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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Como lidar com a "maldição do conhecimento"


Especialista em desenvolvimento organizacional e visual storytelling explica como o alto grau de familiaridade com um tema ou ambiente pode prejudicar os negócios


Você já passou pela experiência de se dedicar ao máximo para entender uma determinada informação, e simplesmente não conseguir encontrar o fio da meada? Se a resposta for positiva, você talvez tenha sido vítima do chamado "curse of knowledge". Em síntese, a "maldição do conhecimento" acontece quando o alto grau de familiaridade de um profissional com um tema específico interfere na maneira com que ele absorve novos conhecimentos ou se expressa sobre o tema. Ou seja, quanto maior o conhecimento sobre um tema, menor a capacidade de disseminar o assunto de forma satisfatória.

“As pessoas tendem a ficar perdidas no início de um novo trabalho, por exemplo. Porém, o cotidiano organizacional auxilia na assimilação dos elementos daquele ambiente, e as principais dúvidas a respeito de um assunto costumam ser esquecidas. Por outro lado, é latente a dificuldade que muitas pessoas têm de transmitir conhecimento a respeito de um tema ou ambiente com os quais estão amplamente familiarizados. Isso prejudica a comunicação interna, mas não é só. Pode ser uma enorme barreira na comunicação junto ao consumidor final também”, afirma Renato Gangoni, CEO da Spin Design, empresa de curadoria de treinamentos corporativos com atuação global.


Contornando este desafio

Apesar de haver maneiras paliativas para remediar os efeitos da "maldição do conhecimento", a verdade é que não há nada melhor do que mostrar aos clientes (internos e externos) exemplos concretos da atuação da companhia, em vez de apenas conteúdos verbalizados ou textuais.

Nesse contexto, a linguagem visual destaca-se. No livro "The Back of the Napkin" fica evidente que as empresas devem apostar mais e mais em formas visuais e intuitivas de comunicação. O autor Dan Roam acredita que uma imagem soluciona qualquer problema, pois "ao rabiscar determinado desafio, o executivo está apto a enxergar aspectos invisíveis que irão impulsionar insights em potencial".

Na prática, este conceito apresentado por Roam nada mais é que uma composição visual idealizada através dos princípios de arte e design, com o objetivo de transmitir uma mensagem, um conhecimento. "Se uma pessoa verbaliza os pensamentos, pode visualizá-los. Neste caso, elementos visuais, tais como animações, jogos, vídeos e afins, otimizam o processo de aprendizagem ao requerer um menor esforço físico e químico do cérebro para absorver novos conteúdos. Devido a este fator, este estilo de composição chama mais a atenção do público-alvo e reduz o período de internalização das informações", explica Gangoni, e complementa: "Com pitadas de análise de conteúdo, pensamento lógico-racional, design de informação, design gráfico e criatividade, transformamos os materiais corporativos em produtos rápidos, universais e compartilháveis".







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