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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Maioria dos jovens se consideram perfeccionistas

Grande parte dos estudantes procuram o mais alto nível em suas atividades

 

Com o passar do tempo, a concorrência no mercado de trabalho fica cada vez mais acirrada. Sendo assim, quem está em busca do sucesso percebeu a importância de se dedicar em seus deveres, sejam acadêmicos ou profissionais. Com o intuito de entender sobre o tema, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa e perguntou: "você é perfeccionista?”. Com dados coletados entre os dias 21 de agosto e 1º de setembro de 2023, o levantamento contou com a participação de 48.911 respondentes, de 15 a 29 anos de idade.

 

A maioria se esforça para não cometer erros em suas atividades

 

A maior parte dos entrevistados, 43,95% (21.494), faz de tudo para concluir as tarefas sem nenhum tipo de erro. “Quando falamos em ambiente corporativo, todas as atividades designadas a nós, atestam e certificam nossa dedicação e compromisso com o trabalho. Realizar entregas perfeitamente não é algo simples, esperar atingir esse nível para passá-las para frente pode impedir a equipe de respeitar os prazos estabelecidos”, comenta o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Gabriel Siqueira.

 

Ainda, “é necessário se esforçar para efetuar as demandas da melhor forma possível, você deve buscar a excelência. Quando não for possível alcançá-la, o ideal é seguir o fluxo, tendo consciência de ter dedicado o melhor de si”, explica.

 

Muitos têm essa característica apenas em assuntos específicos

 

Uma grande parcela, 35,48% (17.353), dá o máximo em alguns assuntos e, em outros, não tem essa preocupação. “Algumas coisas em nossa rotina são entregues de um jeito prático, sem grandes complexidades, muitas vezes feitas com certa periodicidade e já atingiram o nível de qualidade validado”, destaca o especialista.

 

Ele acrescenta: “outras são pontuais, como projetos, relatórios e apresentações sazonais e necessitam de cuidados, pois os dados e informações são sensíveis. Esse tipo de atribuição deve ser realizado com atenção, entendendo sua dificuldade e expectativa. O cuidado é essencial e acaba sendo uma característica positiva de quem conseguem lidar bem com essas situações”.



Alguns consideram impossível atingir a perfeição

 

Essa é a realidade de 10,98% (5.372) em relação ao tema. No entanto, ter esse pensamento não é algo ruim. “A busca pela perfeição pode atrasar o desenvolvimento, inibindo o nosso potencial e atrapalhando os processos e metas. Devemos mirar na exatidão, fazer o melhor possível e ter as referências adequadas para conquistar esse objetivo. Ser 100% em todos os âmbitos da vida não é viável e ter essa consciência é um excelente ponto de partida para a melhoria contínua. Afinal, dessa forma, compreende-se a necessidade de aprimorar competências e adquirir mais conhecimento”, diz o analista.

 

Outros sofrem na busca incessante pela perfeição

 

Para 7,17% dos entrevistados (3.509), o desejo de superar expectativas e não cometer deslizes é prejudicial. ” Esse nível não será alcançado em uma esfera global, pois os parâmetros avaliativos variam de acordo com o contexto no qual o indivíduo está inserido. Ter essa ambição pode trazer dificuldades no dia a dia laboral, impedir a demonstração do seu potencial, a evolução e também retirar do integrante uma das habilidades mais requisitadas no mundo corporativo atual: a flexibilidade”, complementa Siqueira.


 

Uma pequena parcela já teve esse desejo, mas desistiu

 

Por fim, 2,42% (1.183) já tentaram realizar tudo com sublimidade, mas as consequências negativas os fizeram desistir. “É preciso manter o equilíbrio. Abrir mão do mais alto nível não é bom e resultará em comodismo. Um colaborador nessa situação está preso em uma zona de conforto involutiva e pode ficar estagnado por não buscar novos desafios e também o aprimoramento. Em contrapartida, profissionais com o protagonismo de sua carreira tendem a ter uma empregabilidade maior, pois eles se destacam pelo repertório, conhecimento e excelência nas entregas”, conclui o especialista do Nube.

 


Fonte: Gabriel Siqueira, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube

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