Estatísticas
do Infosiga SP também apontam queda de 5,8 % nos óbitos em
acidentes com motocicletas no comparativo de junho de 2023 em relação ao mesmo
mês de 2022
De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e pelo Detran-SP, o Estado de São Paulo apresentou queda de 6,6% no número total de mortes no trânsito, na comparação entre junho deste ano com o mesmo mês de 2022. Em 2023, ocorreram 439 óbitos em acidentes, contra 470 no mesmo período do ano passado.
A queda de óbitos no trânsito no Estado também é evidenciada pela comparação entre os seis primeiros meses do ano passado e o mesmo período deste ano. Foram 2.522 ocorrências de janeiro a junho de 2022, contra 2.417 de janeiro a junho de 2023 - uma redução de 4,2% no último período.
Entre os números do Infosiga, destaca-se ainda
a queda de 5,8% nos casos de mortes em acidentes envolvendo
motocicletas. Na comparação entre junho de 2022 com o mesmo mês deste ano,
foram registradas 191 ocorrências contra 180, respectivamente. Nos casos de
óbitos envolvendo automóveis, houve redução de 7,8% na comparação entre junho
deste ano (107 casos) com o mesmo mês de 2022 (116 ocorrências).
No acumulado de janeiro a junho de 2023, comparado a
2022, também foi registrada queda no número de mortes envolvendo
automóveis. Foram 571 óbitos contra 548, o que representa uma redução de
4%.
Número de acidentes
O quantitativo de acidentes registrados no acumulado do ano (janeiro a junho) apresentou um aumento de 8,1% em comparação com o primeiro semestre do ano passado, no estado de São Paulo. Foram contabilizadas no primeiro semestre deste ano 95.072 ocorrências, contra 87.920 em 2022.
Já na comparação de junho deste ano com o mesmo mês do
ano passado, o crescimento foi de 15,9%. Foram 18.187 ocorrências em junho de
2023 o, contra 15.686 em junho de 2022.
Foco constante na conscientização
Nessas férias de julho, a nova campanha educativa do Detran-SP adotou o mote “No trânsito, dê férias para a morte”, na busca da conscientização de motoristas e passageiros que pegarão a estrada, para que respeitem as leis de trânsito e serem mais gentis. A campanha está sendo veiculada em rádios, TV, por meio de peças em mobiliário urbano, como relógios e pontos de ônibus, além de placas em estradas com maior movimentação nas férias. Também foi feita distribuição de flyers com dicas de segurança em algumas das principais saídas de São Paulo, com orientações sobre direção segura.
No filme da campanha, a “morte” é apresentada em diversas situações de férias, enquanto diferentes condutores seguem para seus destinos de descanso respeitando as leis de trânsito. Ou seja, só a observação da conduta segura à direção pode dar férias à morte no trânsito. As peças usam o humor para enfatizarem a importância de ações que podem parecer corriqueiras - como usar o cinto de segurança também no banco de trás, guardar o celular enquanto estiver dirigindo e evitar a soma de álcool e direção - mas que são condutas indispensáveis, especialmente nos períodos com maior movimento do ano, tanto nas estradas quanto nos municípios visitados por turistas.
O Governo de São Paulo, por meio da nova gestão do
Detran-SP, vem promovendo desde fevereiro campanhas de comunicação com o
intuito de conscientização para a diminuição de acidentes, seja no trânsito das
cidades como nas estradas. No Carnaval, o mote adotado foi “Palavras mentem.
Números, não”, para o slogan “Neste Carnaval, não dê desculpas. Se beber, nem
pense em dirigir”. As peças demonstravam que não cabem desculpas esfarrapadas
para justificar o injustificável, como a direção combinada ao álcool, pois
ninguém está imune a tragédias. Já em maio, o foco da campanha sobre o Maio
Amarelo foi “No trânsito, respeite a sua vida e a dos outros”, com o intuito de
refletir diante de relatos reais de quem teve sua trajetória impactada por
acidentes.
Álcool e direção
É fato que, sob efeito de álcool, o motorista tem a sua capacidade de percepção reduzida em vários sentidos. Isso porque o álcool causa uma diminuição da capacidade neurológica, e, consequentemente, dos órgãos de sentido. A ingestão de bebida alcoólica diminui a visão periférica, a percepção de movimentos laterais e a visão de obstáculos, além de afetar o tempo de reação.
Desde o Carnaval de 2013, o Detran-SP contribui para o cumprimento da Lei, conhecida como Lei Seca ou Tolerância Zero coibindo casos de embriaguez ao volante por meio do Programa Operação Direção Segura Integrada (ODSI). Nesses 10 anos, foram mais de meio milhão de veículos (590.326) fiscalizados, em 2.186 operações pelo programa. Na série histórica da ODSI desde o ano de sua criação, fica clara a relevância das fiscalizações: foram 52 ações realizadas em todo o estado naquele ano, com 9,85% das abordagens resultando em infrações. Os números saltaram para 382 operações no ano passado, mas com redução pela metade das infrações registradas: 4,88% do total de abordagens.
De acordo com estudo publicado em 2006 nos Estados
Unidos, o risco de um condutor com alcoolemia entre 0,2 e 0,5 grama por litro
de sangue morrer em um acidente de trânsito envolvendo apenas um veículo é de
2,5 a 4,6 vezes maior que o de um condutor abstêmio (dependendo da faixa
etária, já que motoristas mais jovens correm maiores riscos do que os mais
velhos, mesmo sem estarem alcoolizados). Já para níveis de álcool no sangue
entre 0,5 e 0,8 grama por litro, esse fator varia entre 6 e 17 vezes. Com
alcoolemias a partir desse valor, os fatores variam de 11 a até 15.560 vezes,
indicando que o consumo abusivo de álcool acarreta risco muito acentuado de
envolvimento em acidentes fatais.
Alta velocidade
Um veículo que circula com excesso de velocidade necessita de tempo maior para a frenagem, o que eleva a probabilidade de o motorista perder o seu controle. Além disso, quanto maior a velocidade de circulação, menor é a capacidade de o motorista se antecipar a possíveis perigos, o que aumenta muito o risco de acidente e a gravidade das lesões.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou uma fórmula que relaciona risco de acidentes e de mortes ao aumento da velocidade, por meio de cálculos baseados em relatórios de ocorrências de trânsito enviados de todo o mundo e compilados em 2004. Pela equação, quando se ultrapassa em 1% o limite de velocidade em uma via, os riscos médios de acidentes sobem 3% e o risco de morte cresce em até 5%. Estudos do órgão trazem evidências diretas de que dirigir apenas 5 Km/h acima da média em áreas urbanas, com limite de velocidade de 60 Km/h, e 10 Km/h acima da média em rodovias é fator suficiente para dobrar o risco de ocorrer um acidente.
Já estudos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),
Organização Mundial da Saúde (OMS) e do New York City Department Of
Transportation apontam que, quando um pedestre é atropelado a 60km/h, a chance
de o acidente ser fatal é de 98%. Já se o acidente ocorrer a 40km/h, essa
porcentagem cai para 35%.
Ao volante, esqueça o celular
É correto dizer que dirigir mexendo no celular é tão perigoso quanto após a ingestão de bebida alcoólica. Segundo uma pesquisa da instituição inglesa RAC Foundation, o envio de mensagens pelo smartphone é capaz de retardar o período de reação do condutor em 35%.
Outro estudo, da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), aponta que digitar uma mensagem de texto enquanto se conduz um veículo a 80 km/h equivale a dirigir com os olhos vendados por um percurso de até 100 metros, o comprimento de um campo de futebol.
Outro fato notório é que, ao usar o celular ao volante, o
condutor perderá o campo de visão de 360 º que se deve ter com o auxílio do
espelho retrovisor, o que afetará sua concentração no trânsito.
Sobre o Respeito à Vida
Iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Gestão e Governo Digital, por meio do Detran-SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida é um dos maiores programas de
redução aos acidentes de trânsito do Brasil. Só neste ano, já foram investidos
mais de R$ 280 milhões, oriundos das multas de trânsito, em iniciativas
voltadas à prevenção de acidentes e à sinalização em municípios paulistas.
Também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no
Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de
trânsito nos 645 municípios do Estado. Mobiliza a sociedade civil por meio de
parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do
terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a
realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
Além disso, o Departamento de Trânsito adota programas permanentes de ações de
Educação para o Trânsito, como Cidadania em Movimento e Educação Viária é
Vital.
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