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sábado, 29 de março de 2025

Desembarque de chimpanzé explorado por narcotraficantes colombianos contou com esquema especial no Aeroporto de Viracopos

Chegada do animal de grande porte foi autorizada e fiscalizada por auditores fiscais federais agropecuários

 

A chegada do chimpanzé Yoko, vítima de maus tratos de narcotraficantes, mobilizou um esquema especial no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), todo o processo de importação do animal foi realizado em apenas cinco dias. Na Colômbia, o animal, de 70 quilos, vivia vestido, aprendeu a andar de bicicleta, fumar e se tornou viciado em televisão. Era o último grande primata vivendo em cativeiro na Colômbia. 

Yoko já passou por momentos ruins durante sua vida e, no Brasil, ficará em quarentena no santuário de grandes primatas em Sorocaba (SP). Na Colômbia, ele vivia sob os cuidados de especialistas desde 2018, após ser resgatado de um narcotraficante que o treinou para imitar humanos. O chimpanzé tem 38 anos e passou quase dois anos sozinho, depois que seus companheiros Chita e Pancho morreram baleados, ao fugirem do Bioparque Ukumari, em 2023. 

De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário André Marcondes, que atua na Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto de Viracopos, o pedido de autorização de importação foi feito no último dia 20. Antes da chegada ao Brasil, foram solicitados exames clínicos e comprovantes de vacinação, além de um tratamento especifico contra parasitas. 

“No Aeroporto de Viracopos, utilizamos uma área própria para o desembaraço de animais, uma estrutura com ventilação, iluminação, em um local reservado. Além disso, a carga viva ainda tem prioridade, sendo a última a entrar e a primeira a sair da aeronave, de acordo com convenções internacionais”, explicou Marcondes. 

O auditor fiscal federal agropecuário explicou que o desembarque, do pouso da aeronave até o início da liberação, levou cerca de 40 minutos. Já o trabalho de análise de documentos, exames e comprovantes de vacinação, além da análise de condições de saúde do primata, durou em torno de uma hora. Esta agilidade é importante para garantir o bem-estar do animal, após um voo de cerca de seis horas. 

Por, no mínimo, 30 dias, Yoko deverá ficar separado dos outros animais do local e sob a supervisão do veterinário responsável da instituição. Nesse período, ele será frequentemente monitorado quanto à ocorrência de sinais clínicos de doenças infectocontagiosas.


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