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quinta-feira, 6 de março de 2025

Maioria dos profissionais aponta remuneração não condizente com as exigências do cargo como principal causa de estresse no trabalho, revela pesquisa Michael Page

Levantamento inédito da consultoria detecta as causas do nível do esgotamento mental dos profissionais no ambiente corporativo

 

A remuneração não condizente com as exigências do cargo é a principal causa de estresse no trabalho para a maioria dos profissionais (58,7%). É o que revela recente pesquisa realizada pela Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência, parte do PageGroup. De acordo com o estudo Guia Salarial 2025, o salário inapropriado ficou à frente do esgotamento mental causado pelo relacionamento ruim com colegas ou líderes (39,4%), pela falta de participação na tomada de decisões e falta de controle sobre os processos (37,8%) e falta de perspectivas de carreira (32,9%). 

O estudo apontou ainda que 36,5% dos colaboradores não se sentem amparados ou apoiados mentalmente e emocionalmente pela empresa em que trabalham, superando os que se sentem relativamente apoiados (30,5%), apoiados (20,2%) e muito apoiados (7,2%). 

“A preocupação com a saúde mental e o equilíbrio entre a rotina pessoal e profissional já são prioridade para a maioria dos profissionais. As empresas que demorarem para entender a importância dessas questões podem sofrer para encontrar talentos e engajar seus colaboradores a médio e longo prazo. É essencial que as organizações coloquem esse assunto como uma prioridade e entendam que um bom ambiente faz toda diferença para um desempenho profissional saudável”, afirma Stephano Dedini, diretor-executivo da Michael Page. 

Para elaborar a pesquisa, a Michael Page consultou, no ano passado, cerca de 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil para entender quais são suas reais impressões sobre o mercado atual. Os executivos entrevistados ocupam cargos que vão desde posições de suporte à gestão até diretoria. A pesquisa procurou entender como os profissionais enxergam sua carreira, a posição do empregador no seu desenvolvimento profissional e outros fatores que completam a remuneração.

 

Outros fatores que desencadeiam estresse no trabalho 

Além de questões salariais, relacionamento e perspectivas de carreira, o excesso de trabalho e jornadas longas também se destacam como causas significativas de insatisfação, impactando 32,5% dos profissionais.
 

Nível diário de estresse no ambiente corporativo 

A pesquisa também procurou entender qual é o nível diário do esgotamento mental dos profissionais no ambiente de trabalho. Metade dos respondentes (50,5%) afirmou ter um moderado grau de estresse por dia, superando a média dos que têm um índice alto (24,2%), baixo (17,8%), muito alto (5,9%) e nulo (1,6%). 

"Cerca de um em cada quatro profissionais enfrenta altos níveis de estresse no trabalho. Para mitigar esse impacto, é essencial que as organizações adotem abordagens proativas, como programas de bem-estar mental e suporte emocional estruturado. Criar uma cultura de suporte e diálogo contínuo fortalece o ambiente corporativo e reduz a rotatividade, ao mesmo tempo que promove resiliência e engajamento. O investimento em saúde mental dos colaboradores deve ser visto como um fator estratégico para o crescimento sustentável da empresa", finaliza Dedini.


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