Em 15 anos, o valor gasto com o consumo de maços de
cigarro é equivalente a quatro viagens para a Europa ou ainda o suficiente para
a compra de um carro de luxo
O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos
de câncer de pulmão - entre os 10% restantes, 1/3 é dos chamados fumantes
passivos - no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco
de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o
Brasil soma 31.270 novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além disso, o mau
hábito aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de
boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim,
bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. Apesar destes dados
não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de
neoplasias malignas entre a população fumante.
Principal fator de risco evitável do câncer de
pulmão, o tabaco está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e
também nos cigarros eletrônicos. E, ao contrário do que muitos usuários destes
produtos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Os benefícios à saúde
começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao
normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a
temperatura das mãos e dos pés são normalizadas.
Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no
sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de
se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48
horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de
olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea
melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar
melhora em até 30%.
A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em
fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios
epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando
os pulmões. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em
cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou
um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar
de fumar, especialistas afirmam que torna-se possível assegurar que os riscos
de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa
que nunca fumou.
Acessando a landing page http://www.eseeuparardefumar.com.br,
os interessados têm acesso a conteúdos que traçam a cronologia de respostas
positivas do organismo quando há a interrupção do vício e apresenta uma calculadora
virtual que aponta, em tempo real, a relação dos custos com consumo de cigarros
em comparação a experiências como viagens ou aquisição de bens.
Ao digitar dados simples relacionados aos hábitos
tabagistas, o sistema faz uma comparação com outros tipos de investimento à
lista de itens indicadas por pesquisas como os mais desejados pelos
brasileiros. Como exemplo, considerando o consumo diário de um maço de
cigarros, com preço médio de R$ 6,00, ao final do mês terão sido gastos cerca
de R$ 180,00. Se convertido o total investido mensalmente ao longo de 15 anos,
seria possível realizar quatro viagens à Europa, com todas as despesas para
duas pessoas, ou ainda adquirir um carro de luxo.
Para mais informações, acesse www.eseeuparardefumar.com.br.
Câncer de Pulmão: fique atento aos sinais de alerta
A oncologista Mariana Laloni, do Centro Paulista de
Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com
câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho
respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito.
Outros sintomas inespecíficos também podem surgir,
entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é
diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos.
Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado
o diagnóstico precoce da doença.
Segundo a médica, existem dois tipos principais de
câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células.
"O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se
subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células.
O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos
doentes", destaca.
O tratamento do câncer de pulmão se baseia em
cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e
radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se
retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos
minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor
tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A
indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho
e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.
Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia
são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que
estejam circulando pelo sangue. Para a Dra. Mariana, a combinação de tratamento
sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento
para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo
quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada
algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor.
Mas o grande avanço dos últimos anos, ainda de
acordo com a oncologista do CPO, é a imunoterapia. Baseado no princípio de que
o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de
que com o passar do tempo este tumor passa a se disfarçar para o sistema
imunológico e então se aproveitar para crescer, a imunoterapia busca reativar a
resposta imunológica contra este agente agressor.
"Atuando através do bloqueio dos fatores que
inibem o sistema imunológico, as medicações imunoterápicas provocam um aumento
da resposta imune, estimulando a atuação dos linfócitos e procurando fazer com
que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho", explica a
Dra. Mariana.
Grupo
Oncoclínicas