Números expressivos traduzem o crescimento do comércio ilegal no Brasil. A soma de R$ 1,17 trilhão assusta àqueles que investem no mercado legalmente. Dados de junho de 2017 a junho de 2018, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelam que, apenas no Rio Grande do Sul, o total chega a R$ 76,48 bilhões, ou seja, 6% do montante nacional.
Os produtos ilegais são os que chegam ao comércio através de contrabando e são vendidos sem nota fiscal. Por apresentarem menor custo, são mais atrativos, o que prejudica quem busca trabalhar de forma legal e honesta e, também, a população, mesmo que ela, em um primeiro momento, não perceba o risco a que está submetida.
Neste período de volta às aulas, o cuidado precisa ser redobrado, pois é uma época propícia para que o comércio informal se alastre pelas ruas e das principais cidades do país. É muito comum encontrarmos mochilas, estojos e lancheiras sendo vendidos de forma irregular. Massinhas de modelar, lápis de cor e tintas são alguns dos materiais escolares que também podem ser pirateados. Estes, porém, são ainda mais perigosos, pois necessitam de testes precisos para não prejudicar o consumidor.
Produtos contrabandeados não têm o selo de qualidade do Inmetro, órgão que fiscaliza a qualidade dos produtos que são vendidos nos Brasil. Os que não foram testados sempre irão apresentar risco.
Imagine que seu filho está manuseando uma tinta, que foi comprada de forma irregular, e desenvolve uma alergia por conta de um ingrediente que não foi aprovado pelo órgão?
Todo cuidado é pouco. Por
isso, seja consciente e não contribua para o crescimento do mercado irregular.
Lembre-se que muitas pessoas podem ser prejudicadas por ele, inclusive você.
Além disso, estes produtos não costumam ter uma longa durabilidade, o que, no
final das contas, poderá sair mais ainda oneroso para o seu bolso. Pois, como
diz o ditado popular, o barato sai caro.