Obesidade, hipertensão, diabetes, estresse e tabagismo, entre outras causas, impulsionam a incidência de doenças cardiovasculares na população
Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), as internações por infarto
aumentaram mais de 150% no Brasil entre 2008 e 2022. De acordo com o
cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde, Dr.
Fernando Barreto, esse crescimento pode ser atribuído ao aumento significativo
dos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Entre eles, o médico ressalta obesidade, hipertensão, diabetes
mellitus, dislipidemia (aumento de colesterol e triglicérides), estresse e
tabagismo como potenciais fatores para desencadear um ataque. “No momento do
infarto agudo do miocárdio, há uma obstrução súbita de uma artéria coronária, o
que leva a uma interrupção do fluxo de sangue para o músculo cardíaco
(miocárdio), causando isquemia e fibrose daquela região do miocárdio”, comenta
o médico especialista.
Além disso, segundo Dr. Barreto, a incidência de casos aumenta
proporcionalmente com a idade, frequentemente em pacientes acima de 35 anos. Em
jovens, são mais comuns quando há a presença de fatores de risco, como os
descritos. “Também presenciamos em jovens o infarto relacionado ao uso de
drogas ilícitas, que causam vasoconstrição das coronárias, levando à diminuição
da irrigação de sangue do miocárdio e, consequentemente, ao infarto”.
Segundo o cardiologista, o infarto em jovens pode ser mais letal
em razão da menor presença no corpo de artérias colaterais, em relação aos
indivíduos idosos.
Tratamento e prevenção
Dados
divulgados pelo Ministério da Saúde alertam sobre a gravidade de um infarto,
que exige cuidados médicos imediatos. Por essa razão, identificar os sintomas
pode ser decisivo para salvar uma vida. Os principais pontos a se atentar, de
acordo com a biblioteca virtual do governo federal, são:
- Dor ou desconforto na região peitoral: A sensação pode
irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço
direito. Costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de sensação de peso
ou aperto sobre tórax;
- Esses sinais costumam ser acompanhados de suor frio, palidez,
falta de ar e sensação de desmaio;
- A dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma
gastrite ou esofagite de refluxo, mas é pouco frequente;
- Em diabéticos e idosos, o infarto pode ocorrer sem sinais
específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito
apresentado por esses pacientes.
Desse
modo, uma alimentação adequada e a prática regular de exercícios físicos são a
melhor forma de prevenção. Além disso, a cessação do tabagismo e prevenção de
doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade são fundamentais para evitar
o entupimento das artérias e consequente infarto.
Grupo São Cristóvão Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário