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domingo, 30 de março de 2025

Quando NÃO devo ter um animal de estimação?



Evite impulsos de posse ou porque está "na moda" ter este ou aquele animal

 

Jamais adquira ou adote um animal de estimação se você não tiver plena consciência de que está assumindo a responsabilidade por uma vida e por todos os cuidados que isso exige. Essa é a dica da professora Ana Laura Barros, especializada em clínica e cirurgia de pequenos animais e supervisora e responsável técnica no Centro Médico Veterinário, da Faculdade Una Itabira, em MG. 

“E não estou falando de humanização, pois sou contra isso, sou a favor de tratarmos os animais de acordo com a espécie que são, sem deixar, claro, de dar amor, carinho, proteção e garantir a saúde como faríamos com qualquer outra vida dependente de nós”, ensina a professora da Una Itabira. A faculdade integra o Ecossistema Ânima de ensino em Minas. 

“Animais não são descartáveis, animais envelhecem como todos nós e na velhice eles precisam mais de nós do que durante toda a vida. É normal o desejo por raças específicas, mas, é essencial que se faça uma pesquisa completa sobre esta raça, suas predisposições e suas necessidades, para que os tutores não sejam pegos de surpresa”, avisa. 

E, obviamente, por serem seres vivos os animais demandam gastos para manterem uma qualidade de vida. Por isso, observa Ana Laura, é essencial que os tutores entrem em contato com as clínicas veterinárias da cidade em que vivem, e procurem saber sobre os primeiros gastos, como: vacinação, vermifugação, primeira consulta, primeiros exames - mesmo se for um animal já adulto.
 

A seguir, a veterinária Ana Laura Barros lista cinco alertas para quem ainda não refletiu bem sobre as consequências de trazer um animal para o seu convívio: 
 

1 - Animais não são acessórios ou símbolo de status social: algumas raças de cães e gatos viralizam por aparecerem em filmes, séries ou redes sociais. No entanto, eles não são objetos de moda – são seres vivos que exigem cuidados por toda a vida.
 

2 - Cada animal tem necessidades específicas: todas as raças podem ter características que nem sempre combinam com todos os tutores. Por exemplo: Huskies siberianos são lindos, mas exigem exercícios diários e podem acumular energia caso não se exercitem diariamente. Spitz Alemão ("Lulu da Pomerânia") é uma fofura, mas precisa de cuidados especiais com o pelo. Gatos da raça Maine Coon são gigantes e precisam de espaço adequado. “Se você escolhe um pet apenas pela aparência, pode acabar se frustrando com suas necessidades reais”, justifica a veterinaria.
 

3 - Adoção e compra irresponsável: quando uma raça de animal “entra na moda”, a procura aumenta e muitos criadores irresponsáveis exploram a reprodução descontrolada, causando problemas de saúde graves nos animais. Além disso, muitos deles acabam sendo abandonados quando deixam de ser novidade.
 

4 - Custo alto de manutenção: garantir a qualidade de vida de um animal demanda um custo, principalmente, ao utilizar produtos e alimentos de qualidade. Raças com demandas especiais, podem requerer mais gastos ainda.
 

5 - Pets vivem muito: um animal pode viver 10, 15 ou até 20 anos. Escolher um pet apenas porque está na moda pode levá-lo ao abandono, quando o tutor percebe que não pode (ou não quer) cuidar dele por tanto tempo. As maiores taxas de abandonos são de animais idosos e doentes.
 

6 - Adotar é uma opção mais consciente: em vez de seguir modas, que tal considerar a adoção responsável? “Existem muitos cães e gatos de todas as idades e personalidades esperando por um lar amoroso, independentemente de raça”, sugere a veterinária da Una Itabira.


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