O advogado Marcus Coelho, especialista em negociação, dá dicas para começar o ano sem dívidas
Os meses de janeiro e fevereiro são sempre repletos de obrigações, como pagamento de material escolar, uniforme e matrículas, além de IPTU dos imóveis e IPVA dos veículos. Tantas contas podem causar problemas de fluxo de caixa e é preciso organização para não iniciar o ano endividado.
O advogado especialista em negociação, Marcus Coelho, fez uma seleção de dicas especiais para começar o ano com organização financeira. “Trata-se de um período em que as obrigações financeiras aumentam e é preciso saber lidar com elas, negociando-as adequadamente sob pena de causar problemas de fluxo de caixa, em condições que não prejudiquem os pagamentos e atendam as obrigações”, afirma.
Mesmo que despesas como IPTU e IPVA não tenham margem direta para negociação, pois são impostas pelo Poder Público, é possível aplicar estratégias para acomodar esses custos dentro do orçamento global, otimizando o manejo de outras despesas.
Confira
algumas dicas para negocias as contas do início de 2025:
Revisão de despesas variáveis: “É preciso identificar os gastos flexíveis, como Uber, lazer, serviços de streaming, alimentação fora de casa. Isto consome muito do caixa de uma pessoa”, conta Coelho. Reduza ou adie essas despesas temporariamente para liberar recursos e reorganize temporariamente categorias orçamentárias menos essenciais para atender às urgências das despesas fixas.
Parcelamento
estratégico de outras despesas: Exercite
a negociação proativa: aborde instituições ou fornecedores de outras despesas
significativas, como escola e condomínio, para negociar parcelamentos ou prazos
estendidos. Muitas instituições, cientes da pressão desse período, oferecem
opções de parcelamento. “Busque descontos em pagamentos antecipados de despesas
anuais não obrigatórias, competindo por uma alocação preferencial no seu
orçamento”, comenta o especialista.
Uso
inteligente de créditos e recursos: Se
necessário, utilize crédito planejado, como parcelamento no cartão de crédito
sem juros, de forma calculada para sanar gastos menos significativos.
“Considere, se for possível, aumentar receitas, por exemplo, com trabalhos
adicionais ou venda de itens não essenciais, para aliviar a pressão
orçamentária”, diz.
Comunicação
com instituições públicas:
Embora não seja possível negociar valores, é importante estar ciente de todas
as alternativas oferecidas em instituições públicas, como incentivos púbicos e
conferência de descontos e isenções. “No caso dos incentivos, busque
informações sobre possíveis programas de refluxo de pagamento ou prorrogações
oferecidas por certos municípios ou estados em ocasiões excepcionais”, explica.
Já quanto aos descontos e isenções, Coelho sugere que as pessoas busquem
informações sobre vantagens disponíveis, baseadas em fatores como eficiência
energética, uso específico do veículo (no caso do IPVA) ou programas de
incentivo.
“A
chave está em otimizar o planejamento e a gestão das despesas negociáveis, como
matrículas, material escolar, condomínio para adequar suas finanças às
exigências inevitáveis, como o IPTU e o IPVA. Empregar uma mentalidade proativa
e estratégica transformará desafios aparentes em oportunidades de
fortalecimento financeiro”, completa Coelho.
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