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terça-feira, 19 de setembro de 2023

C-Level sob demanda: até onde essa contratação vale a pena?

Os regimes celetistas, nem sempre, são os mais benéficos e buscados pelas empresas hoje em dia. Muitas contratações temporárias sob demanda vêm ganhando força no cenário corporativo atual em resposta às novas demandas do mercado – atingindo não apenas posições mais operacionais, como também os cargos mais hierárquicos dos C-Levels. Esta é uma opção realmente vantajosa para projetos específicos, mas que exige seus cuidados para garantir a assertividade do objetivo estipulado.

Por mais que este conceito “as a service” ainda seja relativamente novo no Brasil, mercados estrangeiros como o americano e o europeu já o adotam há alguns anos, como alternativa frente à suas legislações complexas e burocracias nos processos de contratação. Nesse sentido, buscar por outros modelos que não se enquadrem ao celetista se mostra como uma solução viável em casos de projetos específicos e, normalmente, urgentes por uma transformação pontual, proporcionando benefícios que vão além da economia financeira.

Além de não demandar um alto custo para a empresa, a chegada destes talentos com uma forte bagagem técnica e rápida performance é extremamente relevante para que os resultados desejados sejam atingidos em tempo hábil, adquirindo eficiência e produtividade em sua prestação de serviços a partir de uma dinâmica fortemente focada na entrega das demandas previamente acordadas.

Mesmo considerando a questão de sua estabilidade no emprego, essas trocas constantes não acabam entrando na lista de preocupações destes talentos, uma vez que a autoconfiança frente ao seu talento e à qualidade de seus entregáveis ganha destaque e mais importância nesse aspecto.

Em uma pesquisa feita pela WCD Brasil, 69% dos profissionais acreditam que este mercado as a service irá se tornar relevante no país em breve. Afinal, outro relatório compartilhado pelo Future Market Insights identificou que este modelo deve atingir a marca dos US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) até 2032, o que corrobora com essas perspectivas positivas de ser uma importante tendência em nível internacional.

Mas, aquelas que decidirem acompanhar esse movimento precisam se atentar a alguns detalhes e desafios que deverão ser muito bem lidados para a conquista dos projetos estipulados. A rotina de gestão do C-Level e as expectativas de seus entregáveis devem ser muito bem alinhados desde o princípio, para garantir que essa parceria tenha êxito para ambos os envolvidos e evitar qualquer gap de comunicação que prejudique este acordo.

Por se tratar de uma contratação sob demanda, e considerando a possibilidade destes profissionais trabalharem para mais de uma empresa, os termos de compliance também precisam estar muito bem alinhados, para que não haja nenhum conflito de interesses entre companhias do mesmo ramo que possam ocasionar em problemas legais.

E, para que consiga atender a essa demanda específica, o ideal é que o C-Level contratado tenha um perfil sagaz de entendimento, com facilidade para ler o cenário de atuação da empresa e energia para colocar em práticas as estratégias de transformação, trazendo seu repertório na inteligência das ações implementadas para uma análise e resposta velozes.

Nenhum profissional as a service é contratado à toa. A urgência por este serviço hábil é claramente notada pelas empresas que buscam este modelo, o que, inevitavelmente, eleva as expectativas de sua chegada. Por isso, contar com o apoio de um recrutamento especializado é altamente recomendado, especialmente nestas posições – uma vez que essa orientação trará imparcialidade, possibilidades de comparação e segurança na escolha do talento que irá conquistar as expectativas desejadas pela empresa.

 


Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/


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