Médica
especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, Tamires Cruz
afirma que ao falar abertamente sobre o tema é possível identificar sinais de
alerta e fornecer apoio e recursos às pessoas em risco
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
grande parte dos casos de suicídio em todo mundo está associada a distúrbios
mentais, como depressão, transtorno bipolar e transtornos de humor. Ciente de
que não é possível tratar um assunto sem falar do outro, a médica especializada
em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, dra. Tamires Cruz, ressalta
a importância da conscientização sobre saúde mental para a prevenção ao
suicídio. “Ao abordar abertamente o tema, é possível identificar sinais de alerta,
fornecer apoio e recursos às pessoas em risco e reduzir a taxa de suicídio”,
afirma.
Nesse sentido, a médica especializada em saúde
mental aborda alguns aspectos que acredita serem essenciais para trazer mais
luz ao tema, tais como: impactos da sociedade contemporânea na saúde mental;
principais sinais e sintomas de que alguém possa estar com distúrbios
psiquiátricos e psicológicos; a importância de buscar ajuda especializada para
o diagnóstico e tratamento; ações preventivas que possam ser incorporadas no
dia a dia para promover e manter a boa saúde mental; ações de combate ao
estigma relacionado a doenças mentais, entre outros.
No que se refere aos impactos negativos da
sociedade contemporânea na saúde mental, dra. Tamires destaca como o uso
excessivo de tecnologia, mais especificamente de mídias sociais, tem
contribuído para o desenvolvimento de quadros ansiosos e depressivos, ao
estimular a comparação constante, o cyberbullying e a sensação de
isolamento. Pressões sociais e expectativas com relação ao sucesso, à aparência
e ao desempenho; ambiente de trabalho com pressão constante; desigualdade e
discriminação; e crises e eventos traumáticos, como a pandemia, são outras
características da atualidade que contribuem para que mais e mais pessoas sofram
de distúrbios mentais.
Sobre sinais e sintomas associados a distúrbios
psicológicos e psiquiátricos, a médica especializada em saúde mental destaca
que os mais comuns são: alterações significativas no comportamento, como
retirada de atividades que costumava desfrutar; flutuações de humor intensas ou
persistentes; problemas de sono, como insônia ou excesso de sono; mudanças no
apetite; fadiga extrema; dificuldade de concentração; pensamentos obsessivos e
outros. “No entanto, é importante lembrar que os sinais podem variar amplamente
de um indivíduo para o outro e que a presença de um ou mais sinais não indica
necessariamente um problema de saúde mental”, diz.
Dra. Tamires ressalta, porém, a importância de
familiares e amigos ficarem atentos e oferecerem apoio quanto detectarem
possíveis sinais. Algumas maneiras de ajudar, segundo a médica especializada em
saúde mental, é colocar-se à disposição, ouvir atentamente e evitar julgar e
estigmatizar ou dar conselhos não solicitados. “Mostrar empatia e compreensão é
fundamental, assim como respeitar a privacidade. Além disso, é aconselhável que
amigos e familiares se eduquem sobre o assunto, aprendendo mais sobre a
condição de saúde mental da pessoa, para que ofereçam um apoio mais certeiro”,
afirma.
Mas talvez a melhor maneira de apoiar, segundo dra.
Tamires, seja incentivar a pessoa a procurar tratamento profissional, seja
psicoterápico, seja psiquiátrico. A médica especializada em saúde mental afirma
que só profissionais de saúde mental são capazes de oferecer diagnóstico
preciso e tratamento especializado. “Além de ser, muitas vezes, o único espaço
seguro para quem sofre com distúrbios mentais expressar sentimentos,
preocupações e medos”, diz.
Buscar apoio profissional é de suma importância
também para ajudar a reduzir o estigma em torno da saúde mental, mostrando que
se trata de uma preocupação legítima que merece atenção e cuidados. A médica
especializada em saúde mental afirma que ainda hoje existem muitos equívocos a
respeito do assunto, responsáveis por um forte impacto negativo no
diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes., entre os quais acreditar
que apenas pessoas “loucas” devem procurar se consultar com psiquiatras e/ou
psicólogos.
Outras compreensões errôneas sobre o assunto são:
achar que se pode lidar com problemas de saúde mental por conta própria;
encarar a medicação como a única saída, ignorando a terapia psicológica;
acreditar que terapia é eficaz somente para crises; e julgar quem faz
tratamento psicológico como fraco. “É importante desmistificar esses equívocos
e promover a ideia de que a busca de ajuda profissional é uma escolha sábia e
corajosa para cuidar da saúde mental”, destaca dra. Tamires.
Segundo a médica especializada em saúde mental,
para combater o estigma associado às doenças mentais é de suma importância
também, a partir de um trabalho conjunto entre sociedade e instituições, adotar
estratégias colaborativas que criem um ambiente mais acolhedor e informado
sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. Entre essas ações, dra. Tamires
destaca: promover campanhas de conscientização; incorporar a educação sobre
saúde mental nas escolas; e treinar profissionais de saúde, educadores, líderes
comunitários e funcionários de instituições de saúde e organizações
comunitárias.
São estratégias fundamentais ainda: estabelecer
redes de apoio comunitário para pessoas com saúde mental; desenvolver políticas
de saúde mental; criar ambientes de trabalho que promovam a saúde mental;
oferecer apoio específico a grupos vulneráveis; garantir serviços de
saúde mental acessíveis financeiramente e sem estigmas; e promover em toda a
sociedade uma cultura de empatia, compreensão e apoio mútuo, onde as pessoas se
sintam à vontade para compartilhar suas experiências e buscar ajuda sem medo de
julgamento.
Por fim, dra. Tamires ressalta a importância de as
pessoas se conscientizarem que a saúde mental é parte fundamental do bem-estar
geral e que cuidar dela deve ser uma prioridade na vida. Nesse sentido, a
médica especializada em saúde mental indica algumas ações preventivas que podem
ser incorporadas no cotidiano com o intuito de prevenir o desenvolvimento de
doenças psicológicas, tais como: estabelecer uma rotina regular; exercitar-se
regularmente; ter uma alimentação equilibrada; praticar o sono adequado; empregar
técnicas de relaxamento; manter relações sociais; e manter o equilíbrio entre
trabalho e vida pessoal.
Dra. Tamires Cruz - graduada em Medicina (FMJ) e graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar) e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão. Mestre e Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP).
Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora Gente
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