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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

“Chip da Beleza”: Anvisa suspende produto no Brasil. Saiba tudo

Não são todas as mulheres que podem fazer terapia de reposição hormonal, afirma o médico especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva 

 

Esta semana a Anvisa proibiu a venda e o uso dos implantes hormonais, conhecidos como "chip da beleza". 

 

A medida afeta os implantes manipulados em farmácias, suspendendo sua manipulação, comercialização, propaganda e uso. Esses implantes, aplicados sob a pele e contendo um ou mais hormônios, são usados para fins estéticos e no tratamento de sintomas como fadiga e menopausa, mas não têm registro na Anvisa. 

 

A agência considera que faltam garantias de qualidade, segurança e eficácia, alertando para riscos como colesterol elevado, hipertensão, AVC e arritmias.


 

O que são os chips da beleza?


Os chamados "chips da beleza" que ficaram conhecidos após vários famosos o usarem são implantes hormonais subcutâneos, semelhantes ao tamanho de um palito de fósforo, usados para fins estéticos e tratamento de sintomas como fadiga e menopausa. 

 

Eles liberam hormônios no corpo para ajudar na perda de peso, ganho de massa muscular e controle de sintomas hormonais. 

 

Como eles funcionam?


De acordo com o médico especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva, os chips usam “combos” de hormônios para as pacientes.

 

“Os hormônios usados são principalmente o estradiol (estrogênio), a progesterona microlisada e em alguns casos a testosterona, que em sua grande maioria são produzidos pela indústria farmacêutica e administrados por via oral ou transdérmica, que causam um pico de concentração sanguínea dos hormônios que ocorre uma hora após o uso, seguida de uma queda nessa concentração a cada hora e em aproximadamente 6 horas após a ingestão ou aplicação transdérmica, essa concentração já é mínima ou inexistente”.

 

“No caso dos produzidos por farmácias de manipulação, a entrega e manutenção da concentração sanguínea dos hormônios é diferente. Quando colocamos um implante hormonal subcutâneo, o organismo o identifica como um corpo estranho que precisa ser destruído, e para tal, é preciso mandar células de defesa que possam executar essa função”. 

 

"Para nosso corpo “destruí-lo”, ele forma uma nova vascularização ao redor do implante, para que as paredes dos vasos sanguíneos “abram” pequenas passagens. Com essa “abertura”, as células de defesa começam a passar, mas o sangue começa a ter contato direto com o implante, que a cada batimento cardíaco leva uma pequena quantidade de hormônios para a corrente sanguínea da paciente”, explica.

 FreePik


O que especialistas dizem sobre o uso dos implantes?

 

De acordo com o médico especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva, os implantes trazem alguns benefícios, mas existem pessoas que não podem usá-los.

 

“A ciência comprovou os benefícios dos implantes, principalmente na diminuição do risco cardiovascular e menor desenvolvimento de osteoporose para as mulheres que fazem terapia de reposição hormonal. Porém, não são todas as mulheres que podem fazer terapia de reposição hormonal, pacientes sobreviventes de câncer de mama, por exemplo, não podem ser submetidas à terapia, sob o risco de aumento de risco de reincidência da doença”.

 

“Porém não existem estudos científicos robustos que sustentem a segurança e a eficácia desses tratamentos utilizando essa via de administração. Como qualquer medicamento, se usado de forma errada, principalmente em super dosagens e em busca de rápidos efeitos estéticos ou de performance, trarão inúmeros efeitos colaterais e malefícios a essas usuárias”.

 

“No meu entender o momento é de reflexão, condução de estudos científicos que possam realmente responder essas perguntas e comprovar se isso é bom ou ruim, para que possamos praticar uma medicina segura, baseada em evidências, como deve ser!”, ressalta Dr. Alexandre Silva e Silva.

 

Dr. Alexandre Silva e Silva - se formou em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998, dando


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