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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Varizes: saiba quais são os fatores de risco que podem ser evitados

Médico especialista explica as causas que podem ser mudadas

 

 

As varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que podem aparecer em diversas regiões do corpo. De acordo com a SBACV, Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, índices nacionais mostram uma prevalência média de varizes em 38% na população geral brasileira, sendo encontrada em 30% dos homens e 45% das mulheres, levando em consideração todas as faixas etárias.  

As veias dilatadas geralmente não causam maiores sintomas a não ser o incômodo estético. Elas surgem sempre nas veias mais superficiais, por isso são tão aparentes. Quando grandes, as varizes podem sangrar após sofrerem traumas ou formar pequenos trombos, um quadro denominado de tromboflebite. “As varizes, quando múltiplas, podem ser uma das manifestações da chamada insuficiência venosa crônica. Quando várias veias tornam-se insuficientes e varicosas, o sangue começa a ficar retido nos membros inferiores, causando desconforto, sensação de peso, dor local, edemas, escurecimento da pele e, em casos avançados, aparecimentos de úlceras e infecções de pele”, explica Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV. 

Elas são um problema crônico e podem surgir em qualquer idade. Não é possível interferir em algumas condições que favorecem o aparecimento de varizes. “Embora sejam fatores de risco para varizes imutáveis servem de alerta para que as pessoas redobrem a atenção diante de possíveis manifestações iniciais da doença e procurem tratamento. Dentre eles podemos considerar predisposição genética, idade e sexo”, destaca o angiologista.

 

Fatores de risco que podem ser mudados 

No entanto, existem fatores de risco para varizes que podem ser evitados.  

·         Sedentarismo: A atividade física é fundamental na prevenção e tratamento das varizes. Praticar exercícios estimula o sistema circulatório como um todo e facilita o retorno do sangue para o coração; 

·         Ficar muito tempo na mesma posição: Viagens longas, por exemplo, a pessoa é obrigada a permanecer sentada ou em pé por muito tempo, na mesma posição, qualquer exercício que facilite a contração e relaxamento da panturrilha ajuda a bombear o sangue de volta para o coração. Um exemplo é tentar sempre caminhar alguns passos para estimular a musculatura da batata das pernas. Meias elásticas, desde que possuam a compressão adequada para o tipo de perna, também favorecem o bombeamento de sangue para o coração e colaboram para sua circulação no interior das veias; 

·         Obesidade: O sobrepeso e as complicações associadas, pressão alta e diabetes são duas delas, representam sobrecarga para o sistema circulatório e aumentam o risco de desenvolver varizes, uma vez que a gordura acumulada no abdômen faz subir a pressão sobre os vasos e dificulta o fluxo normal do sangue, que vai criando bolsões nas veias das pernas. Alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos são medidas fundamentais para diminuir o risco que o excesso de peso representa; 

·         Tabagismo: As substâncias que entram na composição do cigarro deixam o sangue mais viscoso, o que dificulta a circulação e favorece seu acúmulo nas veias das pernas. Largar o cigarro é uma medida de que não só as pernas, mas todo o organismo se beneficia; 

·         Salto alto: É um tema controverso. Alguns estudiosos do assunto garantem que não oferecem risco maior. O fato é que o uso rotineiro de saltos muito altos e finos pode manter a musculatura da perna por muito tempo contraída, obstáculo que torna mais difícil o retorno do sangue venoso e permite que parte dele fique retida nas veias das pernas e dos pés


Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.


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