a do coronavírus. Isso porque “o vírus Monkeypox faz parte do gênero Orthopoxvirus que costuma ter menos mutações, anteriormente era uma a duas mutações por ano.”


TRATAMENTO

Não há um tratamento específico para a doença. O que se sabe até o momento é que a vacina da varíola humana tem tido efeito para prevenir, proteger e atenuar os sintomas da doença. Existem também, antivirais que podem ser usados em pacientes com evolução grave, porém, ainda não disponíveis no Brasil como o Tecovirimat e o Brincidofovir. No momento, não há registros de mortes relacionadas à Varíola do Macaco.

  

Eco Medical Center

www.ecomedicalcenter.com.br

 


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