Pesquisar no Blog

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Fevereiro Roxo traz à tona a importância do diagnóstico precoce em doenças incuráveis


Data visa conscientização sobre o lúpus, a fibromialgia e o mal de Alzheimer


              A campanha do Fevereiro Roxo tem o objetivo de conscientizar a população sobre três doenças incuráveis e com altos números no Brasil. Atualmente, cerca de 6.5 milhões de pessoas sofrem com lúpus, fibromialgia ou mal de Alzheimer, sem perspectivas para uma solução. Cada um dos transtornos tem suas peculiaridades, mas todos requerem atenção e cuidados que podem, inclusive, diminuir as dores e desconfortos de seus respectivos sintomas. Confira abaixo informações sobre cada um deles.      

Lúpus é uma doença autoimune, ou seja, que ocorre quando o próprio sistema imunológico de uma pessoa ataca órgãos e tecidos do corpo, como a pele, articulações, rins e até mesmo o cérebro. Os sintomas incluem fadiga, dores e rigidez muscular, vermelhidões na face em forma de borboleta sobre as bochechas e o nariz, sensibilidade à luz do sol, feridas na boca e queda dos cabelos, entre outros. O lúpus é mais comum entre mulheres e pessoas de etnias afro-americanas, hispânicas e asiáticas, e a maioria dos diagnósticos ocorrem antes dos 40 anos. A verdade é que pouco se sabe, no geral, sobre doenças autoimunes e suas causas, mas pesquisadores acreditam que a exposição extrema aos raios solares podem ser um dos fatores contribuintes ao transtorno.

A fibromialgia é a condição mais comum entre as discutidas durante o Fevereiro Roxo. No Brasil, por exemplo, cerca de 2,5% da população sofre deste mal, o equivalente a cerca de cinco milhões de pessoas. Esta síndrome é caracterizada por dores pelo corpo inteiro durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, nos tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade. Mais uma vez, as mais afetadas com o transtorno são mulheres, que representam de 70 a 90% das pacientes. E, assim como o lúpus, cientistas e médicos ainda não sabem ao certo quais são as causas da fibromialgia, porém suspeitam que traumas físicos e emocionais, distúrbios de sono, sedentarismo e questões genéticas podem estar relacionados à doença.

O mal de Alzheimer, talvez a mais comum entre as doenças citadas no Fevereiro Roxo, afeta mais de um milhão de brasileiros, com cerca de 100 mil novos casos anualmente. Este transtorno neurodegenerativo provoca o declínio das funções cognitivas, geralmente na terceira idade, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade da pessoa. Um dos primeiros sintomas é a perda de memória mais recente. Com a evolução do quadro, o Alzheimer afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem, até que o paciente fique cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação. Pesquisas recentes indicam que o agente causador da doença é a bactéria Porphyromonas gingivalis, que costuma ficar na gengiva do ser humano e tem a capacidade de invadir e inflamar as regiões do cérebro afetadas pelo mal de Alzheimer. Enquanto pesquisadores ainda tentam descobrir mais sobre o transtorno, uma boa higiene bucal pode ser essencial para quem quer evitar qualquer dano no futuro.

O Fevereiro Roxo tem o objetivo de conscientizar a população sobre estes distúrbios incuráveis que tanto abalam o Brasil. Enquanto as causas de cada uma delas ainda são um mistério para cientistas ao redor do mundo, viver uma vida saudável é a melhor maneira de prevenção. Se você ou um familiar apresentar algum dos sintomas descritos acima, procure um médico o quanto antes. O diagnóstico precoce é a chave para um ganho enorme de qualidade de vida.






Dr Ulisses dos Santos - gestor médico do HSANP, centro hospitalar da Zona Norte de São Paulo (SP).


A estreita relação entre o estresse e doenças de pele


Nossa saúde física e nosso bem-estar emocional estão intimamente ligados. Não é de surpreender que as dificuldades de se viver com problemas na pele possam prejudicar o nosso estado de espírito. Mas o que é menos compreendido é que o estresse e a ansiedade podem se manifestar na pele e podem agravar uma condição já existente.

Não se pode afirmar que o estresse seja exatamente causador de doenças de pele. O processo saúde-doença é muito frequentemente multifatorial, ou seja, tem como base mais de uma causa. Mas realmente existem pessoas que têm uma condição genética favorável ao desenvolvimento de algumas doenças de pele. E nas pessoas que têm essa predisposição genética, o fator estresse pode atuar como um gatilho para o surgimento da doença. Estresse e pele estão muito conectados. Naqueles indivíduos, por exemplo, portadores de doenças crônicas de pele, o quadro acaba piorando em períodos de estresse. Isso é muito comum.

Algumas doenças de pele muito relacionadas ao estresse são a psoríase, vitiligo, dermatite atópica, queda de cabelo, urticária e acne, entre outras. Todas essas doenças podem manifestar-se de forma leve, mas também de forma bastante intensa. De modo geral, essas doenças não têm “gravidade”, uma vez que não colocam o paciente em risco. No entanto, diversos estudos têm demonstrado que elas estão associadas a intenso impacto psicossocial, além de grande comprometimento da qualidade de vida. Quando em crianças e adolescentes, estas doenças de pele também estão associadas a comprometimento do desenvolvimento psicológico e social.

A reação na pele a um estresse psicossocial é certamente muito complexa, mas é sabido que se trata de vias bidirecionais entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico. O estresse é capaz de provocar alterações nestes sistemas que podem culminar com o aparecimento, agravamento ou recorrência de lesões na pele. Não há um teste específico para comprovar, no indivíduo, que a doença de pele está relacionada ao estresse. A resposta vai surgir a partir do estreitamento da relação médico-paciente e da melhor compreensão, por parte do paciente, sobre a própria doença e a maneira como ele reage a eventos estressantes. Mas, geralmente, os casos graves e crônicos têm uma estreita relação com o estresse psicossocial. Isso porque doenças crônicas de pele levam basicamente a duas situações. Uma delas é que o paciente muitas vezes apresenta sintomas persistentes como prurido, ardência, descamações, feridas, de maneira constante e por anos a fio. A outra é que doenças de pele são estigmatizantes e levam a muitas dificuldades sociais, além de sintomas como depressão e ansiedade.

Existem vários estudos que comprovam que pessoas que vivem com lesões de pele potencialmente visíveis apresentam ansiedade social, que geralmente é acompanhada de uma redução da qualidade de vida. Esta condição acaba por gerar estresse e piorar o quadro cutâneo. É muito importante intervir nestes casos para quebrar este círculo vicioso e proporcionar qualidade de vida aos pacientes.

É fundamental que esses pacientes procurem auxílio médico com dermatologistas acostumados ao tratamento de doenças de pele. Atualmente, existem diversos tratamentos que podem trazer enormes benefícios. Definitivamente, este é um campo que avançou muito nos últimos anos. É importante também que o dermatologista tenha consciência do fator psicossocial associado às doenças de pele, que acabam tendo um papel agravante e indissociável.

Algumas medidas podem ser tomadas para atuar no fator “estresse” associado às doenças de pele, trazendo melhoras ao paciente.
 
·                 Meditação – Para as pessoas que vivem com doenças da pele, trazer o foco para o presente, por meio do treinamento da meditação, pode ser muito benéfico para uma gama de sintomas psicológicos e físicos. Esta abordagem tem o potencial de reduzir a preocupação focada nos sintomas e na doença;

 
·                 Inversão do hábito – Muitas condições podem levar as pessoas a desenvolver comportamentos repetitivos prejudiciais, como arranhões ou “cutucadas” de pele. A reversão de hábitos é fundamental;

 
·                 Relacionamentos – Manter boas relações em sociedade é fundamental para nossas vidas. Viver com uma condição de pele às vezes pode dificultar a formação de novos relacionamentos. É essencial o apoio para ajudar a construir a confiança e superar a ansiedade social.






 José Jabur da Cunha - Médico Dermatologista da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista, e Chefe do Setor de Dermatologia da Santa Casa de São Paulo.

Parei de tomar a Pílula já posso engravidar?


Existem mulheres que conseguem engravidar no mês seguinte após deixar de tomar o medicamento, e outras podem demorar até um ano para confirmar uma gestação.

Mulheres abaixo de 35 anos podem demorar até doze meses para conseguir engravidar. Já pacientes acima de 35 anos o recomendado é aguardar no máximo 6 meses.

Após esse período deve-se dar início a uma investigação para descartar qualquer outro tipo de problema relacionado à fertilidade.

O ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli, autor do livro “Gestação: mitos e verdade sob o olhar do obstetra”, está apto a falar de forma clara e esclarecedora sobre o tema,  como também,  saúde da mulher, câncer de mama, parto humanizado, acompanhamento de pré-natal, diástase, gestação, candidíase, corrimento, libido, processos emocionais entre a mãe e o feto, cirurgias ginecológicas, prevenção e tratamento de doenças, entre outros assuntos. 





Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra - formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição, Dr. Domingos Mantelli, tem formação em neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática.


Posts mais acessados