Nutricionista esportivo,
Lucas de Albu esclarece dúvidas sobre os alimentos e hormônios.
O equilíbrio hormonal é essencial para o funcionamento adequado do corpo, influenciando aspectos como humor, metabolismo e a reprodução. A alimentação desempenha um papel crucial na manutenção desse equilíbrio, podendo tanto ajudar quanto prejudicar a saúde hormonal. Certos alimentos podem auxiliar na regulação dos hormônios, enquanto outros podem contribuir para desequilíbrios que impactam negativamente a saúde.
O nutricionista esportivo, Lucas de Albú, esclarece algumas dúvidas sobre os alimentos que são ricos em gorduras saudáveis, como o ômega-3, que auxiliam na produção de hormônios:
“O abacate é uma fruta rica em gordura, principalmente a monoinsaturada. Uma porção de 10 azeitonas também contém gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, assim como o salmão e a sardinha. O azeite de oliva e a castanha-do-pará são ótimas fontes de gorduras boas, já as nozes são fonte de gorduras insaturadas. A linhaça é uma ótima fonte de ácidos graxos, ômega-3 e fibras solúveis e o chocolate amargo é uma sobremesa rica em antioxidantes.”, comentou o nutricionista
Segundo o nutricionista, as gorduras muitas vezes são vistas de
forma negativa, mas é importante entender que nem todas gorduras são iguais. As gorduras boas, encontradas em alimentos como abacate,
azeite de oliva e peixes gordurosos, são essenciais para a produção de
hormônios saudáveis. O corpo utiliza essas gorduras para produzir
hormônios, como os esteróides, que incluem o cortisol e os hormônios sexuais,
como estrogênio e testosterona. Essas gorduras também são importantes para
manter as membranas celulares flexíveis, o que é crucial para a comunicação hormonal.
Além disso, essas gorduras ajudam a reduzir a inflamação no corpo, o que pode
prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas ao desequilíbrio
hormonal. Por isso, incluir gorduras boas na dieta pode ser uma maneira eficaz
de apoiar a saúde hormonal a longo prazo.
“O magnésio tem um papel significativo na função hormonal. Esse mineral desempenha um papel crucial na regulação da atividade de várias glândulas endócrinas, incluindo as glândulas paratireoides e a tireoide, além de influenciar a produção e ação de hormônios como o estrogênio, a progesterona e o cortisol. Essas interações são vitais para a manutenção do equilíbrio hormonal, afetando tudo, desde o metabolismo até o ciclo menstrual e a resposta ao estresse. O magnésio também atua na modulação da sensibilidade à insulina, o que é crucial para a regulação dos níveis de açúcar no sangue e prevenção da resistência à insulina, um precursor do diabetes tipo 2. Além disso, estudos sugerem que níveis adequados de magnésio podem ajudar na prevenção e no manejo de condições como a síndrome do ovário policístico (SOP) e disfunções tireoidianas, graças ao seu papel na modulação da atividade hormonal.”, afirmou Lucas de Albú.
De acordo com o profissional, o consumo de alimentos
ultraprocessados pode criar um ambiente intestinal que favorece microorganismos
que promovem doenças inflamatórias. As células de gordura podem se tornar
disfuncionais e liberar moléculas inflamatórias, que podem ser gatilhos para
depressão, ansiedade e demência. Pesquisas indicam que os ftalatos, químicos
presentes em alguns alimentos industrializados, podem alterar o sistema
reprodutor de crianças e desregular a produção de hormônios como a testosterona
e o estrogênio.
Questionamos o nutricionista sobre os riscos do
consumo de álcool no equilíbrio hormonal, incluindo testosterona e estrogênio,
e ele nos respondeu:
“A testosterona é um hormônio esteroide que desempenha papel tanto anabólico quanto androgênico. Ao todo, esse hormônio exerce variadas funções ergogênicas, anabólicas e anti catabólicas no músculo esquelético e no tecido neuronal, a qual, de maneira dose-dependente, leva a um aumento da força muscular, potência, resistência e hipertrofia. Quando falamos do consumo de álcool relacionado a testosterona, alguns estudos mostram uma alteração hormonal em um período de 12 e 24 horas após o consumo dessa substância. Ou seja, a literatura evidencia que o álcool possui a capacidade de diminuir a quantidade de testosterona livre e de aumentar a quantidade de cortisol. O consumo de álcool pode interferir nos níveis de estrogênio e nos resultados da terapia de reposição hormonal, além de aumentar o risco de câncer de mama. O álcool pode afetar a concentração de hormônios endógenos, o que pode prejudicar a ovulação e a receptividade do endométrio”, finalizou o nutricionista.
A alimentação desempenha um papel fundamental no equilíbrio hormonal e, consequentemente, na saúde geral. Optar por alimentos nutritivos e evitar aqueles que podem desequilibrar os hormônios pode ajudar a prevenir uma série de problemas de saúde e melhorar a qualidade de vida. Adotar hábitos alimentares saudáveis é um passo importante para manter a harmonia hormonal e o bem-estar a longo prazo.
Lucas de Albu - graduado em nutrição e pós graduado em nutrição esportiva e estética. Atualmente atua na Clínica PuraH, localizada no centro de São Paulo. Lucas é influenciador digital, modelo e nutricionista, natural de Fortaleza, Ceará. Desenvolve conteúdos sobre nutrição, treinos, lifestyle e receitas. Participou também do reality show “A Grande Conquista 2”, transmitido pela Record TV.
Instagram / @lucasdealbu
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