Especialistas
destacam a importância de identificar dificuldades de aprendizagem e promover
metodologias inclusivas
No Dia Mundial da Conscientização do Autismo, em 2
de abril, escolas e instituições de ensino intensificam esforços para identificar
precocemente as dificuldades de aprendizagem em alunos com Transtorno do
Espectro Autista (TEA) e oferecer o suporte adequado. A iniciativa do Grupo Rhema, que por meio da
neuroeducação capacita professores, vem sendo apontada como uma ferramenta para
transformar a experiência pedagógica desses estudantes.
A neuropedagoga e diretora pedagógica da
Rhema Neuroeducação, Mara
Duarte da Costa, referência na área e responsável pela formação de milhares
de educadores, destaca que o diagnóstico correto é a porta de entrada para a
efetiva inclusão. “O profissional deve encontrar formas que viabilizem a
experiência pedagógica e social do aluno, e só é possível fazer isso de forma
prática sabendo identificar e lidar positivamente com as neurodivergências”,
afirma Mara, enfatizando que o reconhecimento dos sinais – como dificuldades na
comunicação, na interação social, na organização de tarefas e na assimilação de
conteúdos – é essencial para a implementação de estratégias personalizadas.
Dados recentes do IBGE apontam que, no Brasil,
cerca de 18,9 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, enquanto
estudos internacionais estimam que entre 15% e 20% da população seja
neurodivergente. No contexto escolar, o crescimento expressivo das matrículas
de alunos com TEA – que passaram de 105 mil em 2018 para mais de 212 mil em
2021 –, reforça a urgência de práticas pedagógicas adaptadas e da formação contínua
dos professores.
A capacitação dos educadores tem se mostrado
determinante para o sucesso de ações inclusivas. Segundo Mara Duarte, “a
formação adequada dos professores permite que estes dominem métodos como a
Análise Comportamental Aplicada (ABA) e o Atendimento Educacional Especializado
(AEE), possibilitando a criação de currículos personalizados e o uso de
atividades lúdicas e sensoriais que estimulam o aprendizado dos alunos
autistas”.
Além do domínio técnico, o suporte interdisciplinar
integra a estratégia de inclusão, reunindo profissionais como psicopedagogos,
terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Essa articulação favorece o
desenvolvimento de ambientes escolares mais acolhedores, onde a comunicação
eficaz entre professores, famílias e especialistas é priorizada. “A colaboração
entre escola e família é fundamental para alinhar as abordagens pedagógicas e
reforçar o aprendizado em casa”, acrescenta Mara, ressaltando que a união dos
esforços é imprescindível para transformar os desafios em oportunidades de
crescimento.
Em salas de aula que adotam essas práticas, a
observação atenta do comportamento e dos progressos individuais dos alunos
possibilita ajustes contínuos no ensino. Estratégias como a criação de espaços
sensoriais, o uso de recursos visuais e a adaptação do ritmo das atividades
contribuem para reduzir barreiras e estimular o potencial de cada estudante.
Nesse cenário, a capacitação não se limita ao domínio do conteúdo, mas envolve
também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a capacidade de criar
relações de empatia e respeito.
A experiência acumulada por Mara Duarte e sua
equipe reforça que a identificação precoce das dificuldades de aprendizagem é
um passo determinante para o sucesso dos alunos com TEA. Com a formação continuada,
os educadores não apenas aprimoram suas técnicas pedagógicas, mas também
constroem uma rede de apoio que integra diferentes áreas do conhecimento e
fortalece a inclusão no ambiente escolar.
Neste contexto, a especialista destaca que investir
na formação dos professores resulta em um futuro melhor para
milhares de crianças. Ao capacitar os profissionais para reconhecer sinais de
dificuldades e implementar intervenções eficazes, as escolas se transformam em
espaços verdadeiramente inclusivos, onde cada aluno tem a oportunidade de
desenvolver suas habilidades de forma plena e autônoma.
Com a ampliação do diagnóstico preciso e o constante aperfeiçoamento dos métodos pedagógicos, o cenário educacional caminha para uma inclusão efetiva, garantindo que alunos autistas recebam não só o ensino adequado, mas também o suporte necessário para uma trajetória de sucesso acadêmico e social.
Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.
Rhema Neuroeducação
https://rhemaneuroeducacao.com.br/
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