Segundo Ministério da Saúde, embora existam cerca de 200 espécies de Candida, as mais relevantes clinicamente são Candida albicans (responsável por 44-70% dos casos), Candida parapsilosis, Candida tropicalis, Candida glabrata, Candida krusei, Candida guilliermondii, Candida lusitaniae e, recentemente, Candida auris, de alta virulência e resistência a múltiplos medicamentos
O calor extremo e a umidade do verão favorecem o
surgimento da candidíase, uma infecção causada pelo crescimento excessivo do
fungo Candida, que normalmente faz parte da flora vaginal. Durante
a estação mais quente do ano, fatores como o uso prolongado de roupas de banho
molhadas, roupas apertadas, alimentação inadequada, estresse e o consumo
excessivo de antibióticos aumentam as chances de proliferação desse fungo.
Esses elementos criam um ambiente ideal para seu crescimento, tornando os
sintomas mais frequentes, como coceira genital, vermelhidão e secreção
esbranquiçada ou esverdeada com aspecto de coalhada.
O Brasil registra uma taxa de 2,49 casos de candidemia por 1.000 admissões hospitalares, número que é de 2 a 15 vezes superior ao observado nos Estados Unidos e na Europa, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Esse dado reflete diferenças nos padrões de atendimento hospitalar, nas condições de saúde dos pacientes e nas práticas de controle de infecções dentro das instituições de saúde. Embora as micoses sistêmicas, como a candidíase, não estejam entre as doenças de notificação compulsória no país, sua ocorrência tem se tornado um desafio crescente, especialmente nas unidades hospitalares.
No verão, os sintomas da candidíase podem se
intensificar e se tornar um problema persistente. "Episódios
frequentes precisam ser avaliados por um especialista, pois a automedicação pode
agravar o quadro", alerta a Dra. Maria dos Anjos Neves Sampaio
Chaves, ginecologista do Salomão Zoppi, da Dasa.
Dicas de Prevenção
Para minimizar os riscos de infecção por Candida,
especialmente nos dias de calor intenso, alguns cuidados simples podem fazer
toda a diferença:
- Evite
roupas de banho molhadas: troque o biquíni ou maiô assim que possível,
para reduzir a umidade na região íntima e evitar o ambiente propício ao
fungo.
- Prefira
roupas leves e de algodão: Tecidos naturais ajudam na ventilação e evitam
o acúmulo de calor e umidade.
- Mantenha
uma boa higiene íntima: use apenas água ou sabonetes específicos para a
região íntima, evitando produtos perfumados que podem alterar o pH
vaginal. Além disso, secar bem as regiões intimas após o banho ajudará na
prevenção.
- Invista
em uma alimentação equilibrada: reduza o consumo de açúcar e priorize
alimentos ricos em fibras e probióticos, que ajudam a manter o equilíbrio
da flora vaginal.
- Consulte
um ginecologista regularmente: o acompanhamento médico é fundamental para
prevenir e tratar infecções recorrentes de maneira adequada.
“O equilíbrio entre a saúde física, mental e
emocional é essencial para o nosso bem-estar. O estresse, por exemplo, pode
afetar diretamente nossa saúde de maneira global, e manter a nossa esfera
emocional equilibrada é fundamental para uma vida saudável em todos os aspectos”,
completa. Durante o verão, com os dias de calor extremo, os cuidados com a
saúde íntima são ainda mais necessários para evitar que a candidíase se torne um
problema persistente e desconfortável. A prevenção é a chave para manter o
bem-estar durante a estação mais quente do ano.
Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/candidiase-sistemica/situacao-epidemiologica
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