Natural Extremo, na Serra Catarinense, oferece experiências transformadoras para os amantes de aventura
A procura por aventuras que desafiam os
limites e proporcionam uma dose extra de adrenalina tem se tornado uma
tendência crescente entre os brasileiros. O que motiva essas pessoas a buscarem
constantemente momentos de intensidade? Para muitos, é mais do que apenas o
prazer da experiência, trata-se de uma forma de vida, um escape do cotidiano e
uma maneira de se reconectar com si mesmos e com a natureza.
Na Serra Catarinense, a Natural Extremo
tem sido um dos principais destinos para quem busca emoção. Com seis anos de
atuação, a empresa já proporcionou mais de 17 mil saltos no seu famoso Salto de
Pêndulo, que atrai aventureiros de todo o país. Além disso, atividades como a
Tirolesa de Bike, com um percurso de 580 metros de ida e volta a 120 metros de
altura, e a Tirolesa sobre o Cânion são igualmente populares, todas com uma
vista de tirar o fôlego para a Cascata do Avencal, umas das mais lindas
paisagens do sul do país.
"A adrenalina que nossas
atividades proporcionam não é apenas física, mas também emocional. O Salto de
Pêndulo, por exemplo, é mais do que um salto, é um processo de autoconhecimento
e superação. As pessoas saem daqui transformadas, com uma nova percepção de
seus próprios limites", explica Allan Pinheiro, diretor de experiências da
Natural Extremo.
Adrenalina e Dopamina: os motores da
emoção
A adrenalina é um hormônio e
neurotransmissor produzido pelas glândulas adrenais, que são pequenas glândulas
localizadas acima de cada rim e são responsáveis por produzir vários hormônios
essenciais para o funcionamento do corpo, como também o cortisol e a
aldosterona. Esses hormônios regulam diversas funções vitais, como a resposta
ao nervosismo, o metabolismo, a pressão arterial e o equilíbrio de água e sais
no corpo em resposta a situações extremas. Ela prepara o corpo para esses
momentos de nervosismo ao aumentar a frequência cardíaca, dilatar as vias
respiratórias, e elevar os níveis de glicose no sangue, fornecendo mais energia
para os músculos.
Além disso, a adrenalina intensifica a
atenção e a vigilância, permitindo uma reação mais rápida aos estímulos. Sua
ação é fundamental para a sobrevivência em situações críticas, mas também pode
ser desencadeada em momentos de grande emoção ou excitação.
Por outro lado, a dopamina é o
neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e recompensa. Quando uma
pessoa enfrenta um desafio e o supera, como no caso de um salto de pêndulo ou
uma caminhada em highline, o cérebro libera dopamina, criando uma sensação de
bem-estar e satisfação. É essa combinação de adrenalina e dopamina que tornam
as atividades de aventura tão viciantes para muitos.
Adrenalina em ação: no lazer e na
profissão
Para João Rodolfo, empresário e amante
de aventuras, a paixão pela adrenalina começou cedo, ainda na infância.
"Desde criança, sempre morei na cidade, mas em constante contato com a
natureza, o que despertou em mim um gosto pela aventura e pelo que ela oferece.
Em outras palavras, sou um guri da cidade criado no mato", relembra ele. No
entanto, a rotina e as responsabilidades da vida adulta acabaram ofuscando essa
conexão com a natureza e a adrenalina. "Tudo mudou quando, certo dia, me
vi na beira do Cânion Espraiado, com os joelhos tremendo de medo. Foi quando,
durante uma contagem regressiva, dei um salto que ressignificou minha vida e
minha maneira de viver. Desde então, o Salto de Pêndulo se tornou uma tradição
anual – já são 15 saltos e contando!", compartilha Rodolfo, com emoção.
Além do Salto de Pêndulo, João não para de buscar novas aventuras, ele
regularmente salta de paraquedas, explora trilhas desafiadoras e se aventura em
tirolesas, sempre em busca de renovar essa paixão.
Mas o que leva alguém a buscar essas
experiências intensas? A psicóloga clínica Larissa Bez, especialista na abordagem
da Terapia Cognitivo Comportamental, oferece uma perspectiva sobre esse
comportamento. "O engajamento em atividades de aventura revela traços de
personalidade distintos e características neurobiológicas únicas. Esses
indivíduos geralmente apresentam uma maior abertura a novas experiências,
encontrando assim, uma forma valiosa de introduzir emoção e prazer,
enriquecendo suas vidas ao evitar a monotonia do cotidiano”, explica. Além
disso, segundo Larissa, a pessoa desenvolve habilidades avançadas de regulação
emocional, aprendendo a gerenciar medo e ansiedade diante de riscos
consideráveis. “Essa capacidade de manter a calma sob pressão é muito
importante para a segurança e o desempenho"
A adrenalina faz parte do cotidiano de
Rafael Bridi, atleta profissional de slackline (modalidade em que os atletas
caminham sobre uma fita feita majoritariamente de nylon e poliéster, esticada
entre dois pontos, paralelo ao chão) e duas vezes recordista do Guinness Book.
Para ele, a aventura não é apenas sobre o pico de adrenalina, mas sim sobre a
conexão profunda com a experiência. "Highline é, por natureza, uma
atividade baseada em riscos, que envolve caminhar em uma slackline suspensa a
alturas consideráveis”, afirma. Para Bridi, a chave está em manter uma conexão profunda
com a experiência, buscando um estado de fluxo, não um pico de adrenalina.
“Desenvolver uma relação saudável com o medo é fundamental, pois perder o
respeito por ele pode levar à complacência e à imprudência. Reconhecer o
equilíbrio entre coragem e cautela é essencial para garantir a segurança
contínua e o sucesso".
O acompanhamento psicológico é
importante para os praticantes de atividades de aventura, ajudando-os a
encontrar um equilíbrio na vida e a reduzir riscos. “O conhecimento, o
planejamento e o apoio são fundamentais para quem deseja se aventurar nessas
práticas, assim como diversificar as fontes de prazer e satisfação é vital para
manter um bem-estar duradouro", conclui a psicóloga Larissa Bez.
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