Campanha foi criada para conscientizar a população sobre os riscos da doença, que é também responsável por 60% dos casos de câncer de fígado
Julho foi adotado
pelo Ministério da Saúde e pelo Comitê Estadual de Hepatites Virais como um mês
de luta e prevenção. A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela
Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância,
prevenção e controle das hepatites virais. Cerca de dois milhões de pessoas são
infectadas anualmente e um milhão morrem em decorrência da doença, segundo
estimativas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece as hepatites virais
como um desafio para o sistema de saúde global.
“Isso não significa
que a prevenção à doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo
contrário, a cada dia deve-se aumentar a atenção porque essas infecções são as
principais causadoras de câncer no fígado. Estima-se que 60% dos casos desse
tipo de câncer sejam causados pelos tipos B e C”, afirma Allan Rêgo, que é
hepatologista da Hapvida NotreDame Intermédica e membro da Sociedade Brasileira
de Hepatologia.
As hepatites virais podem ser causadas por diferentes vírus, dentre os quais o A, o B e o C merecem mais destaque. A hepatite A é de alta transmissão, mas apresenta evolução benigna na maioria dos casos. A infecção se dá pela exposição a fezes contaminadas por meio de água e alimentos também contaminados.
Os vírus B e C costumam ser inicialmente silenciosos e podem evoluir para cirrose e câncer do fígado. No caso da hepatite B, a transmissão ocorre pelo contato com sangue, sêmen e outros fluidos corporais de pessoas infectadas. Mas também pode acontecer por via vertical: no momento do parto, da mãe para o recém-nascido. Já na hepatite C, a transmissão acontece predominantemente por via parenteral, ou seja, através do contato com sangue ou derivados.
Existe vacina para
hepatite A - VHA e o tratamento não exige uma medicação específica.
Normalmente, os pacientes evoluem bem e o organismo elimina o vírus.
Aproximadamente um terço da população mundial já teve contato com o vírus da
hepatite B – HBV, e a estimativa é de que 240 milhões de pessoas estejam
infectadas cronicamente. A hepatite B é responsável por 780 mil óbitos ao ano
no mundo.
Para a hepatite C
não existe vacina. O tratamento é definido segundo o Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para o Tratamento da Hepatite C e Coinfecções,
publicado pelo Ministério da Saúde.
“Todas as pessoas
acima de 40 anos devem fazer o teste anti-HCV pelo menos uma vez na vida. O
diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz e para prevenir a
transmissão. Muitas vezes, essas doenças são assintomáticas ou apresentam
sintomas inespecíficos, como fadiga, febre, mal-estar, dor abdominal, icterícia
(amarelamento da pele e olhos) e urina escura. Por isso, a realização de testes
específicos é crucial para a detecção prévia”, destaca o hepatologista.
Hapvida NotreDame Intermédica
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