As ameaças
bloqueadas no primeiro semestre de 2023 já correspondem a 59% do total de ataques
registrados no ano passado
Relatório da
Trend Micro,
líder mundial em soluções de cibersegurança, revela um total de 85,6
bilhões de ameaças bloqueadas no primeiro semestre deste ano, quase 59% do
total registrado em 2022, que foi de 146 bilhões. Os dados da
ferramenta de gerenciamento de risco da superfície de ataque (ASRM, Attack
Surface Risk Management) confirmam a tendência de crescimento das atividades do
cibercrime e mostram que os Estados Unidos, o Brasil e a Índia foram alvos prioritários
nestes primeiros seis meses do ano.
“Desde 2013 o Brasil tem figurado como principal alvo na América Latina e como
um dos países mais visados pelos criminosos digitais em todo o mundo. Para
elevar o nível de proteção é fundamental que as organizações e empresas adotem
soluções de segurança em multicamadas, para ampliar a visibilidade e a detecção
de comportamentos suspeitos, e para terem resposta rápida no caso de invasões”,
destaca César Cândido, diretor geral da Trend Micro Brasil.
O relatório
mostra que o principal vetor de ação dos criminosos neste semestre foram os arquivos
maliciosos, com um total de 45,9 bilhões de ataques, o
correspondente a 53,6% do total de bloqueios realizados pela Trend Micro no
período. A indústria foi o alvo preferido do cibercrime nestes primeiros seis
meses do ano, com mais de 10 bilhões de ataques, seguido pelos
setores de saúde (9,7 bilhões), tecnologia (9,5 bilhões), varejo (7,8 bilhões)
e governo (6,4 bilhões).
As
investidas por e-mail também foram muito utilizadas pelos
criminosos cibernéticos, com mais de 37 bilhões (43%) de ofensivas maliciosas no
semestre. Os Estados Unidos foram o país mais atacado por esse
tipo de estratégia, seguido por China, Holanda, França e Rússia.
Ransomware
Os ataques
de ransomware mantêm a tendência de queda observada nos últimos anos,
totalizando quase 6 milhões e 700 mil casos nos primeiros seis meses de 2023,
cerca de 1 milhão e 300 mil casos a menos do que no mesmo período do ano
passado. Especialistas atribuem essa redução nos números ao fato de os
criminosos agirem cada vez mais com foco e direcionamento, utilizando inovações
de forma criativa para aumentar a eficiência, a produtividade e a
rentabilidade.
Os segmentos mais atingidos por ransomware no primeiro semestre de
2023 foram o bancário, o varejo e o de transporte. Turquia,
Estados Unidos e Japão foram os países que mais sofreram esse tipo de
investida. Já as cinco famílias de ransomware mais ativas no período são:
Locky, Gorf, Cerber, BlackBasta e LockBit.
Os pesquisadores da Trend Micro explicam que os criminosos têm ampliado sua
rede de atuação por meio de novas ferramentas e parcerias, aproveitando
vulnerabilidades em plataformas menores para atingir alvos específicos, como o
MOVEit, software de transferência de arquivos; o 3CX, solução de telefonia; e o
software de gerenciamento de impressão PaperCut. Em junho, por exemplo, o ransomware
Clop aproveitou uma vulnerabilidade de Zero Day no MOVEit e comprometeu várias
agências governamentais nos Estados Unidos, como o Departamento de Energia,
sistemas universitários em vários estados e dezenas de grandes organizações,
como a British Airways, Siemens e Schneider Electric.
Campanhas de Malware
O relatório da Trend Micro destaca que os principais alvos das campanhas de malware
foram os setores governamental e industrial, com cerca de 145
mil registros cada um, seguidos pelas áreas de saúde (124.300), educação
(101.400) e tecnologia (89.000). Estados Unidos, Japão e Itália foram os países
com o maior número de detecções de campanhas de malware.
As três
famílias de malware que se mantêm em franca atividade são: Webshell
– que detém o maior número de casos, tanto no primeiro semestre de 2022 como no
de 2023 –, CoinMiner, que teve como última ação reportada a
exploração de vulnerabilidades do Oracle WebLogic; e o Bondat,
observado pela primeira vez em 2013.
Para mais detalhes do relatório, acesse AQUI.
Trend
Micro
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