Com a aproximação
das férias, muitos tutores se preparam para viajar e, claro, levar seus animais
de estimação junto. Para garantir uma experiência segura e tranquila para
todos, Joyce Aparecida Santos Lima, Analista de Educação Corporativa da Cobasi,
apresenta as orientações e regras fundamentais de transporte para pets, seja no
carro, no avião ou em outros meios de locomoção.
De acordo com o
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido transportar animais soltos
dentro do veículo, à esquerda do motorista ou entre seus braços e pernas.
Também não é permitido que o animal viaje na caçamba ou com a cabeça para fora
da janela. Para um transporte seguro, o mercado oferece diversas opções, que
variam conforme o porte e comportamento do pet. "A forma mais correta de transportar
seu cão é fazendo o uso de caixas de transporte, bolsas ou cadeiras específicas
e o cinto de segurança pet", afirma Joyce.
Para evitar enjoos
e vômitos, o ideal é acostumar o pet ao carro e aos equipamentos de transporte.
A adaptação pode ser feita gradualmente, com passeios curtos que evoluem para
percursos mais longos. Além disso, é recomendável um jejum de 3 a 4 horas antes
da viagem, mantendo apenas alimentos leves e usuais na dieta do animal. Caso os
enjoos persistam, é importante consultar um veterinário, que pode avaliar a
necessidade de medicamentos específicos. "O uso de sedativos sem
prescrição veterinária é contraindicado, pois pode trazer riscos à saúde do
animal", alerta a especialista.
Durante viagens
longas, é recomendável fazer paradas regulares para que o pet possa se alongar,
beber água e urinar. A retenção de urina por mais de 8 horas pode causar
infecções ou cálculos urinários. Já a alimentação pode ser adiada para evitar
vômitos. Se for necessário alimentar o pet, opte por uma parada, garantindo um
momento tranquilo para a refeição. "Não existe uma regra fixa para a
frequência das paradas, mas o ideal é observar os sinais de incômodo do animal
e respeitar suas necessidades", explica ela.
Os sinais de
incômodo incluem inquietação, giros ao redor de si mesmo, aumento do volume
abdominal e latidos excessivos. Se o pet apresentar esses comportamentos, é
hora de parar e permitir que ele se movimente, beba água e atenda suas
necessidades fisiológicas. "Quando o animal começa a latir e se mostrar
inquieto, é uma clara demonstração de que precisa de uma pausa", destaca.
Para viagens
aéreas, é fundamental conhecer as regras de cada companhia, pois elas variam
conforme porte, peso do animal e destino da viagem. Algumas empresas permitem o
transporte na cabine em bolsas maleáveis, enquanto outras exigem o uso de caixas
rígidas no porão. “Algumas companhias exigem o uso de caixas de transporte
rígidas para o porão, enquanto outras permitem bolsas mais flexíveis na cabine,
desde que o peso do animal esteja dentro dos limites definidos”, afirma.
Para o transporte
no porão, é necessário atender a algumas exigências, como o uso de caixas de
transporte adequadas, que garantam conforto e segurança. O animal deve
conseguir se movimentar livremente dentro da caixa, que precisa ter ventilação
adequada. Também é importante garantir a identificação do animal, seja por
plaquinhas ou microchip, e que todas as vacinas e documentos estejam
atualizados. "O ideal é consultar um veterinário antes da viagem para
garantir que toda a documentação exigida pelo destino e pela companhia aérea
esteja em dia", reforça Joyce.
Por fim, os gatos
costumam ser mais resistentes a mudanças de ambiente, mas caso a viagem seja
necessária, a adaptação gradual é a chave. "Os gatos precisam de tempo
para se acostumar com a caixa de transporte. O tutor pode deixar o acessório em
locais de convívio do animal e incentivar brincadeiras e recompensas para criar
uma relação positiva", sugere ela.
Cobasi
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