Vacinação é a
única forma de se prevenir da doença e de evitar que ela se espalhe
A poliomielite é uma doença que, em casos mais
graves, pode provocar paralisia, principalmente nos membros inferiores do
corpo. “É uma doença contagiosa provocada por um vírus (poliovírus) que
inicialmente chega ao intestino e, em alguns casos, pode agredir a medula e o
cérebro. Se transmite de pessoa a pessoa mediante contato com fezes
contaminadas ou secreções da boca”, define a pediatra do Hospital Edmundo
Vasconcelos, Lara Maia.
A doença pode se manifestar de forma mais leve, com
ausência de sintomas, ou mais graves. Alguns dos sintomas iniciais podem ser
febre, vômitos, diarreia ou constipação, dor de cabeça e no corpo, dor de
garganta, espasmos e meningite.
A médica explica que a doença em sua forma mais
grave (em que há a paralisia) é mais comum em crianças de idade maior ou mesmo
adultos. Isso acontece porque o vírus destrói partes do sistema nervoso,
causando a paralisação dos músculos e provocando sequelas que podem durar para
a vida toda. “Algumas dessas sequelas são paralisia da perna, crescimento
diferente das pernas, escoliose, osteoporose, atrofia dos músculos, pé-torto,
dores articulares, paralisia dos músculos da fala e deglutição. Em casos mais
raros, o vírus pode afetar as partes do cérebro responsáveis pela respiração,
podendo levar à morte”, alerta a especialista.
A importância da vacinação está no fato de que essa
é a única maneira de se prevenir da doença e evitar que ela se espalhe. “A
doença não tem cura até o momento atual. Os casos confirmados devem ser
hospitalizados para suporte clínico e acompanhamento. O que existem são
tratamentos com fisioterapia para as sequelas motoras a longo prazo”, detalha.
O esquema vacinal da poliomielite é composto
inicialmente por doses da vacina inativada (VIP) por injeção, aos 2, 4 e 6
meses. Na sequência, o reforço é feito com as gotinhas via oral (vacina VOP),
administrada entre 12 e 15 meses e aos 4 anos, ou nas campanhas. Ela não pode
ser tomada por crianças que sejam imunossuprimidas ou convivam com pessoas
imunossuprimidas na mesma casa. Na rede privada, os reforços podem ser
realizados aos 15 meses e depois com 4 ou 5 anos.
Hospital Edmundo
www.hpev.com.br
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