Conciliar
necessidades do bichinho às mudanças de ambiente, cheiros e comportamentos da
casa ajuda a manter a convivência saudável e segura
A chegada de um
novo bebê na família é sempre motivo para comemorar. Ao mesmo tempo, é uma fase
que demanda muita atenção e dedicação. Por isso, a rotina deve se manter o mais
equilibrada possível para que esse momento seja tranquilo para todos —
inclusive para os pets, que podem estranhar a presença de um novo membro e a
mudança do cenário com o qual está acostumado.
“Os tutores vão
estar um pouco mais sobrecarregados antes, durante e após a gestação, então é
comum que a atenção se volte para o bebê. Porém, é importante se atentar para
não fazer mudanças bruscas na rotina, passando a isolar o pet repentinamente”,
comenta Marina Meireles, veterinária comportamentalista no Nouvet,
centro veterinário de São Paulo. “É essencial que a família implemente práticas
que o acolham e o façam se acostumar às mudanças que estão acontecendo. Assim,
o animal pode criar uma relação de afeto saudável com o novo membro”, explica.
A especialista
reforça a atenção para os sinais de desconforto que o pet pode apresentar em
relação às mudanças: se ele está fazendo suas necessidades onde não costuma
fazer; se deixa de comer; se está se mostrando ciumento; se busca ficar mais
isolado, ou mesmo se procura mais a atenção dos tutores. Todos esses fatores
devem ser observados e apresentados a um veterinário comportamental para
entender a melhor forma de resolver, de preferência, antes da chegada do
recém-nascido.
A veterinária
indica cinco técnicas para harmonizar a convivência dos pets com o bebê.
Confira:
Acostumar o pet aos cheiros e novos objetos
Este é um passo
crucial na adaptação do pet ao bebê, e que pode inclusive prevenir problemas comportamentais
e facilitar que a introdução do novo membro da família seja harmoniosa. As
mudanças na casa, por menores que sejam, já são sentidas pelos pets. Ao
construir o novo quarto, por exemplo, explore tê-lo por perto para que ele
participe dos arranjos e vá se acostumando com os novos móveis e brinquedos.
Existem treinos que podem e devem ser realizados nesse período, como a
habituação ao som de choro de bebê, utilizando áudios prontos na internet, por
exemplo.
Apresentar
o bebê ao pet
Passo fundamental
para construir uma relação tranquila com os pet, apresentar o novo membro de
forma tranquila e confiante passa a mensagem de segurança. É importante que as
primeiras interações sejam breves, aumentando o tempo gradualmente, de forma a
respeitar os limites do animal e sempre com a supervisão dos tutores. De
início, o contato pode ser indireto, permitindo contato visual, mas sem contato
físico.
Além disso, os
tutores podem oferecer itens que tenham o cheiro do bebê ao pet, para que ele
se acostume aos poucos com os novos estímulos. É crucial que o pet não seja
forçado a nada, ou seja, a interação só deve acontecer caso ele demonstre
interesse.
Reforçar o enriquecimento ambiental
Os dias após o
nascimento do bebê poderão ser agitados, e durante esse começo é importante
manter a rotina que se tinha com o pet, dentro do possível. Para isso, visando
afastar o possível estresse e tédio que ele pode sentir, é interessante
reforçar o enriquecimento ambiental com comedouros interativos, brincadeiras,
entre outros, para que o animal gaste energia. No caso de cães, os passeios
mais frequentes são uma ótima opção.
Fortalecer a relação
Com atenção voltada para o novo ser dentro de casa, é importante destinar um tempo ao longo do dia para interagir com os pets. Converse com ele, faça carinhos e dê a atenção necessária para que o relacionamento se mantenha firme e a confiança estabilizada.
Check-up, sempre
Apesar de não ser
uma técnica direta para a convivência entre o bebê e o pet, o check-up é um
passo fundamental na relação entre os dois. Isso porque as consultas periódicas
antes de a criança nascer e depois, quando ela faz parte do convívio, ajudam a
controlar doenças e pulgas, e mantém as vacinas em dia.
Também é um
momento especial dedicado ao pet para avaliar sua saúde mental e comportamentos
frente às mudanças.
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