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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

No mês de conscientização do Alzheimer, SBGG chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce e faz campanha sobre os fatores de risco das demências

Só no Brasil, 1,5 milhão de pessoas são afetadas com esse tipo de demência e números tendem a aumentar 


No dia 21 de setembro, comemora-se o Dia Nacional de Conscientização do Alzheimer, data que oferece a oportunidade de aumentar a compreensão pública e fortalecer o compromisso com a pesquisa, o cuidado e o apoio às pessoas afetadas por esta comorbidade. 

O Alzheimer afeta milhões de pessoas em todo o mundo, bem como suas famílias e cuidadores. Só no Brasil são 1,5 milhão de pessoas, na sua maioria, idosos a partir dos 65 anos de idade. De acordo com pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, em 30 anos, serão 4 milhões de brasileiros com essa enfermidade.

 A atenção para os fatores de risco, bem como o diagnóstico precoce da doença é fundamental na jornada de cuidado das pessoas e famílias envolvidas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) realiza, ao longo de todo o mês de setembro, uma campanha em suas redes sociais alertando para os diversos fatores de risco que podem levar à demência.

 “Infelizmente, no Brasil, o diagnóstico geralmente ocorre na fase moderada da demência pela doença de Alzheimer, acarretando longo período de sofrimento para os familiares e cuidadores, sem a devida orientação e acesso à informação de qualidade sobre a forma de cuidar da pessoa com esta enfermidade. Há necessidade de grandes avanços em nosso país para um diagnóstico mais precoce”, afirma o Dr. Marco Tulio Cintra, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 

Os hábitos de vida que o indivíduo leva durante sua vida, pode acarretar na progressão ou inibição da doença. Alguns dos fatores de risco são: diabetes, hipertensão, baixa acuidade auditiva, isolamento social, entre outros, conforme explica o Dr. Marco Tulio Cintra: “A doença de Alzheimer apresenta causa genética, mas os fatores ambientais e de estilo de vida são determinantes muito importantes, sendo responsáveis por aproximadamente 50% dos casos de Alzheimer no Brasil. Por isso, uma parte significativa destes casos poderia ser evitada com aumento do nível educacional, prática regular de exercícios físicos, cessação do tabagismo e evitando o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, por exemplo”, completa. 

O presidente da SBGG, fala sobre a importância do Dia Mundial do Alzheimer e reforça a necessidade de se falar sobre o assunto, especialmente neste momento em que o número de pessoas idosas aumenta em nossa sociedade. “A SBGG desenvolve campanhas permanentes de esclarecimentos e informações para a população idosa e seus cuidadores, como a que vamos realizar em nossas redes sociais, em setembro. Porém, datas como essa são de suma importância para que possamos chamar a atenção da sociedade para problemas que, muitas vezes, não são tão bem debatidos e esclarecidos, especialmente neste momento, em que a expectativa de vida tem aumentado cada vez mais”, finaliza Dr. Marco Tulio Cintra. 


Sobre a doença de Alzheimer

Descoberta por Alois Alzheimer, em 1906, a enfermidade que leva o seu sobrenome, se apresenta com um quadro de demência, ou seja, perda progressiva de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte das células cerebrais. A Doença de Alzheimer reduz a capacidade de viver com autonomia e independência, de estabelecer relações sociais e, com frequência, pode interferir no comportamento. 

Ainda não se sabe ao certo por que a Doença de Alzheimer se inicia num indivíduo, embora exista um grande progresso recente nos estudos desta área, mas são conhecidos alguns fatores de risco que aumentam a chance de ter a doença (por exemplo hereditariedade, ter diabetes e hipertensão). O cérebro é acometido por alterações que levam à destruição de muitas células nervosas (neurônios) e, consequentemente das ligações entre elas, comprometendo as funções cognitivas, principalmente a memória. 

As últimas pesquisas mostram que essas alterações se instalam muitos anos antes do aparecimento dos sintomas da doença, o que reforça a necessidade de prevenção relacionada aos fatores de risco que são conhecidos e a importância de se identificar os primeiros sinais da doença. 

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG

 

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