A crescente incidência de bullying
entre adolescentes exige mais atenção e
iniciativas de conscientização
Com o início do ano
letivo, milhões de crianças e adolescentes retornam às salas de aula. Este é o
momento ideal para refletirmos sobre um assunto que permeia este ambiente e
pode afetar significativamente a vida de muitos deles. Estamos falando do
bullying, prática que ocorre frequentemente no ambiente escolar, pode gerar
prejuízos para a saúde física e mental dos envolvidos.
O bullying pode se manifestar de diferentes formas, tanto
físicas quanto psicológicas e no mundo hiperconectado em que vivemos, pode
também ser virtual. Essas práticas afetam crianças e jovens de diversas idades
e em diferentes contextos sociais. Infelizmente, os impactos não se limitam
à infância e adolescência podem se estender para a vida adulta, com
sérias consequências como depressão, baixa autoestima e até mesmo tentativas de
suicídio.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a incidência de bullying tem crescido bastante nos últimos anos,
especialmente na faixa de 13 a 17 anos. A pesquisa revelou que, entre os
meninos, o percentual de casos aumentou de 32% para 35,4% entre 2009 e 2019. Já
entre as meninas, foi de 28,8% para 45,1% no mesmo período. Esses números
mostram a urgência de ações de conscientização e prevenção.
Um dos maiores desafios no combate ao bullying é que muitas
vezes as vítimas não compartilham a situação com seus pais ou responsáveis. Por
isso, é fundamental que educadores e familiares fiquem atentos aos sinais de
alerta e sempre conversem com as crianças e adolescentes. Mudanças
comportamentais, como isolamento social, pedidos frequentes para não ir à
escola, quedas no desempenho escolar, roupas ou livros danificados e hematomas
inexplicáveis, podem indicar que algo está errado.
Em 2022, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) iniciou
uma importante campanha de conscientização voltada para o combate ao bullying e
ao cyberbullying, com o objetivo de alertar, esclarecer, disseminar
informações, educar e reduzir os índices de casos.
A ABP tem se dedicado a promover a conscientização sobre o
bullying e por isto desenvolveu uma cartilha educativa, com informações e
estratégias para o enfrentamento do bullying nas escolas. A cartilha, que estão
disponível gratuitamente, é uma ferramenta muito útil para apoiar tanto
educadores quanto pais e responsáveis, para que possam identificar e saibam
como agir nessas situações. Clique aqui para fazer o download.
A colaboração com as escolas e com as famílias é uma parte
fundamental para que a conscientização chegue a mais crianças e adolescentes,
criando ambientes mais seguros e acolhedores. A luta contra o bullying é uma
responsabilidade de todos nós. A imprensa também desempenha um papel importante
colocando este tema em pauta.
Conheça mais sobre a campanha:
https://www.abp.org.br/contra-o-bullying
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