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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

DIA DA INTERNET SEGURA: DESCUBRA COMO PROTEGER SEUS DADOS ONLIN

Perito em crimes digitais mostra o que é preciso fazer para estar mais protegido no ambiente online

 

O Dia da Internet Segura, celebrado em 2025 no dia 11 de fevereiro, é uma data dedicada à conscientização sobre a segurança digital e boas práticas para proteger os usuários contra crimes cibernéticos. Criado em 2004, pela rede Insafe, e adotado no Brasil desde 2009, o movimento busca educar pessoas e empresas sobre os riscos do ambiente online, promovendo mais segurança para todos. 

Com a crescente digitalização das interações e transações, garantir a segurança na internet se tornou essencial. Em 2022, por exemplo, 30,18 milhões de senhas foram vazadas no Brasil, de acordo com um levantamento do SafeLabs e da ISH Tech. Esse número alarmante só aumenta a cada ano e reforça a importância de adotar medidas de proteção para evitar a ação de criminosos cibernéticos.

O perito em crimes digitais e CEO da EnetSec, Wanderson Castilho, destaca que a segurança digital pessoal depende, principalmente, de hábitos simples que podem minimizar os riscos. “O maior desafio que enfrentamos hoje é que a presença da tecnologia, com todos os nossos dados pessoais, fotos, contatos e documentos, ainda não está associada a boas práticas de segurança. Poderíamos evitar muitos golpes com educação virtual e precaução”, afirma Castilho.
 

Dicas para manter sua segurança online

Para marcar o Dia da Internet Segura, Castilho reuniu algumas práticas essenciais para proteger seus dados e evitar golpes:
 

1. Crie senhas seguras e atualize-as regularmente
Usar a mesma senha para diversas contas pode parecer prático, mas é um grande risco. “Se uma conta for comprometida, todas as outras podem estar”, alerta Castilho. O ideal é utilizar senhas únicas, misturando letras maiusculas e minúsculas, números e símbolos. Além disso, a troca periódica, a cada três meses, reduz os riscos de vazamento.
 

2. Habilite a autenticação em dois fatores
Essa camada extra de proteção adiciona uma barreira contra invasores, tornando mais difícil o acesso não autorizado às suas contas, mesmo que a senha seja descoberta. Embora o processo varie de acordo com a plataforma utilizada, geralmente, a habilitação pode ser feita por meio do acesso às configurações de conta de cada aplicativo. Ao ativar a autenticação de dois fatores será necessário escolher uma outra forma de verificar o dispositivo, seja por envio de email, código SMS, chave de segurança ou outras formas.
 

3. Cuidado com links suspeitos
Golpes como phishing são comuns e utilizam e-mails e mensagens fraudulentas para enganar usuários. Neles, costumam haver links, que parecem legítimos, mas que são capazes de invadir sistemas para roubar informações pessoais como endereço, números de telefones, documentos e dados bancários. “O ideal é não clicar em links desconhecidos e sempre verificar a procedência antes de compartilhar”, ressalta o especialista.
 

4. Evite redes Wi-Fi públicas
Conexões abertas de Wi-Fi podem expor seus dados a ataques, uma vez que as redes públicas carecem de criptografia avançada ou adequada o suficiente para garantir a segurança dos usuários. Por exemplo, se houver um hacker conectado à mesma rede, ele poderá interceptar os dados transmitidos entre os usuários e ver toda a atividade online realizada naquele momento. Isso inclui senhas, informações bancárias, email, mensagens, pesquisas e muito mais.
Caso precise usar um Wi-Fi público, evite acessar contas ou inserir senhas importantes. Além disso, certifique-se de desconectar o dispositivo assim que terminar de utilizar a internet. Essas medidas, por si só, não garantem que alguém mal intencionado não terá acesso aos seus dados, mas podem minimizar as chances de um golpe.
 

5. Mantenha seus dispositivos e softwares atualizados
Muito mais do que adicionar novos recursos ou melhorar o desempenho de softwares, atualizações frequentes corrigem falhas de segurança e dificultam ataques de hackers. Elas têm um papel importante quando se trata de segurança digital. “Não atualizar seus softwares mantém vulnerabilidades conhecidas, deixando o usuário desprotegido”, explica Castilho.
 

6. Reduza a exposição nas redes sociais
Redes sociais são ótimas para gerar conexão e compartilhamento, mas o excesso de informações pessoais pode tornar os usuários alvos fáceis para golpes, fraudes e até crimes físicos; uma vez que criminosos podem usar esses dados para planejar ataques ou manipular vítimas. Por isso, evite compartilhar informações pessoais, como localização e detalhes do dia a dia, pois essas ações podem facilitar golpes e fraudes. 

Além dessas dicas, o perito ainda explica que estar atento aos sinais básicos na hora de acessar um site pode poupar muita dor de cabeça. “Prestar atenção se há erros de digitação no nome do domínio ou no site em geral, designs diferentes dos originais e, principalmente, a presença ou ausência do cadeado de segurança na barra de endereços pode ser definitivo entre estar seguro online ou ter suas informações expostas”. 

O Dia da Internet Segura reforça que, apesar dos avanços tecnológicos, a segurança digital ainda depende de escolhas conscientes dos usuários. “Adotar esses hábitos não elimina totalmente os riscos, mas minimiza significativamente as chances de se tornar uma vítima e torna o uso da internet mais seguro e responsável”, conclui Castilho.

 



Wanderson Castilho - perito cibernético e físico, utiliza estratégias de detecção de mentiras e raciocínio lógico para interpretar os algoritmos dos crimes digitais. Autor de quatro livros importantes no segmento e há 30 anos no mercado, Wanderson Castilho refaz os passos dos criminosos virtuais para desvendar a metodologia empregada no crime digital. Certificado pelo Instituto de Treinamento de Análise de Comportamento (BATI) da Califórnia, responsável por treinar mais de 30 mil agentes policiais, entre eles profissionais do FBI, CIA e NSA. Também possui certificados em Certified Computing Professional – CCP – Mastery, Expert in Digital Forensics, é membro da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners). E sua recente certificação como Especialista em investigação de criptomoedas pelo Blockchain Intelligence Group, ferramenta usada pelo FBI, o coloca hoje em um patamar de um dos maiores profissionais em crimes digitais do mundo sendo um dos especialistas mais cotados para resolver crimes cibernéticos.

 

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