Mês de agosto é marcado pelo Dia Internacional
do Pedestre; Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico alerta que
imprudência e distração estão entre as principais causas da situaçãoImprudência e distração estão entre as
principais causas de atropelamentos
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O convívio entre
pedestres e motoristas deveria ser harmônico, mas nem sempre é. Dados do
Ministério da Saúde mostram que, em 2023, o SUS (Sistema Único de Saúde)
contabilizou 39.110 internações por atropelamento, média de 107 registros por
dia. Comparado à 2022, houve aumento de 7% nas hospitalizações. Naquele ano,
foram registradas 36.609 internações.
No mês de agosto,
o dia 8 é marcado como Dia Internacional do Pedestre, data que foi criada pelas
Nações Unidas, chamando atenção para os riscos à vida e à segurança dos
pedestres. Atropelamentos, geralmente, resultam em politraumatismo,
caracterizado por múltiplas lesões causadas ao corpo por forças de natureza
externa.
“Os acidentes de
trânsito são a principal causa de politraumatismos e, quando isso acontece, boa
parte dos casos leva a óbito, em razão de hemorragias causadas por rupturas de
grandes vasos ou lesões nos órgãos vitais ou por infecções generalizadas
decorrentes dos traumas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira do
Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero.
O especialista
lembra ainda que, quando a vítima sobrevive, há riscos de sequelas permanentes,
em função da gravidade das lesões e que podem levar à série de limitações por
toda a vida.
A imprudência –
tanto de motoristas, como de pedestres – é um dos fatores que contribuem para o
aumento de atropelamentos. “Não é incomum ver condutores trafegando em alta
velocidade, passando no sinal vermelho, assim como pedestres que atravessam a
rua fora da faixa de pedestre, se arriscam ao atravessar mesmo com o semáforo
fechado para eles e, ainda, que não utilizam as passarelas construídas
justamente para preservar a segurança”, ressalta Caiero.
Distração
O presidente da
Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico lembra que a distração, com o uso de
celular, é outro ponto que leva à situação. “É corriqueiro ver motoristas
dirigindo e mandando mensagem ao mesmo tempo e, em um piscar de olhos, um
acidente pode acontecer. O mesmo com os pedestres. Com a cabeça baixa, olhar
fixo na tela e, muitas vezes, com fones de ouvido, toda a atenção é desviada. A
rua requer atenção, máxima e de todos”, salienta.
Primeiros
socorros
Ao envolver-se ou
presenciar um atropelamento, a primeira ação é ligar para o serviço de resgate
(192) e sinalizar o local para evitar outros acidentes. “Trate toda e qualquer
vítimade trânsito com a suspeita de ter sofrido uma lesão na coluna ou no
pescoço e, por isso, não toque no acidentado sem conhecimento técnico e
material adequado. Só uma pessoa especializada deve realizar o transporte da
vítima para o hospital”, conclui.
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