As mudanças climáticas são a maior preocupação na área de Saúde do século 21. O corpo humano tem um limite para aguentar altas temperaturas, podendo sofrer consequências como estresse, insuficiência cardíaca e lesão renal aguda por desidratação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma onda de calor tem relação direta com o aumento de mortes. Altas temperaturas respondem por 7% das internações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) explicam que as ondas de calor provocam um aumento de mediadores
inflamatórios no organismo humano, afetando, principalmente, os extremos de
idade, gestantes, obesos e pessoas com doenças crônicas, agravando as doenças
alérgicas, prioritariamente as alergias respiratórias, como asma e rinite,
e de pele, como dermatite atópica.
“Ao contrário de
outros eventos climáticos extremos, como tornados e enchentes, o calor passa a sensação de ser menos agressivo ou mais
tolerável pelas pessoas. É essa falsa percepção que faz com
que ondas de calor sejam extremamente perigosas para a saúde humana”, explicam
os especialistas da ASBAI.
Em dias de calor
extremo, há um aumento no risco de mortalidade cardiovascular e respiratória.
Há risco também de causar estresse térmico significativo em todos os organismos
vivos como em plantas, afetando a fotossíntese, a respiração, o crescimento, o
desenvolvimento e a reprodução. Também afeta os animais, levando a
alterações fisiológicas e comportamentais, como redução da ingestão calórica,
aumento da ingestão de água e diminuição da reprodução e do crescimento.
Cinco mecanismos
fisiológicos podem ser deflagrados pela temperatura elevada: isquemia,
citotoxicidade, inflamação, coagulação intravascular disseminada e
rabdomiólise.
Acima de 39°C,
40°C, enzimas fundamentais para o metabolismo sofrem uma queda abrupta na
velocidade das reações químicas necessárias à vida. O corpo começa a parar de
quebrar proteínas e açúcares para obter nutrientes e energia.
Os médicos da ASBAI
explicam que o ser humano controla sua temperatura de duas formas. A primeira é
por meio dos vasos sanguíneos que se dilatam para levar mais sangue até a pele,
para que o calor possa ser irradiado para fora do corpo. O segundo é por meio
do suor, que refresca a pele por evaporação. O calor pode impactar
gravemente sete órgãos: cérebro, coração, intestinos, fígado, rins, pulmões e
pâncreas.
O corpo também perde muito líquido na tentativa de se aliviar pelo suor, o que leva à desidratação e torna o sangue viscoso, afetando os rins e o coração, que são mais exigidos. A desidratação também causa vasoconstrição, que eleva o risco de trombose e de acidente vascular cerebral.
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