Medida foi autorizada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), por meio de Portaria de 15 de maio.
A Secretaria de
Agricultura e Abastecimento de São Paulo vai permitir a entrada e venda de
produtos de origem animal do Rio Grande do Sul — e que antes não podiam ser
comercializados fora daquele estado — para ajudar os produtores gaúchos
afetados por uma grande tragédia climática. A medida foi autorizada pela
Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), por meio da Portaria CDA nº 17 de
15 de maio de 2024.
A Portaria
acrescenta ainda, que para o ingresso dos produtos no Estado de São Paulo, é
necessário a autorização de trânsito emitida pela Superintendência Federal de
Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul.
Para o secretário
de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai, a medida garante ainda
mais suporte aos afetados com o objetivo de preservar a rentabilidade dos
produtores do Rio Grande do Sul. "O Governo de São Paulo, por meio da
Secretaria de Agricultura, está atento a todas as formas de apoio aos
produtores rurais gaúchos, para mitigar a crise humanitária que assola a
região" completa Piai.
“Essa autorização
para o ingresso destes produtos no Estado de São Paulo se dá em um momento em
que milhares de pessoas estão enfrentando uma grande crise ocasionada por essa
catástrofe”, comenta Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador
da Defesa Agropecuária.
“Com a economia e
com o turismo prejudicados, os produtores artesanais daquele Estado estão ainda
mais vulneráveis. São Paulo, como grande incentivador da cadeia artesanal, não
poderia fechar os olhos e passa, a partir dessa publicação, ajudar, conforme as
nossas possibilidades”, complementa o coordenador.
A decisão foi
deliberada após o envio de carta aberta da Associação Gaúcha de Laticinistas e
Laticínios (AGL) para o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a qual
solicitava autorização do órgão federal para o comércio dos produtos de origem
animal em todo o território nacional, em caráter excepcional.
“A AGL, entidade
com 45 anos de história, se solidariza com toda a população gaúcha e tem entre
seus objetivos o apoio à cadeia láctea do RS, por isso está publicizando esta
carta”, diz um trecho do documento.
Segundo o documento, de acordo com dados do mês de abril deste ano, da Secretaria de Desenvolvimento Rural, são 1792 agroindústrias formalizadas sendo destas, 637 de produtos de origem animal registrados nos serviços de inspeção municipal ou estadual, fato que impedia a comercialização destes produtos fora do Estado.
Segundo a AGL, a tragédia climática já aponta dados relevantes acerca das perdas dos produtores gaúchos. Cerca de 50% perderam lavouras/pastagens; 100% estão prejudicados com danos logísticos, seja no recebimento de insumos e matéria prima ou no escoamento da produção; 90% perderam compras de clientes PJ’s e PF’s; 80% deles foram impactados pelo cancelamento ou suspensão das feiras e 40% estimam perder entre 50 ou 70% do faturamento entre os meses de maio e julho.
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