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O Brasil tem a terceira maior população de pets do mundo, com mais de 160
milhões de animais de estimação, segundo dados divulgados pela Associação
Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). De
acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de
Estimação (Abinpet), a média é de 1,6 animal por residência, sendo a maior
parte composta por cães (60 milhões de indivíduos), aves (40 milhões) e gatos
(30 milhões). A presença dos bichinhos se consolidou, integrando a família e
impactando positivamente a saúde e o bem-estar de seus tutores. É possível
observar esse reflexo salutar no âmbito corporativo, pois métricas
estratégicas, como as de absenteísmo e de número de afastamentos do trabalho
por doenças, são influenciadas pelos animais. Estudo da Universidade de
Minnesota, comprovou que ter um gato reduz a probabilidade de sofrer um ataque
cardíaco fatal em 40%. Outro estudo, conduzido pelo Human-Animal Bond Research
Institute (HABRI), demonstrou que a interação com pets libera endorfinas,
aliviando sintomas de depressão e ansiedade.
Martha Rodrigues, CEO da Guapeco, HRtech pioneira na oferta de benefícios corporativos para pets, ressalta que esses estudos comprovam que os pets reduzem o estresse e aumentam o bem-estar, o que permite correlacionar a manutenção da saúde dos mascotes da família à melhoria da produtividade no ambiente de trabalho. “Neste sentido, o investimento em benefícios corporativos voltados à saúde animal mostram-se eficazes para estratégias de retenção de talentos e engajamento de profissionais. Ao facilitar o acesso à consultas, vacinas e atendimentos emergenciais, constrói-se um ambiente mais tranquilo, que permite maior concentração no trabalho e mais qualidade de vida. Além disso, saber que o pet está protegido reduz o estresse, promovendo um equilíbrio emocional que favorece a produtividade e o bem-estar diário”, explica.
Martha Rodrigues, destaca os reflexos positivos do convívio com animais no trabalho de seus tutores. “Em uma sociedade que caminha de forma cada vez mais individual e com espaços de convivência mais digitais, as pessoas têm encontrado nos animais de estimação a companhia que não encontram em outras pessoas. Esse fato é reforçado pelo aumento do número de pets adotados durante a pandemia da covid-19. A companhia constante de um animal pode reduzir o perigo de isolamento social, que é um fator de risco para doenças mentais que afetam diretamente a produtividade no trabalho”, aponta.
Em jornadas híbridas ou 100% home office, o aumento da ansiedade e depressão
são os principais desafios das empresas. Pesquisa divulgada pelo Integrated
Benefits Institute (IBI) apurou que os trabalhadores em regime remoto ou híbrido
têm maior tendência a apresentarem sintomas de depressão e ansiedade, quando
comparados com os que trabalham presencialmente. “Nesse contexto, ter um pet
pode impactar positivamente a socialização do colaborador, além de contribuir
para a diminuição do estresse. No caso de pessoas que moram sozinhas, os pets
têm um impacto ainda maior, já que muitas vezes representam o único contato não
digital da pessoa durante os dias de semana”, comenta Martha.
Cultura pet friendly contribui para atração e retenção de talentos
Mais da metade (63%) dos profissionais entrevistados pela Purina revelou sentir-se mais relaxado e feliz em empresas que aceitam pets. Um levantamento da Mars Petcare apontou que 86% dos colaboradores acreditam que a presença de pets melhora a saúde mental no trabalho. Em 2022, a Nestlé adotou a estratégia de liberar pets no escritório todos os dias para atrair os profissionais ao trabalho presencial, oferecendo até crachás para os animais dos colaboradores.
Martha pontua que o Pet Day é uma das ações mais comuns de cultura pet friendly, mas, com o avanço do home office e do modelo híbrido, as empresas têm ido além ao incluir os pets na cultura corporativa. A executiva cita o exemplo da Accenture, que oferece o benefício Guapeco aos mais de 18 mil colaboradores espalhados pelo Brasil. Com o apoio da HRtech de benefício corporativo pet, a empresa de tecnologia promove workshops online com médicos-veterinários, abordando diversos aspectos da saúde e comportamento dos pets.
“Com os avanços na percepção das pessoas em relação aos pets, que são vistos cada vez mais como membros da família, incluí-los na política de benefícios e na cultura das empresas têm impactos diretos na percepção dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho. Profissionais mais jovens priorizam empresas que oferecem benefícios modernos e alinhados com suas prioridades e, além disso, estudos já corroboram a ideia de que os colaboradores enxergam valor na integração entre pets e mercado de trabalho”, comenta.
A executiva da Guapeco orienta sobre os primeiros passos para uma empresa
elaborar e implementar com sucesso políticas pet friendly para além do Pet Day.
A primeira ação é mapear os perfis familiares dos colaboradores da empresa a
fim de identificar quantos possuem filhos, pets ou moram sozinhos. “Na hora de
pensar em políticas pet friendly, é importante considerar o perfil dos
colaboradores. Com base no mapeamento familiar, será possível entender a
relevância das ações voltadas para pets. Identificada essa necessidade, é fundamental
escolher fornecedores especialistas em ações com pets no ambiente corporativo,
garantindo que não haja exclusão de pessoas que trabalham 100% em home office,
por exemplo”, orienta.
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