Performance,
que reúne diversos recursos audiovisuais, cumpre curta temporada, de 10 a 17 de
abril, no Sesc Avenida Paulista
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Créditos: Animadas: Fluxo Marginal Cênica (bike): Priscila Sousa |
“[...] o sonho é o
mundo do meio
o lugar do
encontro com os encantados
é no sonho que a
gente se fortalece
que a gente cria e
inventa [...]”
extração do texto
de Wellington Gadelha
Um
entregador que carrega encantarias e a sorte em estar vivo. Seu exercício
é encruzar fronteiras, propagar anúncios e ter nos sonhos o lugar no qual
o assombro não entra. Esse é o fio condutor de Manifesto do Sonho,
do artista cearense Wellington Gadelha, que parte da concepção de
"sonho" e "assombro" para refletir sobre discursos e
ações que controlam e ameaçam a possibilidade de sonhar das pessoas negras. A
ação cênica-imersiva cumpre curta temporada de 10 a 17 de abril, no Sesc
Avenida Paulista.
Manifesto do Sonho
é uma
animação-vídeo/sonora-performática que propõe um instante poético de um mensageiro
negro-favelado e nordestino. O artista conta que sua pesquisa começou em
2020, durante a pandemia de COVID-19, período em que o setor da cultura e
eventos foi um dos mais prejudicados, fazendo com que
muitas
pessoas, assim como Wellington, buscassem novas formas de renda, como o
trabalho de entregador por aplicativo.
“Na bag
tinha mais do que comida, tinha sonho”, destaca Wellington, que explica:
“conforme o tempo foi passando e as coisas foram melhorando, o desejo de
reencontrar pessoas importantes, os mestres (com suas sabedorias ancestrais),
era como um acalanto e uma bússola para dias que seguiriam”.
Dentro
da pesquisa Manifesto do Sonho, as ideias de “assombro” e “sonho”
foram ganhando corpo e desdobramentos, como vídeo-dança, vídeo documental,
instalação interativa e agora em um solo de dança cênico-imersivo.
Neste
novo trabalho, o artista se relaciona com o espaço e materialidades -
criando diálogos entre as linguagens, fundindo imagens, elementos visuais
e de movimento na construção de uma poética em dança que transita entre o
campo sensorial, instalativo e imersivo. “Nele, eu coloco o meu corpo em
diálogo e como extensão das mídias, ao encruzar as fronteiras de imagens,
objetos, beats e flows, costurando a ideia de imersão para
o público”, ressalta Gadelha.
A composição busca experimentar o corpo
e a coreografia como discurso, articulando memórias pessoais e realidade coletiva,
promovendo reflexões que transitam entre o íntimo e o universal.
Wellington
Gadelha desenvolve trabalhos e pesquisa na Plataforma Afrontamento. Tem
interesse no campo contemporâneo a partir da composição, improvisação e
dramaturgia. O artista desenvolve ações no campo da performance,
vídeo-dança, instalações e processos imersivos em arte-tecnologia e arte
sonora, além de integrar coletivos que atuam com ênfase nos direitos
humanos, periferia e juventude negra.
SINOPSE
Manifesto
do Sonho é uma ação cênica que propõe um instante onírico de reflexão e
diálogo. O trabalho parte da concepção de “sonho” e “assombro”, enquanto
discurso, para refletir questões sobre discursos e ações que controlam,
gerenciam e ameaçam a possibilidade do sonhar negro. Colocando em
trânsito a dança com as artes visuais, produzindo um campo cênico
sensorial, instalativo e imersivo, com sua bicicleta e mochila nas
costas, eis um corpo. Um entregador que carrega encantarias e a sorte em
estar vivo. Seu exercício é encruzar fronteiras, propagar o anúncio e ter
nos sonhos o lugar no qual o assombro não entra. Um mensageiro que sua
função é ser guardião que escuta os caminhos e entrega um manifesto aos
viajantes. Confere agora, neste exato momento, a agilidade e rapidez de
compartilhar uma mensagem antes que o assombro tome de conta
e cubra os nossos olhos.
Ficha técnica:
Concepção, texto e narração: Wellington Gadelha |
Interlocução cênica: Andréia Pires | Desenho sonoro: Eric Barbosa | Desenho de
luz: Rai Santorini | Figurino: Isac Bento | Projeção e vídeo: Matheus Rocha |
Produção executiva: Georgiane Carvalho | Produção geral: Plataforma
Afrontamento.
Serviço
dança | Manifesto do Sonho
com Wellington Gadelha
De 10
a 17 de abril de 2025. Terça a sábado, às 20h. Domingo, às 18h. Exceto
dia 14/4. Sessões com recursos de acessibilidade:
Libras em todas as sessões. Audiodescrição no domingo, 13/04.
Local: Arte II (13º
andar)
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 16
anos
Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (Meia) e R$ 15 (Credencial plena:).
Venda de ingressos online a partir de 1º/4, terça, às 17h, e nas
bilheterias das unidades a partir de 2/4, quarta, às 17h.
SESC AVENIDA PAULISTA
Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo
Fone: (11)
3170-0800
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sexta, das 10h às 21h30.
Sábados, das 10h às 19h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
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