A diversidade e a inclusão são fundamentais para a inovação e o crescimento de qualquer empresa, porém, vem perdendo força ao longo dos anos de acordo com dados do relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do GPTW - Great Place to Work. Em 2019, 24% das empresas entrevistadas disseram que o tema era prioritário. Em 2020, o número subiu para 32% e em 2021 para 37%. Já em 2022, caiu para 17,9%. Entre os desafios relacionados, o engajamento na liderança ficou em primeiro lugar, seguido pelos processos de recrutamento mais inclusivos. Como tornar a gestão da diversidade e inclusão algo mais efetivo?
Primeiramente, é preciso entender que uma gestão da
diversidade que funciona se concentra em criar um ambiente de trabalho que
valoriza e inclui pessoas de diferentes origens, gêneros, etnias e habilidades.
Se as equipes tiverem pessoas que têm a mesma realidade e pensam da mesma
forma, terão a tendência de pensar nas mesmas soluções, o que pode ser um
desastre para o crescimento da empresa.
Para que a diversidade aconteça, na prática, é
preciso haver políticas, programas e práticas que promovam a diversidade e a
igualdade de oportunidades. Criar equipes que sejam diversas em termos de
gênero, raça, idade, orientação sexual e outros pontos é algo importante, pois
permite a entrada de diferentes pontos de vista e soluções.
Tudo começa com o compromisso da liderança com
relação ao tema, o que envolve definir metas, alocar recursos e criar uma cultura
de fato inclusiva. É preciso avaliar se existem preconceitos inconscientes na
empresa e avaliar o recrutamento, garantindo que seja justo e isento de
discriminação. Os líderes, juntamente com a área de desenvolvimento humano,
devem ampliar o oferecimento de treinamentos internos para aumentar a
conscientização e a compreensão sobre a importância da diversidade.
Muitas empresas que têm boas práticas relacionadas
à diversidade e inclusão criam redes de apoio para funcionários para ajudar a
criar um senso de pertencimento. Também estimulam a escuta ativa e a promoção
da diversidade de pensamentos, já que as diferentes origens educacionais e
experiências de vida permitem que uma equipe diversa tenha ideias diferentes
sobre os mesmos assuntos.
É importante também ajustar as políticas e
procedimentos internos, assim como estabelecer monitoramento contínuo e
responsabilizar líderes e funcionários pela promoção da diversidade e inclusão
em suas equipes.
A comunicação ganha papel de grande destaque para
que uma gestão voltada ao tema realmente funcione, já que todos os
colaboradores precisam entender que a empresa estará se esforçando para
promover a diversidade e cada um precisará fazer a sua parte.
Finalmente, preciso ressaltar que não se promove diversão e inclusão de uma hora para a outra. Na verdade, trata-se de um processo contínuo que pode levar um tempo para ser estabelecido. O importante é haver boa vontade entre as lideranças e entendimento entre os colaboradores para que as estratégias sejam ajustadas sempre que preciso. A empresa só tende a ganhar com mais diversidade!
Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston / EUA).
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