Pós-festas e dieta de
início de ano: psicóloga alerta como a comilança e o inchaço podem impactar a
percepção corporal e a relação com a comida
Passada as festas e o
recesso de excesso na alimentação e no consumo de álcool, o início do novo ano
é para muitas pessoas, confrontadas pelo reflexo no espelho, pelo desconforto
do inchaço e pela sensação de culpa pelos excessos cometidos. Segundo a
psicóloga Valeska Bassan, especialista em transtorno alimentar, essa
combinação pode intensificar sentimentos negativos em relação ao corpo e prejudicar
a relação com a comida, especialmente para quem vê janeiro como o mês de
começar dietas radicais.
“Após as festas, há um
aumento na autocrítica corporal. A culpa pelos exageros pode levar a dietas
restritivas que, além de não serem sustentáveis, contribuem para um ciclo de
compulsão e restrição alimentar. Isso afeta diretamente a saúde mental e
emocional das pessoas”, explica Valeska.
A especialista ressalta
que o início do ano é um momento em que muitos recorrem a dietas da moda ou
programas detox, acreditando ser a solução para compensar os excessos. No
entanto, essas práticas podem intensificar a desconexão com os sinais de fome e
saciedade, além de reforçar uma relação punitiva com a comida.
“Em vez de buscar
reparação imediata, é importante que as pessoas entendam que um ou dois dias de
exageros não definem sua saúde ou corpo. O foco deve ser no equilíbrio e no
bem-estar, e não na culpa ou em promessas de mudanças irreais”, orienta.
Ela lembra ainda que é
normal sair da rotina alimentar em momentos de celebração e por isso, isso não
deve ser transformado em uma autoavaliação negativa. ”O inchaço e desconfortos
corporais são transitórios, mas se os sentimentos de culpa ou insatisfação com
o corpo forem persistentes, é importante contar com a orientação profissional”,
alerta.
“O importante é não
transformar o desejo de bem-estar em pressão estética ou metas impossíveis. O
começo do ano pode ser o momento ideal para construir uma relação mais
equilibrada com o corpo e a comida”, finaliza Valeska.
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