A OMS divulgou alerta que 17,5% da população adulta - 1 em cada 6 em todo o mundo – tem ou terá diagnóstico de infertilidade!
Ser mãe é um
desejo que muitas mulheres compartilham, mas nem sempre acontece da maneira
esperada. Quando a infertilidade é diagnosticada, a jornada para a maternidade
pode ser desafiadora e emocionalmente desgastante. Para mulheres que decidem
pela maternidade após os 35 anos de idade, a infertilidade pode ser ainda mais
difícil de lidar, uma vez que a taxa de fecundidade pode estar reduzida após
esta idade. No entanto, existem muitas opções e recursos disponíveis para
ajudar as mulheres a tornarem-se mães, mesmo que seja preciso um pouco mais de
esforço e planejamento.
Com o avanço
da medicina reprodutiva, mulheres podem ter filhos com segurança após os 35
anos, mas vale entender que a idade pode afetar a fertilidade e a saúde geral,
uma vez que as doenças crônicas como hipertensão arterial, diabetes, entre
outras tendem a ter sua prevalência aumentada proporcionalmente ao aumento da
idade dos indivíduos.
“Soma-se a
isto, ao declínio na qualidade dos óvulos e a diminuição da reserva ovariana
(poupança de óvulos da mulher), que é uma das principais razões pelas quais a
gravidez pode ser mais difícil. Além disso, existe risco aumentado de aborto
espontâneo, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e outras complicações na
gravidez”, explica dra. Carla Iaconelli, especialista em Reprodução Humana.
Segundo Dra.
Carla, é importante saber que a infertilidade é uma doença diagnosticada após 1
ano de tentativas sem sucesso e que pode ter como causa fatores relacionados ao
aparelho reprodutor feminino, do masculino ou ambos.
Ela ressalta
ainda os fatores femininos: alterações hormonais, metabólicas, nutricionais,
fatores ovulatórios e relacionados a idade do óvulo, endometriose, obstrução
das trompas de falópio, alterações anatômicas como malformações uterinas,
pólipos endometriais, miomas e outros tumores. Já como fatores masculinos:
alterações hormonais, metabólicas e nutricionais, problemas com a produção de
sêmen, causados pelo consumo de drogas e fumo, peso, causas genéticas e
varicocele. Vale salientar também que a infertilidade não é culpa de ninguém, é
uma condição médica que pode ser tratada e gerenciada com ajuda adequada.
De acordo
com o Ministério da Saúde, de 10 a 20% dos casais em idade reprodutiva sofrem
de infertilidade conjugal. Em cerca de 40% dos casos, a infertilidade é causada
apenas por fatores masculinos, os 40% das mulheres e os demais sem causa
aparente.
Dados
recentes da OMS revelam que aproximadamente 17,5% da população adulta - 1 em
cada 6 em todo o mundo – é infértil. Esses estudos indicam que se trata de um
problema de saúde pública, em todas as partes do mundo, sem discriminação
de classes. Por isso, há necessidade de ampliar o acesso aos tratamentos de
alta qualidade as pessoas sem condições.
“Existem
várias alternativas para casais que enfrentam a infertilidade, desde tratamento
de baixa complexidade como a relação em data programada e inseminação
intrauterina (IIU – o sêmen é processado para melhorar a performance e colocado
diretamente no útero da mulher), até de alta tecnologia e sofisticação como a
Fertilização in Vitro (FIV) , que é um dos tratamentos mais conhecidos e
eficazes, envolvendo a coleta de óvulos e espermatozoides. Outras opções
incluem a doação de óvulos, embriões e realização de diagnóstico genético antes
de transferir o embrião para o interior do útero”, explica e especialista em
reprodução humana.
Carla alerta
que o congelamento de óvulos, por exemplo, é uma opção real e assertiva para
mulheres que desejam se preparar para ser mãe no futuro, mas ainda não
decidiram o melhor momento ou a parceria. Já as mulheres que não tiveram a
oportunidade de congelar óvulos e cursam com menopausa, ou que necessitaram
realizar quimioterapia para tratamento de câncer, ou mesmo que perderam os
ovários em alguma cirurgia, podem buscar o sonho da maternidade centros de
Reprodução Assistida, que oferecem todo o processo de ovodoação e ovorecepção.
Algumas clínicas mantêm óvulos e embriões excedentes de outros tratamentos que
foram autorizados para doação.
“As doadoras
não devem conhecer a identidade das receptoras e vice-versa, exceto na doação
de óvulos para parentesco de até 4º grau. A idade limite para doação é de 37
anos. Ser mãe após os 35 anos é absolutamente possível, e muitas mulheres
conseguem ter filhos saudáveis e felizes nesta fase da vida. A maternidade
‘tardia’ pode ter seus desafios, mas também pode ser uma experiência
profundamente gratificante e transformadora, desde que seja com acompanhamento
médico especializado, afinal é tarde para quem?” finaliza Dra. Carla Iaconelli.
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