Em uma recente
entrevista, a linda e talentosa atriz Jane Fonda, no programa Her Call Daddy,
foi questionada sobre qual é o benefício de ter um grupo forte de amigas?
E ela respondeu sem titubear: “A nossa saúde. E complementou falando de um estudo de Havard que diz que não ter amigas é tão ruim para a saúde quanto fumar. As mulheres olham nos olhos, pedem ajuda, mostram vulnerabilidade e Fonda diz que essa deve ser uma das razões para as mulheres viverem, em média, 05 (cinco), 07 (sete) anos a mais que os homens. E os homens quando conversam continuam falando sobre mulheres, carros e esportes”.
Mas infelizmente trago um dado triste. A pesquisa PoderData, realizada pela Poder360 de 2 a 4 de abril de 2023, mostra que 1 em cada 4 brasileiros dizem ter, no máximo, 1 amigo próximo. Esse universo de 28% é composto por 14% que dizem não ter amigos e outros 14% que relatam ter apenas 1. O número de brasileiros que não têm amigos aumentou no último 1 ano e meio. Em setembro de 2021, no meio da pandemia de coronavírus, a taxa era de 9%.
Tenho a benção de ter um grupo de amigas, que trocam sentimentos, emoções, fatos da vida, ideias etc; sendo a origem desses vínculos primeiramente a amizade, o bem querer, o respeito, a admiração, que somente depois ensejou também um relacionamento profissional haja vista que todas nós estamos em sintonia com interesses, assuntos similares relacionados ao Desenvolvimento Humano e Organizacional, surgindo daí também uma parceria de trabalho. Nossas trocas são semanais e regadas a conhecimento de cursos e estudos que fazemos juntas. Trata-se de troca valiosa e que brinda a vida com muita informação e material que faz a diferença positiva.
O que seria
melhor que trabalhar com amigas queridas com leveza e propósito de apoiar
nossos semelhantes e as organizações, estas últimas por quais todas nós vivemos
por muitos anos?
Falando aqui em
primeira pessoa, esses vínculos de amizade geram crescimento por meio da
experiência vivida por cada um e aprendizados ilimitados, além de ser um espaço
de segurança para falar, ouvir, ser quem realmente se é, sem máscaras, filtros
etc., é algo sagrado, precioso e até raro; e que somente as relações
verdadeiras e cheias de amor, permitem.
Como somos
adeptas do compartilhar, mencionarei aqui sobre algumas trocas preciosas que
tivemos nas duas últimas semanas, por serem boas sementes e que podem germinar
por aí, quem sabe, com um efeito positivo assim como foi e é para nós? Diga-se
que muitas destas trocas baseiam-se no livro “uma vida bem vivida”, cuja autora
é a médica centenária doutora Gladys McGarey, Ed. Rocco., são elas:
- Nestes últimos tempos estamos refletindo
muito sobre o ciclo da terceira idade, idosos, velhice etc, e que o fim
(sentido de finitude mesmo) de um ser, que tem o privilégio de viver essa
idade, dependerá de duas coisas importantes: o que aquele idoso plantou e
o que, portanto, irá colher das pessoas no seu entorno; e principalmente
das qualidades das relações construídas ao longo da vida. Pois, segundo a
experiência e o que estamos aprendendo neste sentido, nos mostra que
prover o idoso com dinheiro, para quem o tem é fácil, porém dar amor,
cuidado, atenção e tempo é que é o grande desafio, é o amar apesar da
“inutilidade” e do trabalho que dá;
Um movimento bem interessante que percebo é a união de gerações.
Tem surgido mundo afora um tipo de moradia que se especializou em mesclar
gerações. É uma espécie de alternativa às casas de idosos tradicionais,
acolhendo os mais velhos, que tiram proveito da rede de apoio na vizinhança, e
os mais novos, que podem deixar os filhos sob os cuidados de um amigo setentão,
em um dia a dia saudavelmente compartilhado, de acordo com uma reportagem
publicada na Veja em 28/05/2023.
- O maior temor não é a morte, propriamente
dita, mas como serão os nossos últimos dias de vida, com quem estaremos e
de que maneira estaremos especialmente pensando em nossa dignidade, bem
viver e felicidade?
- Amor é o que há de mais importante na
vida, amor em sentido amplo. O amor é cura. Importantíssima a reflexão
sobre como recebo e dou amor? Segundo as palavras do apresentador e
jornalista Pedro Bial “amor é o que dá sentido a vida, capacidade de se
doar, de se entregar, de se submeter, de se transformar, escutar; e a
maior expressão de amor é dar atenção a alguém, é cuidar de alguém;
- Estamos aqui por um motivo, importante
entender qual a nossa real essência, a nossa missão.
- Vida é movimento. Esse movimento te leva
em direção de sua essência? O que está te afastando de sua essência e de
sua missão?
- Como você está construindo e nutrindo
suas relações? Quais as conversas de qualidade que está tendo?
- Quanto vale a sua energia?
- Estamos abrindo espaço, tempo, para
enxergar os milagres da vida?
- Você está cuidando do seu EU do futuro,
aquele que você quer ter o prazer e o orgulho de encontrar logo mais
adiante?
Por toda a minha
experiência de vida e carreira, ouso a dizer que é muito difícil alguém sem o
devido apoio técnico e de acolhimento, pensar em todos estes aspectos tão
relevantes da vida de qualquer um de nós, por si só.
Lembremos que o
desenvolvimento na fase madura, adulta, ao contrário da fase infantil,
adolescente, não ocorre de forma espontânea e depende de um esforço
intencional, consciente por parte das pessoas e organizações, trata-se do
desenvolvimento vertical e não o horizontal ao qual estamos mais acostumados,
depende de uma autoeducação.
Assim, recomendo
firmemente que busquem contatos de especialistas para enxergar com melhores
lentes e agir nesse universo amplo de ideias importantíssimas para ir rumo ao
bem viver, de maneira a ter mais leveza, consciência das direções e escolhas
tomadas.
Estamos à disposição para apoiar, estimular e facilitar um plano de ação que os levem a sair do automatismo que o dia a dia e os sistemas aprisionam as pessoas.
Como diz a professor Lúcia Helena Galvão, no EntrePalcos “É extremamente necessário, as pessoas darem uma parada, para mergulhar em si mesmas, questionarem-se quem eu sou de fato? A sociedade precisa disso, menos para fora e mais para dentro e para cima. A essência governando a vida!”
Meu muito obrigada a essas amigas queridas e tão amadas, este texto é em homenagem a vocês, que fazem a minha vida muito mais cheia de cores, bons aromas, sabedoria e aprendizados valiosos, vocês fazem a diferença positiva em minha vida, fazendo inclusive eu refletir mais, ampliando perspectivas para melhores ações a serem implementadas.
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