Médico explica causas, impactos e tratamentos necessários para conter os sintomas.
A cervicalgia crônica, ou dor persistente na região posterior do pescoço, é uma condição que pode comprometer significativamente a qualidade de vida. Ela é considerada crônica quando seus sintomas persistem por mais de três meses, demandando uma abordagem multidisciplinar. De acordo com o Dr. Alexandre Elias, neurocirurgião especialista pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC) – entender as causas e buscar o tratamento correto é essencial para conter a evolução do quadro, bem como reverter os seus sintomas de forma eficaz.
Envelhecimento, traumas, doenças secundárias e até má postura crônica estão entre as causas da cervicalgia crônica, “O uso prolongado de smartphones, por exemplo, que nos obriga a ficar muitas horas com a cabeça inclinada para frente e para baixo, sobrecarrega a musculatura cervical, impondo um peso muito maior para a sua sustentação”, relata o médico.
Se somarmos esse hábito aos processos degenerativos comuns
do avanço da idade e a formação de hérnias de disco ou “bicos de papagaio”,
temos um alto potencial de desenvolvimento da dor cervical.
Quando há uma compressão das raízes nervosas, a dor pode se
somar a outros sintomas, como formigamento e perda de força nos membros de
extensão do pescoço (escápula, ombros e braços).
Diagnóstico e tratamento: abordagem personalizada é a chave
O diagnóstico correto da cervicalgia crônica começa com uma avaliação detalhada, que inclui anamnese, exame clínico e exames de imagem, como ressonância magnética e raio X dinâmico, cujos resultados guiarão um tratamento é direcionado com as necessidades individuais de cada paciente.
Segundo o Dr. Alexandre, a abordagem inicial costuma ser clínica, com o uso de medicamentos para alívio da dor, fisioterapia e técnicas de liberação miofascial. Também é indicada a correção postural, o fortalecimento muscular e o gerenciamento do estresse, ajustes de rotina que fazem uma grande diferença no controle da dor.
Nos casos mais graves, em que o tratamento clínico não é
suficiente, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
"Técnicas minimamente invasivas, como a endoscopia, têm mostrado
resultados bastante promissores ao agirem na descompressão de raízes nervosas
ou da medula, devolvendo qualidade de vida ao paciente",
explica o médico.
Prevenção é o melhor remédio
Para evitar a cervicalgia crônica, adotar medidas preventivas é fundamental. O Dr. Alexandre Elias compartilha algumas orientações práticas:
- Corrija a postura: Evite manter a cabeça inclinada por longos
períodos.
- Alongue-se regularmente: Movimentos suaves ajudam a preservar a
flexibilidade.
- Invista na ergonomia: Adapte o ambiente de trabalho para minimizar
a sobrecarga no pescoço.
- Gerencie o estresse: Técnicas como yoga e meditação podem ser
grandes aliadas.
“O mais importante é ouvir o corpo. A dor é um sinal
de que algo está errado e precisa de atenção. Com diagnóstico precoce e o
tratamento correto, é possível evitar complicações e retomar uma rotina leve e
sem dor”, conclui o especialista.
Para quem deseja se aprofundar no tema, o Dr. Alexandre
Elias abordou a cervicalgia crônica no episódio mais recente de seu podcast . O
conteúdo oferece uma visão detalhada sobre o assunto e está disponível no link
a seguir: Hora da
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